Publicado em 17/11/2022 as 12:00am
Coluna Arleandra: Quantos anos você terá em 2050?
Por Arleandra Ricardo Mestre e Doutora em História Social PUC/SP. ArleandraRicardo@gmail.com Alzheimer Meu corpo envelheceu, Minha mente enfraqueceu! Esqueci o meu nome e o seu, Tenho fome! Dizem que já almocei, mas se é verdade, Não sei! Poema adaptado, Marcia Rocha. 01∕08∕2018.
O que seria envelhecer?
Envelhecer é preparar o corpo para o declínio, falência parcial ou total de diversos órgãos, comorbidades, doenças crônico-degenerativas, infecciosas, parasitárias e principalmente a demência.
A demência é considerada uma das doenças mais impactante associada a velhice, caracteriza-se por déficits progressivos de diversas funções cognitivas, como prejuízo do pensamento e planejamento, perdas funcionais e sociais, além de alterações de comportamento e perda de independência.
Envelhecer é uma conquista do sucesso do desenvolvimento socioeconômico, cultural e tecnológico, por isso temos muito a comemorar, mas também precisamos criar modernos padrões de vida.
EUA
Segundo pesquisas divulgadas em The Milbank Quarterly a projeção do mundo de pessoas acima de 65 anos em 2050 será mais de 83,7 milhões.
Quando em 2015, menos de uma década atrás, Crispin Baynes apresentou um programa ligado ao atendimento remoto e o uso de tecnologia para facilitar o dia a dia de pessoas acima dos 65 anos, isso parecia algo futurístico, estilo os Jetsons, desenho animado da década 1960. Depois experimentarmos o isolamento social durante e permanente Covid19, finalmente parece que estamos a um passo de 2050.
Mas o que planejam as instituições americanas para acolher uma crescente população idosa? Talvez por falta de mão de obra projetada para 2040 para atender quase que um envelhecimento em massa, a medicina irá se voltar para o aceleramento tecnológico do uso de: Terapia digital com feedback tátil; Visitas e monitoramento de enfermeiras domiciliares baseadas em avatar (inteligência digital); Sensores de saúde vestíveis e invisíveis; Prevenção, previsão e proteção contra quedas; Robôs sociais da família, Musicoterapia com tecnologia, Carros e Uber sem motoristas, entre outros recursos.
O que devemos fazer para nos preparar para 2050?
Além de equipar e orientar a população para essa realidade, deveriam criar projetos para o rejuvenescimento da população, disponibilizar mais acesso a creches, saúde, lazer e apoio financeiro para as famílias com filhos, idosos e principalmente as mulheres, para que sintam segurança em gerar e criar os filhos. Isso deveria estar na ordem do dia, já que 2050 está a um passo.
Outra demanda é colocar os adultos de hoje, acima dos 50 anos em contato com novas tecnologias para que quando cheguem aos 65 anos saibam lidar com recursos tão variados. A mudança de mentalidade não acontece de imediato, então se prevermos um salto de uma década, já estaremos em defasagem, mas se não repensarmos sobre o envelhecimento, pode ser incerto nosso futuro.
Brasil
Em 2050 o Brasil terá 23% da população com 65 anos ou mais. Estudiosos brasileiros avaliam que o aumento do envelhecimento populacional no Brasil não aconteceu paralelamente à aplicação de projetos eficientes de políticas sociais e atenção voltada para idosos e suas famílias. Um dos principais problemas é a sobrecarga do benefício do idoso que acaba sendo incorporado por todos da família, já que o cuidador não recebe nada por paralisar sua profissão.
O cuidador na maioria das vezes são as mulheres, elas geram, amamentam, alimentam, assumem grande parte da responsabilidade na criação dos filhos, e com isso, comprometem suas carreiras ou definitivamente anulam sua progressão profissional, ficam a margem da sociedade, são confinadas ao lar e dependem de seus maridos. E como se não bastasse, no ambiente doméstico muitas dessas mulheres são violentadas, abandonadas, negligenciadas, chegando a serem assassinadas.
Quando o marido ou pai morrem, no caso da esposa, ela recebe a metade do valor de aposentadoria- segundo a nova lei, se são filhas, sobrinhas ou qualquer outro parentesco, simplesmente não recebem nada e devem retomar suas carreiras do zero.
Não precisamos ir muito longe, alguém tem uma história parecida na família, uma tia, prima, amiga que abdicou de seu trabalho, de sua carreira, do seu salário para se tornar um cuidador, comprometendo não só a saúde mental, mas aposentadoria e velhice.
Diga leitores e leitoras:
Como podemos criar as bases do futuro para uma vida saudável, participativa, de bem-estar social, habitação, transporte, diminuição da desigualdade e melhora da qualidade de vida?
Você Sabia?
Você sabia que um idoso acima de e 65 anos pode obter um benefício, de caráter assistencial, no valor de um salário-mínimo garantido pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei n.º 8.742, de 7/12/1993? Contudo, não existe benefício algum para o cuidador. Por isso, todos os anos dedicados ao idoso são jogados no esquecimento e de repente, de um dia para o outro o cuidador precisa retomar sua carreira e sua vida profissional do zero.
A Organização Mundial da Saúde defende o conceito de envelhecimento ativo, sob 4 pilares: vida saudável, vida participativa, seguridade social e educação permanente promovida através de políticas públicas.
FONSECA, Suzana Carielo da (organizadora). O Envelhecimento ativo e seus fundamentos. 1. ed. -- São Paulo: Portal Edições: Envelhecimento, 2016.
Carvalho, J. A. M., & Wong, L. L. R. (2010). O novo padrão demográfico brasileiro: oportunidades e desafios. Em Brasil, Ministério da Educação – CAPES (2010). Plano Nacional de Pós-Graduação – PNPG 2011-2020, Volume 2.
ALVES, A. M. Os idosos, as redes de relações sociais e as relações familiares. In: NÉRI, A. L. (org.). Vivências, desafios e expectativas na terceira idade. São Paulo: Fundação Perseu Abramo e Edições SESC, 2007.
GUTIERREZ, B. A. O. & BARROS, T. C. O despertar das competências profissionais de acompanhantes de idosos em cuidados paliativos. Revista Temática Kairós Gerontologia, São Paulo, ano 15 (N. especial 12), 2012, p. 239-258. Disponível em: Acesso em: 16 mar. 2015.
The Milbank Quarterly. Disponível em: https://www.milbank.org/quarterly/issues/september-2022/
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