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Publicado em 5/12/2023 as 2:00pm

Coluna Saúde da Mulher: Prevenção e Eliminação da Violência Contra Mulher

Por Lídia Ferreira


O que está acontecendo com a nossa comunidade brasileira e o que podemos fazer para evitar que mais uma mulher se torne vítima da violência? Essas são algumas das muitas dúvidas que enfrentamos que demonstram a necessidade de retornar ao assunto.

Na última quarta-feira, ainda no período da manhã nos deparamos com a triste notícia do assassinato da brasileira, Kethelen de Paula Alves Tavares de apenas 28 anos. Uma jovem imigrante que após terminar o relacionamento com Marlon Costa, foi ameaçada e morta dentro de seu quarto na cidade de Marlborough, Massachusetts.

Infelizmente, Kethelen entrou para as estatísticas da violência doméstica ao ter sua vida brutalmente destruída por um homem que não aceitava o fim do relacionamento. O mais grave ainda é saber que como mulheres estamos sujeitas a violência de todos os tipos e que apesar de todos os esforços e recursos legais disponíveis ainda estamos longe de conquistar o direito à segurança.

Segundo o Monitor de Feminicídio no Brasil, somente no primeiro semestre de 2023, cerca de 1.100 mulheres foram mortas no país, superando o número de todo ano de 2022. O Monitor de Feminicídio no Brasil foi criado no Laboratório de Estudo do Feminicídio (LESFEM), da Universidade Estadual de Londrina (PR). 

Enquanto os números de casos de feminicídios aumentam em todo o mundo, cresce também os esforços para combater a violência contra mulher. Um exemplo é o evento que vai ser realizado pelo Consulado Geral do Brasil em Boston no dia 7 de dezembro. Com base na campanha das Nações Unidas de 2023, que entre os dias 25 de novembro e 10 de dezembro reúne organizações e entidades para discutir o combate à violência contra a mulher. 

O evento, que está sendo organizado pelo Consulado, vai contar com a participação de representantes de organizações comunitárias do estado, além de representantes do projeto Empoderadas, Programa de enfrentamento à violência contra mulheres que tem o apoio da Desenvolvimento Social e DH da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro.

Durante o evento, serão apresentadas novas iniciativas de educação e combate à violência e ao feminicídio, além de apresentações de especialistas, seguido por um debate envolvendo o tema.

O que é feminicídio

Esse termo, apesar de estar sendo muito comentado principalmente nos últimos anos, com o aumento de casos de assassinatos de mulheres, ainda é pouco compreendido pela grande maioria.

Como a própria palavra já diz, feminicídio está relacionado ao crime seguido de morte onde as vítimas são mulheres.

Por lei feminicídio é o assassinato da mulher em caso de violência doméstica ou motivada pela dicriminação no contexto do sexo femininno, ou seja foi morta só porque era mulher. A lei 13. 104 de 2015 no Brasil, garante o agravante que englobam três classificações ou motivações, como: relacionado à violência doméstica, por motivação discriminatória ou por razão relacionada ao menosprezo contra à mulher.

Um outro exemplo lamentável de feminicídio é a morte da cantora evangélica Sara Mariano, de 38 anos, que foi assassinada e teve o corpo carbonizado pelo marido Ederlan Mariano. Além de cuidar da carreira da cantora, o assassino de Sara tinha uma filha de 11 anos.

Combatendo a violência contra mulher

Não é possível afirmar quando vai chegar ao fim tragédias como a que sofreram as famílias de Kethelen, Sara e tantas outras. Mas precisamos estar cientes de que precisamos unir esforços não só com iniciativas como o projeto Empoderadas e ao evento do Consulado, mas também nos educarmos e compartilhamos com outras pessoas tudo que envolve esse tema tão importante.

Lembrando que em 2018, com o propósito de educar e ajudar famílias e vítimas da violência doméstica  foi lançado o livro Superando Um Passado Violento, Histórias de Superação da Violência Doméstica de minha autoria. No livro é possível entender as nuances e complexidade que envolvem o tema, através do exemplo de superação de quatro sobreviventes da violência contra mulher. Com uma abordagem que permeia todos os tipos de relacionamentos abusivos e os perigos vividos por mulheres que se relacionam com abusadores, o livro provoca uma análise pessoal utilizando perguntas e exemplos de situações chamadas de sinal de alerta para proporcionar o entendimento de possível risco.

É importante ressaltar que em caso de estar vivendo um relacionamento abusivo, mesmo sem sofrer agressão física, a mulher deve pedir ajuda e procurar sair o quanto antes, pois os dados demonstram que os episódios violentos tendem a se agravar com o tempo. Outra questão fundamental é o apoio à mulher que deseja sair da relação abusiva, entendendo que a autonomia financeira é um dos 72 motivos para continuar na relação.

Devemos nos unir às famílias enlutadas e todas as outras mulheres que muitas das vezes sofrem caladas e ainda são criticadas quando tentam pedir socorro.

Termino expressando meus sentimentos à família de Kethlen, e digo que não vamos nos calar ou cruzar os braços enquanto todas tiverem o mesmo direito de liberdade e segurança.

 



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