Publicado em 11/02/2023 as 8:00am
Coluna Arleandra:
Terrorismo de Estado, você já ouviu falar? Hoje eu gostaria de ser saudosista! Tenho...
Terrorismo de Estado, você já ouviu falar?
Hoje eu gostaria de ser saudosista!
Tenho saudades das várias conversas e aulas que tive com minha ex-orientadora Dra. Vera Lúcia Vieira, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e dos grupos de pesquisas.
Vocês já tiveram a sensação de, ao ler um texto, estar ouvindo o autor falar? Pois bem, os textos da professora Vera, são assim! Me remetem às lembranças sensíveis e fazem rememorar nossos anos de convivência na graduação, mestrado e doutorado.
Entre suas longas e complexas análises, vou destacar aqui, sobre o conceito de Terrorismo de Estado, esse é um tema acadêmico, foi discutido por pesquisadores de diversas instituições em um encontro em 2021, na Associação de Historiadores de História da América Latina e Caribe (ADHLAC-Brasil).
Para entender sobre o Terrorismo de Estado, primeiramente precisaremos compreender um pouco sobre a formação ou conformação do Estado brasileiro, ou seja, sua gênese!
Isso é importante porque nos remete à fragilidade e a incompletude da nossa formação enquanto nação, principalmente no que se refere ao caráter de subordinação e dependência, sofridos pela expansão e impacto do imperialismo e neoimperialismo Norte Americano, em todos os extratos: na política, no governo, na cultura, na economia, entre outros aspectos.
Simplificando, quando falamos de governabilidade, as características dos nossos governantes seguem um padrão herdado a partir do modelo de acumulação primitivo, cuja estrutura capitalista implantada no Brasil foi de “cima para baixo”. Isso quer dizer, que as principais mudanças na economia, política, e ações governamentais obedecem a um modelo autocrático, de imposição dos governantes, ou das elites, do mercado financeiro, do mercado econômico, do meio político, e por aí vai! Por mais estranho que pareça, esses grupos, políticos e elite, acabam se revezando no poder! O que é mais estranho!
Por isso um líder carismático, ou um grupo coeso no governo conseguem navegar melhor nossa espaçonave! Brincadeira, nosso país!
Existem, claro, diversas nuances e trocas de regimes, como o período Colonial em que o império conduziu o Brasil num modelo de extrativismo e depredação dos recursos naturais, somados a uma total falta de projeto de nação a curto e longo prazo.
Percebemos outras mudanças significativas quando analisamos a implantação da República, principalmente quando as oligarquias latifundiárias, conduziram o país de forma excludente, conservadora, patrimonialista, seja por inabilidade, incapacidade ou perversidade, não assimilaram a extensão e diversidade do Brasil, em sua completude: estrutura, infraestrutura, economia, extensão, necessidades, diversidade de etnias e população.
Mas o que não devemos perder de vista é o modelo de governabilidade herdado depois da última ditadura, a de 1964. É aí que vários extratos da sociedade, principalmente as forças Armadas e as forças policiais adquiriram mecanismos e status de um Estado Terrorista, com práticas sistêmicas de violência institucional.
O terrorismo de Estado é denominado como um período em que as liberdades civis e políticas foram usurpadas, em que os detentores desta força, seus gestores e líderes, utilizaram-se da força extrema para a prática da violência contra as próprias instituições públicas, órgãos judiciários, Forças Armadas, oligarquias e associações de classes sociais.
Além de se auto regularem e reprimirem-se, o Estado Terrorista também cria ou criou, mecanismos jurídicos persecutórios, adequados aos aparelhos coercitivos de inteligência, baseados, na época da ditadura, na Doutrina de Segurança Nacional e Doutrina da Guerra Moderna, isso quer dizer que eles se “modernizaram”. Esses órgãos foram equipados e estruturados de tal forma que foram capazes de adentrar até no campo do imaginário, das mentalidades e forjaram, inclusive, uma Guerra de Baixa Intensidade, cujos elementos incluem táticas sistêmica de: perseguição, intimidação, ameaças, vigilância sistemática a supostos ou reais opositores, prisões ilegais, banimentos e exílios e desaparecimento forçado, como uma guerra psicológica, hoje entendido como uma guerra híbrida.
Nesses “tempos cinzentos”, a atmosfera do ambiente era de um “estado de guerra permanente”, contra o “suposto inimigo interno”, cujo cenário extrapolou as ruas, as fábricas, as universidades, e aprisionou as mentes através de práticas de torturas físicas e psicológicas, com imposição a censura generalizada.
Foi difundido, assim, a cultura do medo, do silêncio e letargia, porque a característica fundamental era a desmobilização dos movimentos sociais e a população, como destaca Enrique Padrós.
Como resultado desta intensa prática inibidora, a sociedade passa a ser apenas telespectadora e ainda executora de práticas sistêmicas de violações dos direitos humanos, praticados por lideranças e população comum.
Esse modelo violento de condução da nação deixou resquícios que se somaram ao tradicional modelo excludente da população, citado acima, e são os precursores dessa continuidade de violência, discriminação, genocídio indígena, racismo, etnicismo, sexismo e criminalização da pobreza.
Por isso, precisamos tanto de um modelo de governabilidade plural, inclusivo e representativo!
Para que não venhamos aceitar com naturalidade a pobreza, a opressão, a perseguição, a exclusão, a descriminação étnica, o genocídio indígena.
Para que possamos rejeitar qualquer forma de violência praticada pelo estado ou por pessoas mal intencionadas.
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