Chacoalhando a Tristeza: Formas Alternativas de Combater a Depressão

A depressão é uma condição de saúde mental séria que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É caracterizada por sentimentos persistentes de tristeza, desesperança e falta de interesse nas atividades diárias. Mas com a banalização deste diagnóstico, como identificar quando os sintomas são realmente um indício da doença ou influenciados por fatores externos passageiros? Infelizmente, não há marcadores claros ou testes 100% objetivos como se faz para descobrir se um paciente sofre de câncer ou diabetes. Por conta disto, os sistemas médico e farmacêutico —que lucram exorbitantemente com estes tratamentos —tendem a sugerir drogas, antes de obter uma visão holística da situação do indivíduo. Com isso em mente, pessoas  experimentando sintomas de depressão pela primeira vez começam a explorar alternativas naturais antes de se medicar.

Entendendo as diferenças para tomar decisões seguras

A chamada “depressão clínica” nada tem a ver com o que está acontecendo com o indivíduo. A doença ocorre devido a desequilíbrios químicos no cérebro e aflige até mesmo os que, em teoria, possuem “tudo” —saúde, beleza, dinheiro e sucesso. Já nos casos onde os sintomas depressivos apareceram após uma perda de um ente querido, um divórcio, uma mudança financeira ou física, há a possibilidade de ser o que informalmente se chama “depressão circunstancial.” Ao contrário da clínica, a depressão circunstancial é parcialmente influenciada por fatores externos, podendo melhorar a medida que o ambiente muda.

Na meia idade, também se deve considerar a questão glandular. Procurar um endocrinologista para checar a tireóide e as flutuações hormonais costuma ser de enorme ajuda para resolver ou apaziguar o problema. Lembrem-se que durante a TPM, a gravidez e a menopausa, hormônios levam mulheres a experimentar mudanças drásticas de comportamento, incluindo irritabilidade e tristeza profunda. Mas estes sintomas passam quando os hormônios se re-estabilizam. Já em idosos, 50% das causas de depressão estão relacionadas ao abandono familiar e ao senso de inutilidade, típico da perda de autonomia. Os sintomas depressivos são precursores de outros transtornos e influenciam no desenvolvimento de doenças como Alzheimer e Parkinson.

Depressão e movimento

É vital descobrir se o paciente necessita de terapia e medicação pois entre outros males, a depressão pode levar ao suicídio. A boa noticia é que embora existam várias causas para a  depressão e os diagnósticos nem sempre sejam precisos, uma das maneiras mais eficazes de preveni-la e gerenciá-la é através da prática regular de exercícios físicos. Exercitar tem um impacto significativo na saúde mental, incluindo a redução dos sintomas de depressão e, em casos não rigorosos, pode ser um lugar seguro para tentar melhorar naturalmente.

Quando nos exercitamos, nosso corpo libera endorfinas, substâncias químicas que têm um efeito positivo no cérebro, ajudando a aliviar os sentimentos de tristeza e ansiedade associados à depressão. A serotonina, por exemplo, é um neurotransmissor importante que desempenha um papel vital na regulação do humor e do sono. Níveis baixos desse neurotransmissor têm sido associados à depressão.

Muitas vezes, a depressão conduz à baixa autoestima e sentimentos de inadequação. Exercícios físicos também agem nestas áreas. Ao se exercitar regularmente e alcançar metas pessoais de condicionamento físico, você pode melhorar sua autoimagem e sentir-se mais confiante. Isso pode ter um impacto positivo na sua saúde mental e ajudar a combater a depressão.

Como quem já está pra baixo faz isso acontecer?

No inverno rigoroso de muitas cidades americanas, a maioria de nós (deprimidos ou não) quer ficar em casa, comendo algo gostoso e assistindo televisão. Compreensível. Nossos corpos podem ser extremamente preguiçosos e precisamos que o cérebro nos lembre dos benefícios de nossas metas e nos arraste da poltrona. Para os que não gostam de sair no frio ou financeiramente não podem se comprometer com uma academia ou personal trainer, praticar exercícios em casa —principalmente durante o inverno —apresenta diversos benefícios. Confira os 5 principais:

1. Conveniência: Eliminando a necessidade de se deslocar, você evita os desafios climáticos do inverno rigoroso, e economiza tempo e dinheiro.

2. Flexibilidade de horário: Exercitar-se em casa permite que você exercite nos horários que melhor se ajustam não apenas à sua disponibilidade, mas ao seu “cronotipo”. Ou seja, o horário que você naturalmente tem mais disposição e energia. Para alguns de nós, isso pode ser muito cedo ou muito tarde —horários que estabelecimentos regulares não estariam abertos.

3. Borboleta no casulo: Praticar exercícios na privacidade do lar pode ser especialmente importante para pessoas que se sentem desconfortáveis com a exposição em ambientes públicos; pelo menos enquanto estão fora de forma. Em casa, você pode se exercitar sem se preocupar com outras pessoas avaliando seu corpo ou performance, e isso pode aumentar sua motivação e autoconfiança até que esteja pronto para reintegrar-se.

4. Economia financeira: Há uma diversidade de instrutores que oferecem videos com aulas gratuitas online. Assim como inúmeras opções de treinos que utilizam apenas o peso do corpo ou equipamentos simples, como halteres ou elásticos, que podem ser adquiridos a preços acessíveis. Ao evitar mensalidades de academia —que por problemas do dia a dia, você nem sempre usa tanto quanto paga — você economiza dinheiro. Um truque que aumenta a motivação e serve de recompensa é destinar estes fundos para comprar ou fazer algo que você adora.

5. Motivação intrínseca: Praticar exercícios em casa requer disciplina e juntamente com a atividade física, você estará desenvolvendo talentos que poderá usar em outras áreas de sua vida: planejamento, disciplina e medição de resultados. Além disso, com o autogerenciamento, você descobrirá o que funciona melhor para o seu corpo e experimentará a satisfação de alcançar seus objetivos pessoais.

Exercícios físicos não são uma cura definitiva para a depressão. Procure um profissional de saúde sempre que tiver dúvidas. O que se tem visto é que incluir caminhadas, corridas, ioga, dança ou qualquer outra atividade que você goste pode fazer uma grande diferença na sua saúde mental. Além dos benefícios diretos nesta área, um programa de exercícios ajuda a criar uma rotina diária estruturada, o que ajuda a reduzir os sentimentos de desespero e falta de propósito que frequentemente acompanham a depressão.

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