Publicado em 1/10/2022 as 4:00am
Coluna Arilda Costa
BRASILIDADE AMAZÔNICA: ECOS DA FLORESTA & A FORÇA DOS MANGUEZAIS Fotógrafo brasileiro...
BRASILIDADE AMAZÔNICA: ECOS DA FLORESTA & A FORÇA DOS MANGUEZAIS
A força da natureza presente nos manguezais maranhenses; os ecos da floresta amazônica maranhense a ancestralidade dos povos originários do Brasil – os Tenetehar, seus ritos seculares e a dualidade entre o natural e o sobrenatural.
Tudo isso e muito mais é o que os visitantes da Bienal das Artes de Veneza 2022 poderão ver na obra do fotógrafo e designer brasileiro Meireles Jr. Ele completa 27 anos de uma renomada carreira internacional na fotografia, e veio à Veneza atendendo ao convite da galeria que o representa em NY (USA), a Saphira & Ventura Gallery; do Instituto Bienal Amazônia e da New York Contemporary Art Society.
Meireles Jr. já conquistou diversos prêmios, tem oito livros lançados, e além do Brasil, realizou exposições em países como Portugal, Itália, Estados Unidos entre outros. Ele sempre surpreende o público com um trabalho forte, original e que revela ao mundo belezas únicas e de regiões inóspitas, como as belezas naturais dos Lençóis Maranhenses, um local único no planeta; de rara beleza e que consiste em um deserto formado por dunas de areia intercaladas com lindas lagoas de águas cristalinas; que se formam com as águas das chuvas, no interior do seu Estado de origem, o Maranhão; que fica no nordeste do Brasil.
Agora, para a sorte dos visitantes da Bienal das Artes de Veneza 2022, Meireles Jr. expõe fotos de dois trabalhos que têm comum a estética da Amazônia brasileira; seja nas belezas naturais exibidas em “Manguezais – Raízes Maranhenses”; seja nos rituais sagrados do povo originário do sudoeste do Maranhão, pela primeira retratados em “Ritos Tenetehar – A Cultura Ancestral de um Povo”, uma co-autoria dele e do fotógrafo Taciano Brito. Eis uma oportunidade imperdível para entrar em contato com sabedorias ancestrais e mergulhar fundo em uma cultura até então sem registros formais, que é transmitida de geração a geração apenas oralidade. São registros inéditos do povo indígena também conhecido como Guajajaras; habitantes do Território Indígena Araribóia e três de seus mais importantes rituais: A Festa do Mel; a Festa da Menina Moça e a Festa dos Rapazes.
Além de participar da mostra de fotos na coletiva Amazônia 2024 na Bienal; Meireles Jr. também terá um evento no dia 24 de setembro, exclusivamente para fazer o lançamento desses dois livros icônicos: “Manguezais – Raízes Maranhenses” e “Ritos Tenetehar – A Cultura Ancestral de um Povo”. Ambos são livros com luxuosas encadernações; com textos em versões no português, inglês (e também no tupi, na obra Ritos). E ainda possuem QR Codes, que o leitor pode acessar para ver e ouvir músicas e cenas do making off das obras. Trata-se de uma verdadeira imersão cultural, um convite ao leitor penetrar em um mundo à parte, e de rara beleza.
O livro Manguezais, é uma coletânea de fotos com beleza exuberante, mostrando as características e a importância desse que é um dos mais importantes ecossistemas do mundo, o mangue. Santuário rico em fauna e flora; e berçário para a reprodução de diversas espécies, os manguezais maranhenses são retratados na obra que traz um apelo ecológico: é preciso conhecer, para preservar esse rico ecossistema; que é também fonte de vida. Já no livro “Ritos Tenetehar”, é possível conhecer o que está por trás das três festas mais importantes desse povo que reúne sabedoria ancestral, dons sobrenaturais e uma rica cultura ainda preservada.
No livro Sobrenatural Impressões sobre os Lencois Maranhenses e Grand Canyon
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses está l ocalizado no litoral oriental do estado do Maranhão. O paraíso é formado por dunas e lagoas naturais, tem aproximadamente 155 mil hectares e atualmente é um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil e o Grand Canyon que despesas comentários pela sua exuberância e magia.
A noite de lançamentos dos três livros de Meireles Jr. aconteceu no dia 24/09, na Via Garibaldi, 1815, Castello 30122, em evento aberto ao público.
“Eu sou um caçador de belezas, um privilegiado por poder estar em contato com algumas das pessoas mais interessantes do planeta, como o povo Tenetehar; e com paisagens fascinantes, que são presentes da natureza. Aqui em Veneza, tenho a honra de poder dividir com o público um pouco desse acervo, que é um convite ao belo, e um grito ecológico também: Para se respeitar a natureza e os povos originários que habitam o Brasil. Eu não poderia ter uma maneira mais significativa que essa, para celebrar meus 25 anos de trabalho e quero dividir essas belezas com todos aqui”, declarou Meireles.