Os Benefícios da Dieta Mediterrânea Para Cérebro

Estudos recentes apontam novas descobertas em relação aos benefícios da dieta a base de vegetais, frutas, sementes, peixe e óleo de oliva contribuem no combate do envelhecimento do cérebro.

O estilo de vida saudável é um conjunto de hábitos que incluem, alimentação balanceada, a prática de exercícios físicos e os cuidados com a mente, incluindo a saúde emocional. Contrariando o que acreditava-se antes, a dieta mediterrânea, não só ajuda no desenvolvimento do cérebro mas também no combate à degeneração cognitiva natural que ocorre ao longo da vida.

Uma das opções saudáveis de alimentação que vem ganhando cada vez mais adeptos é a dieta mediterrânea, que como o próprio nome já diz, surgiu na região junto ao mar mediterrâneo, mais precisamente entre a Grécia e Itália. Regada com muito azeite extra virgem de oliva, os pratos que compõem a dieta mediterrânea oferece uma farta variedade de legumes, cereais, verduras, ervas enquanto sugere moderação ou pouco consumo de leite e derivados, peixe que contêm ômega 3, carne suína, carne vermelha e vinho. Quanto a lista de alimentos a serem evitados são: carne vermelha, gordura saturada, alimentos processados, sal, farinha refinada, manteiga e bebidas açucaradas.

Geralmente associamos a palavra “dieta” como algo proibido ou difícil de alcançar, tendo em vista que na maioria das vezes requer enorme sacrifício e limitações de longo prazo. No entanto, quando está referido à mudança de hábitos ou o foco em um estilo de vida mais saudável pode parecer menos penoso. Dieta está ligada com punição enquanto estilo de vida a escolha consciente. Independente do título é preciso ressaltar que sempre existe a necessidade de consultar o médico antes de iniciar qualquer prática, tanto de exercício quanto de alimentação. Geralmente, o clínico geral faz uma avaliação da condição de saúde através de exames clínicos e laboratoriais, além de manter um acompanhamento periódico do paciente. Então que somente após orientação, deve-se iniciar gradativamente a mudança, seja da alimentação seja de atividades físicas.

Apesar de não ser possível ainda provar que a demência está relacionada com a alimentação ou que a dieta mediterrânea pode prevenir o declínio cognitivo do cérebro, novos estudos  afirmam que existem provas que ocorre uma desaceleração das doenças que afetam o bom funcionamento do cérebro além de: diminuir o risco de doenças cardiovascular, alguns tipos de cânceres, controlar os níveis do colesterol e pressão arterial, influenciar no controle do peso além de proporcionar o aumento da expectativa do tempo de vida.

Um desses estudos, que durou mais de uma década, ocorreu na Universidade de Barcelona, na Espanha, envolvendo 850 franceses com idade acima de 65 anos.  Antes de serem aprovados para participar do estudo, todos os candidatos passaram por uma avaliação prévia para então serem aprovados. Um dos itens da avaliação foi se existia algum sinal ou correlação com sinais ou histórico familiar com demência.

Durante todo período do estudo os participantes que foram escolhidos para seguir a dieta a base de “plant-based diet”, ou seja à base de vegetais participaram de uma série de cinco avaliações neuropsicológicas, assim como os demais participantes. O resultado dos exames de sangue dos participantes do primeiro grupo demonstraram um número menor de perda cognitiva relacionada ao envelhecimento. 

Entendendo a Perda ou Declínio Cognitivo

De forma simples de compreensão a perda ou declínio cognitivo está relacionada com a diminuição da capacidade de realizar tarefas do cotidiano. Enquanto entre pessoas mais jovens a perda cognitiva está relacionada a ansiedade, depressão, distúrbios do sono ou longo período de estresse excessivo, entre pessoas com idade avançada deve-se observar o risco de doenças como o Alzheimer.

Os tipos de perda cognitiva são: a) Declínio Subjetivo Subjetivo, quando as atividades do dia a dia não sofrem alterações porém já ocorre alguma perda cognitiva. b) Comprometimento Cognitivo Leve, quando observa-se mudanças na realização de tarefas como cozinhar, dirigir entre outras mas sem grave consequências. c) Demência, considerada a última fase da perda cognitiva onde não é possível mais fazer as tarefas de antes sem ajuda contínua de um acompanhante.

Outro fator importante que foi destacado durante o estudo realizado pela Universidade da Espanha é a influência não só relacionada com o que os participantes se alimentavam ou a qualidade dos exercícios, mas também com quem eles compartilhavam suas refeições. O estudo revelou que existe uma enorme importância no hábito de fazer as refeições cercado de amigos e familiares. Segundo o resultado do estudo, os nutrientes encontrados nos alimentos oferecidos na dieta mediterrânea contribuíram para o declínio do risco de demência comparado com o segundo grupo, assim como a diminuição de doenças mentais ou distúrbio do sono.

Concluindo, cada vez mais a ciência vem provando que somos o que consumimos, assim como somos o reflexo do ambiente que vivemos e por isso, devemos cuidar não só da nossa alimentação e atividades físicas mas também atentar para estarmos cercados de pessoas que nos influenciam positivamente.

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