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Publicado em 5/09/2022 as 9:00am

Coluna Saúde da Mulher

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Setembro Amarelo - A Vida É A Melhor Escolha!

No mundo, uma realidade cruel e extremamente triste é responsável por uma em cada cem causas de morte. O suicídio é um problema que atinge toda sociedade mas que ainda provoca muitas dúvidas e até preconceito. Como podemos ajudar alguém a abraçar a vida e tudo que ela tem de melhor para oferecer é o tema de hoje.

Famílias dilaceradas e perplexas procuram muitas das vezes esconder a realidade de um mal tão assustador enquanto tentam entender o que significa essa dor que é quase impossível de descrever. Somado ao choque mistura-se o medo das críticas e da falta de compreensão da parte de outras pessoas que por falta de conhecimento acabam se afastando ao invés de oferecer apoio nesse momento tão crucial. O suicídio é sim, uma realidade para centenas de milhares de famílias e que infelizmente ninguém pode dizer que está imune desse mal.

Muitas são as dúvidas que pairam pelas as mentes dos envolvidos. Algumas dessas perguntas são: O que pode ter levado alguém a cometer tal ato contra si mesma? Como que isso pode ter acontecido com alguém que parecia ser tão alegre e feliz? O que fazer e como lidar com essa perda que ocorreu de forma tão brusca? O que dizer para os amigos e familiares? É possível evitar que isso se repita?

Setembro Amarelo - A Vida É A Melhor Escolha

Todos os anos durante o mês de setembro organizações e entidades governamentais de todo mundo unem-se para alertar os cuidados prevendivos ao suicídio. Setembro então é marcado por vários eventos como: caminhadas, debates, simpósios, campanhas publicitárias entre outros, todos com um objetivo em comum,  evitar que mais uma pessoa atente contra a própria vida e volte a acreditar que vale a pena viver. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou em 2019 que por ano ocorrem cerca de 700.000 mortes provocadas por suicídio. Podemos dizer que entre esses estão pais, mães, filhos, amigos e etc… O suicídio pode ocorrer em todas as classes sociais, genero e religião. Durante os últimos anos, com as mudanças drásticas que ocorreram devido a pandemia da COVID-19 percebeu-se um aumento tanto das queixas relacionadas a ansiedade e depressão, assim também como o consumo tanto do álcool quanto de todos os tipos de drogas ilícitas ou não.

Precisamos entender uma vez por todas que a pessoa que comete o suicídio na verdade o maior desejo é poder se livrar de tanta dor e angústia provocados por vários fatores. A perda de um emprego ou de um ente querido, o término de um relacionamento, o desemprego que leva a uma crise financeira, além dos efeitos provocados por certos medicamentos e até mesmo ao agravamento de doenças mentais são os principais motivos que podem estar envolvidos e que podem levar alguém ao extremo.

Precisamos estar atentas aos sinais de quem está pedindo socorro mas que muitas das vezes não quer admitir que está sofrendo com pensamentos suicidas até mesmo por medo da falta de compreensão. É necessário também que todas nós busquemos nos educar sobre a prevenção ao suicídio para estarmos preparadas para identificar e orientar quem precisa. Um erro muito comum entre pessoas que convivem com alguém que está em situação de sofrimento extremo é não acreditar que essa pessoa possa ser capaz de fazer algo que venha tirar a própria vida.

Um exemplo recente é a morte de uma jovem jornalista no estado de Wisconsin nos Estados Unidos. Neema Pacholke de 27 anos cometeu suicídio após descobrir que o noivo a estava traindo e ainda terminou o relacionamento com a mesma sete semanas antes da cerimônia de casamento. Os colegas de trabalho de Neema, que ficaram chocados com a notícia,  disseram que era muito querida na emissora para qual trabalhava a cerca de 5 anos. Ainda completaram dizendo que jamais imaginavam que ela pudesse cometer tal ato pois ela sempre foi uma pessoa muito alegre e divertida.

Na última semana a comunidade brasileira no estado de Massachusetts também viveu momentos de terror ao saber de mais um crime contra mulher que terminou em suicídio por parte do prórpio marido da vítima deixando duas crianças de 7 e 11 anos orfas. Aline de Lima Ferreira  de Castro, 38 anos, foi assassinada por Luís Castro Jr, 44, em Hyannis no último dia 2 de setembro. Duas vidas que se foram de forma torpe e que deixaram duas crianças inocentes cruelmente desamparadas e traumatizadas pela  violência doméstica.

Voltamos a perguntar, o que poderia ter sido feito para evitar esse mal? O que podemos fazer para mudar essa realidade e garantir o direito à vida?

Esse é um assunto que devemos discutir sem medo e não ter vergonha de pedir ajuda ou oferecer apoio quando sempre que houver necessidade.

Algumas dicas importantes:

1 - Falar sobre prevenção ao suicídio não leva ninguém a cometer suicídio - ao contrário, dados mostram que falar abertamente sobre os cuidados e até mesmo perguntar diretamente para alguém que está em situação de risco é uma das formas mais poderosas para combater que essa pessoa chegue as vias de fato.

2 - Ajuda, apoio e orientação fazem parte de um conjunto de medidas preciosas para os cuidados com a saúde mental.

3 - Atividades físicas devem fazer parte do estilo de vida de todas as pessoas que valorizam a saúde especialmente pois são reconhecidas como uma forma de ajudar tanto na autoestima como na prevenção da ansiedade e depressão.

4 - Crianças, adolescentes e jovens também devem ser orientados tanto em relação aos cuidados com a saúde emocional quanto aos riscos do uso de drogas e substâncias perigosas.

5 - Caso você se depare perante a uma situação de emergência, ligue imediatamente para 188 (Brasil) ou 988 (Estados Unidos).

Acesse o website da Plataforma Digital Feminina e procure por outros artigos onde eu falo sobre esse tema, incluindo a campanha Diga Sim à Vida, afinal, A VIDA É SEMPRE A MELHOR ESCOLHA!

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