Coluna Claudia Cataldi

Brasileiro Lucas Ksenhuk transforma autismo em arte

Lucas é literalmente um fora de série.

Filho de Tatiana e Hugo Ksenhuk, ela educadora e ele músico trombonista da orquestra do teatro municipal de São Paulo, teve, aos dois anos, seu diagnóstico de autismo confirmado.

Mas em um lar permeado de sensibilidade e amor, o fato só contribuiu para que o menino se destacasse.

Estimulado pela mãe a desenhar, completou uma infinidade de cadernos com ávidas cores e um traço Vangoghiano que o conferiu a publicação de um livro: “Uma História Real em Traços Coloridos”, lançado em Nova Iorque em agosto.

Na obra, Lucas discorre com tranquilidade, sobre sua trajetória vitoriosa, e nos conta graciosamente todas as dificuldades que superou graças à devoção de sua incansável mãe, que se emociona a cada vitória do filho.

“É muito amor envolvido. Dentro de mim, eu sempre soube que ele iria conseguir. Em casa, sempre o encorajamos a seguir o caminho da arte. E vê-lo autor, hoje, é a consagração de um sonho conjunto”, revela Tatiana.

O pai também nos conta: “A música, o perfume da alma, sempre foi nossa companheira em casa. Isso, sem dúvida, aguça a sensibilidade de todos nós”, ressalta Hugo.

Lucas coleciona em seu currículo, a participação em exposições do porte da Egg Parade e Cow Parade em São Paulo, Elephant Parade, Football Parade, Ear Parade, Vitruvian Parade e Art of Love.

“Minha arte é intensa e meu objetivo é transmitir vida e alegria. Meu sonho é seguir neste caminho e mostrar minhas artes ao mundo. A arte pode ter uma influência muito profunda e única na vida de qualquer pessoa”, finaliza o artista autista Lucas Ksenhuk.

Claudia Cataldi

Jornalista,  M.Sc.em Ciência Política e Relações Internacionais, 

 Dr. h.c.  em Literatura