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Publicado em 18/02/2024 as 8:00pm

(Coluna Liza Andrews) Saúde Emocional: Como Rejeições Românticas se Tornam Obsessões

Essa é a semana do dia dos namorados aqui nos Estados Unidos, o Valentine’s Day, e como...

(Coluna Liza Andrews) Saúde Emocional: Como Rejeições Românticas se Tornam Obsessões Administrando sua Saúde Emocional

Essa é a semana do dia dos namorados aqui nos Estados Unidos, o Valentine’s Day, e como sempre, ouço clientes se queixarem de solidão. Ou por ainda não terem encontrado suas almas-gêmeas ou por seus namoros e casamentos haverem terminado. Junto com histórias de dor, ouço outras sobre ressentimento e obsessão, e cada vez mais entendo a importância de falarmos do lado feio da coisa. Depois de anos trabalhando com reinvenção, estou convencida de que é impossível falar de desenvolvimento pessoal sem tocar no universo romântico. Esta área, apesar de ser considerada parte integrante da vida adulta, possui mais disfunções e provoca mais sofrimento do que gostamos de admitir. Como não cair nas armadilhas?

Quando eu estudava psicologia, o  filme “Atração Fatal,” com Michael Douglas e Glenn Close, foi apresentado em classe como exemplo de mulheres obsessivas.  Me lembro que na ocasião, discutiu-se o que deveria ter feito a personagem de Glenn Close levar sua frustração aos limites extremos, raptando a filha e tentando matar a esposa de seu amante. O elemento “rejeição” veio à tona, mas os envolvidos no debate – eu, inclusive– concordaram que a maioria das pessoas conseguia lidar com a rejeição, e apesar das mágoas e até da raiva, não saíam por aí ferindo ninguém. Concluímos que o comportamento da personagem do filme era pertinente às mentes que já possuíam tendências doentias.

Anos depois, descobri que isto não era verdade. Segundo pesquisas comportamentais e estudos empíricos como os incluídos no livro Unrequited, da autora americana Lisa A. Phillips, (ainda não traduzido para o Português) apaixonar-se muda nossa química cerebral; e a rejeição e o ciúme podem levar pessoas “normais” a se autodestruirem ou tornarem-se agressivas.

A autora explica que mais de uma década antes de publicar seu livro, ela ficou obcecada por um ex-namorado. “Eu nem era tão apaixonada, mas um dia ele desmanchou comigo sem razão aparente e eu simplesmente não podia aceitar.”

Soa familiar? Quem nunca viveu essa experiência, geralmente conhece alguém que viveu. Pessoas inacessíveis ou emocionalmente indisponíveis parecem mais interessantes; e até mesmo a sabedoria popular se escora nesta noção, quando vovós aconselham que as moças “sejam difíceis de conquistar para despertar o interesse dos homens.” Aparentemente, a necessidade de acasalar para proliferar nossa espécie é a vilã da história. Quando alguém nos rejeita, o cérebro entende que devemos perseguí-lo. Uma vez que não podemos mais golpear nossos parceiros com um porrete de madeira e arrastá-los para nossas cavernas, esta alteração química bem-intensionada acaba gerando muita confusão.

Lisa Phillips afirma não ter chegado aos extremos de comportamento apresentados no filme “Atração Fatal,” mas se pegou fazendo coisas absurdas como seguir seu ex, espioná-lo e esmurrar a porta dele, forçando presença.  Anos após ter encerrado este atormentador capítulo de sua vida, a jornalista que virou pesquisadora ainda tentava compreender o fenômeno que tornara uma profissional sã como ela numa desconhecida fora de controle. 

Como Evitar Este Problema?

Assim como traumas e doenças mentais, tudo que envolve o cérebro é complexo e eventualmente, fora do nosso controle. Mas segundo Lisa Phillips, entender o que está acontecendo dentro e fora de nós pode ajudar a encontrar a saída. Familiarize-se com os seguintes conceitos:

Carência Afetiva Profunda

A primeira descoberta de Phillips foi que seu comportamento pós-rejeição era surpreendentemente comum, e chamado em psicologia de “assédio leve.” Geralmente começa quando a mulher em questão está numa fase de carência afetiva profunda. A carência pode ser consciente, logo após um ex-parceiro ter terminado uma relação. Ou inconsciente, quando a mulher esteve muito tempo num relacionamento estável, porém vazia, onde o ex-parceiro era indiferente a ela.  De alguma forma, ela já carrega dentro de si um sentimento de rejeição – ativo ou dormente – e tem uma série de necessidades afetivas não supridas.  Ao começar a se relacionar com um novo parceiro, esta mulher poderá desenvolver sintomas de assédio leve, se o parceiro:

  • se mostrar inacessível emocionalmente
  • não quiser um compromisso
  • estiver preso a outro casamento ou namoro do qual ele prometeu se desligar, mas nunca o fez

Em seus estudos para o livro, Lisa Phillips descobriu que mais de 40% das mulheres em idade universitária já enviaram mensagens indesejadas, e mais de um quarto delas invadiu o espaço privado de seu interesse romântico.  Outro estudo mostrou que um terço das mulheres admitiu alguma forma de ameaça, agressão verbal ou agressão física moderada, na intenção de retomar uma relação  terminada pelo parceiro. 

Cuidado com Idéias de Romantismo Distorcidas

O professor da Universidade de Psicologia do Estado da Flórida,  Dr. Roy Baumeister, descreve o fenômeno do assédio leve como o “roteiro do amor rejeitado.”  Filmes e até romances clássicos comunicam que esforços dramáticos para  conquistar o amor de alguém valem a pena, e a química cerebral contribui pra reforçar esta idéia errada. Quem não lhe ama, não o fará magicamente porque você insistiu. Na verdade, a insistência mostra fraqueza, falta de amor próprio e de discernimento, irritando (ou assustando) o assediado. Tende a diminuir suas chances.  

Amor como Droga

Paixões avassaladoras aumentam a produção de dopamina, um neurotransmissor associado à concentração e aos desejos obsessivos.  Infelizmente, a rejeição romântica produz o mesmo efeito no organismo gerando o fenômeno denominado pela antropóloga biológica Helen Fisher como “atração frustrada.”  A obsessão torna-se um desejo cego,  alimentado por combustíveis físicos e emocionais que a tornam incontrolável, impedindo muitas vezes que a pessoa funcione em sociedade. Se perceber que você ou alguém que você conhece está indo nesse caminho, busque ajuda antes que as consequências se tornem trágicas.

Diferenças Comuns entre Homens e Mulheres Lidando com Rejeição e Obsessão

Algumas aparentes obsessões masculinas nada mais são do que jogos de poder, estimulados pela necessidade de provar para outros —rivais ou clã — que se pode conquistar alguém. Jogos são comuns entre jovens, onde a perseguição do interesse amoroso, por mais obsessiva que pareça, nada mais é que um esforço para se obter um troféu. A meta real é alimentar o ego, ou ganhar pontos com colegas e mentores que admiram.

Com a mulher, obsessões podem estar associadas aos danos que rejeições anteriores causaram à autoestima. Devem ser identificadas o quanto antes, e tratadas com cuidado para evitar sequelas permanentes. 

Já homens realmente obsessivos, que se tornam assediadores e até sequestradores e assassinos, costumam ser indivíduos isolados, cujas noções de relacionamentos com mulheres possuem histórico de rejeições constantes, assim como interações emocionais e sexuais traumáticas ou inexistentes.

Na maioria dos casos, homens são melhor equipados para lidar com a rejeição no amor. Começa com o fato de serem eles quem se aproximam para “cantar” uma mulher ou tirá-la para dançar. Até receberem um sim, já levaram diversos nãos. Mulheres estão acostumadas a serem caçadas, e a rejeição dói mais; comumente forçando-as à autoanálise. Curiosamente, quando encontram algo “errado” consigo mesmas que possa justificar a rejeição, conformam-se melhor. Mas se concluem que são bonitas e inteligentes o bastante para o parceiro em questão, a menos que ele esteja apaixonado por outra pessoa, reconquistá-lo pode se tornar um caso de vida ou morte. Este é o primeiro passo para iniciar uma obsessão. Tal mulher pode até começar “jogando,” como fazem os homens jovens. O risco, é que ao contrário deles, ela precisa provar algo para si mesma, e sozinha em sua mente conturbada, pode não saber a hora de parar.

Na próxima edição da Coluna Liza Andrews, aprenda mais sobre como lidar com a rejeição romântica e a obsessão,” com a parte final desse artigo. Liza Andrews é especialista em desenvolvimento pessoal e profissional, e apresentadora de TV do canal MNN em Manhattan. Envie perguntas e siga a colunista no Instagram @LizaAndrewsOficial

 



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