Publicado em 23/12/2023 as 3:25pm
Coluna Liza Andrews: O Que Morar no Exterior Me Ensinou Sobre o Natal
O Natal é tão importante para os brasileiros que quando nos mudamos para uma cidade como...
O Natal é tão importante para os brasileiros que quando nos mudamos para uma cidade como Nova Iorque, estranhamos que para tantas pessoas de outras culturas esta data não seja celebrada. Meu primeiro Natal na América, me fez perceber tudo que eu considerava comum e que nunca fizera parte da vida das pessoas que agora conviviam comigo: amigos, namorados e colegas de trabalho. Escrevi um artigo anterior (“Amando em Língua Estrangeira”) sobre a questão da celebração de feriados nos casamentos interculturais. Vale compreender como lidar com a diversidade, especialmente numa relação romântica, onde estrangeiros se tornarão nossa família.
Há uma considerável parte da população de Nova Iorque pertencente à outras culturas e religiões. Em meu primeiro ano aqui, me familiarizei com outra festividade comum nessa época —o Hanukkah, feriado importante da comunidade judaica. Achei esta diversidade demográfica muito enriquecedora para quem vem viver no exterior. Abre nossas mentes intelectual e psicologicamente. Nos faz abraçar o novo, o diferente com mais compaixão e bondade; e isto, é o coração do Natal.
Tecnicamente, o Natal é a celebração do nascimento de Jesus Cristo, a figura central do Cristianismo. Para os cristãos, participar de serviços religiosos para comemorar o nascimento do filho de Deus é uma parte significativa do dia. O ambiente é preenchido por hinos, orações e leituras da Bíblia, à medida que os fiéis se reúnem para refletir sobre mensagens de esperança e salvação.
O Natal é celebrado de forma diferente em escala global. Mas tem sido considerado um feriado secular e celebrado em mais de 160 países. Inclui a maioria da Europa, Coreia do Sul, Índia, Singapura, Hong Kong, Nigéria, África do Sul, Congo, Etiópia, Austrália e Nova Zelândia —os últimos, populares por suas exóticas árvores de Natal e fogos de artifício.
Porém, entre tantas outras festividades e celebrações religiosas, como o Natal acabou tornando-se uma das mais mágicas e memoráveis?
Diferenças culturais à parte, o Natal possui um conjunto de tradições, mitos e até decorações indiscutivelmente marcantes para qualquer observador: Papai Noel, árvore natalina, luzes pisca-pisca, estrela de Belém, Rei Magos e troca de presentes. Mesmo os não cristãos acabam se envolvendo, uma vez que as festividades, shows e decorações de Natal são também ótimas atrações que levam turistas à cidades como Nova Iorque. Os comerciantes também aproveitam o Natal como um incremento de vendas de produtos e serviços em todas as indústrias. Já presenciei uma situação divertida em Manhattan, onde um vendedor de outra cultura e religião tentava explicar a um cliente duvidoso o quão importante seria comprar aquela determinada jóia para a esposa como presente de Natal.
O Natal tornou-se um momento para as famílias se reunirem, trocarem presentes e compartilharem refeições. O que para americanos (de qualquer outra cultura) parece muito semelhante ao Dia de Ação de Graças—comemorado por todas as culturas nos Estados Unidos. E como não se deixar levar por algo tão belo e acolhedor? Casas decoradas com enfeites festivos, luzes cintilantes e árvores de Natal lindamente adornadas. O aroma de biscoitos recém-assados e o som de músicas natalinas preenchem o ar, criando um ambiente acolhedor, alegre e inclusivo.
Um dos aspectos mais empolgantes do Dia de Natal é a troca de presentes. Amigos e familiares selecionam e embrulham cuidadosamente presentes para surpreender seus entes queridos. A alegria de dar e receber simboliza amor, gratidão e apreço. É uma tradição que traz sorrisos aos rostos, estimula um senso de generosidade e fortalece os laços entre as pessoas. Há também o amigo-oculto que acaba se tornando uma brincadeira engraçada. Esta tradição também é praticada pelos americanos e chama-se “Secret Santa” —com tradução aproximada de “Papai-Noel secreto".
Outra tradição amada no Dia de Natal é a ceia. Num mundo apressado, famílias se reúnem em torno da mesa para desfrutar calmamente uma deliciosa refeição. Pratos tradicionais do Brasil são adaptados nos Estados Unidos e se assemelham aos que eles servem no feriado do Thanksgiving —Dia de Ação de Graças: peru assado, presunto, purê de batatas, e molho de cranberry. A refeição é acompanhada de guloseimas festivas como biscoitos de Natal, bolos de frutas e gemada. Compartilhar uma refeição no Dia de Natal não apenas satisfaz o paladar, mas também cria um senso de unidade e conexão entre os membros da família. Percebo que amigos de outras culturas e religiões (não radicais) que são convidados para estes eventos acabam “se enturmando” e gostando de celebrar em anos futuros.
Outra diferença é que no Brasil, nossa celebração é mais forte no dia 24 de dezembro —tradicionalmente devido ao horário aproximado do nascimento de Cristo e a visita dos Reis Magos—e termina com o almoço do dia de Natal em si. Nos Estados Unidos, o dia 25 recebe mais atenção. Muitos cristãos vão à missa pela manhã e depois desfrutam o almoço natalino em família. Outros celebram mais tarde naquele dia.
Ao longo do dia, diversas formas de entretenimento e atividades somam-se à atmosfera festiva. O coro natalino, no qual grupos de pessoas cantam canções tradicionais de porta em porta, traz alegria aos bairros. Assistir a filmes clássicos de Natal, comparecer a concertos ou apresentações festivas e participar de atividades ao ar livre, como patinação no gelo ou trenó são todas partes da experiência festiva. Alguns filmes hollywoodianos também competem pela atenção dos espectadores no cinema com estreia no dia de Natal.
O Dia de Natal também é um momento de comunidade e caridade. Muitas pessoas se envolvem em atos de bondade e generosidade durante a temporada de festas. Doar para instituições de caridade, voluntariar-se em cozinhas comunitárias ou participar de campanhas de arrecadação de brinquedos para crianças carentes são maneiras comuns pelas quais as pessoas retribuem às suas comunidades. Esses atos de bondade incorporam o verdadeiro espírito do Natal e nos lembram da importância da compaixão e de ajudar aqueles que estão em necessidade.
Seja em que país você estiver, esteja você sozinho ou acompanhado, o dia de Natal pode ser um momento de reflexão, gratidão e celebração interna. Um lembrete dos valores que nos unem como seres humanos e de nossa missão para criar um mundo melhor.
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