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Publicado em 28/09/2022 as 10:30am

Coluna Flavianny Marques

Coluna Flavianny Marques

A ALIMENTAÇÃO PODE MELHORAR OS SINTOMAS DO AUTISMO?

 Uma dieta individualizada pode ser uma ótima forma de melhorar os sintomas de autismo, especialmente em crianças, existindo vários estudos que comprovam este efeito.

Existem várias versões da dieta para autismo, mas a mais conhecida é a dieta SGSC, que implica uma alimentação na qual são retirados todos os alimentos que contenham glúten, como farinha de trigo, cevada e centeio, assim como alimentos que contenham caseína, que é a proteína presente no leite e nos derivados. No entanto, é importante destacar que a dieta SGSC só é eficiente e só tem recomendação de uso nos casos em que existe alguma intolerância ao glúten e ao leite, sendo necessário fazer exames com o médico para avaliar a existência ou não desse problema.

No entanto, é importante destacar que nem sempre a dieta SGSC vai funcionar para melhorar os sintomas do autismo, pois nem todos os pacientes têm o organismo sensível para glúten e caseína.

Nesses casos, deve-se seguir uma alimentação saudável geral de rotina, lembrando que sempre deve ser feito o acompanhamento com o médico e com o nutricionista.

O que comer na dieta SGSC: Na dieta para autismo deve-se fazer uma alimentação rica em alimentos como vegetais e frutas em geral, batata inglesa, batata doce, arroz integral, milho, cuscuz, castanhas, nozes, amendoim, feijão, azeite, coco e abacate. A farinha de trigo pode ser substituída por outras farinhas sem glúten como a de linhaça, de amêndoas, de castanha, de coco e a farinha de aveia, quando o rótulo da aveia traz a indicação de que o produto é sem glúten.

 Já o leite e seus derivados podem ser substituídos por leites vegetais como leite de coco e de amêndoas, e pelas versões veganas para queijos, como o tofu e o queijo de amêndoas.

Porque a dieta SGSC funciona: A dieta SGSC ajuda a controlar o autismo porque esta doença pode estar ligada a um problema chamado‘’Sensibilidade Não Celíaca ao Glúten,’’ que é quando o intestino é sensível ao glúten e sofre alterações como diarreias e sangramentos quando o glúten é consumido. O mesmo vale para a caseína, que é má digerida quando o intestino é mais frágil e sensível. Essas alterações intestinais parecem estar muitas vezes ligadas ao autismo, levando à piora dos sintomas, além de causar problemas como alergias, dermatites e problemas respiratórios, por exemplo.

É importante lembrar, que estes alimentos descritos são apenas um exemplo de cardápio sem glúten e sem lactose, e que a criança com autismo deve ser acompanhada pelo médico e pelo nutricionista para que a alimentação favoreça o seu crescimento e desenvolvimento, ajudando a minimizar os sintomas e as consequências da doença.

Flavianny Marques

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