Publicado em 24/06/2024 as 12:30am
Coluna esportes: MILHÕES E MILHÕES NA COPA AMÉRICA E EUROCOPA
A Indústria do Esporte - que inclui desde os salários dos grandes astros até a compra de um...
A Indústria do Esporte - que inclui desde os salários dos grandes astros até a compra de um simples chaveiro com o escudo de seu time do coração numa loja oficial - movimenta anualmente US$ 159 bilhões (cerca de R$ 869 bilhões) em todo o mundo, de acordo com a agência especializada inglesa Two Circles. Ainda conforme essa empresa, a receita anual do setor chegará, em nível planetário, aos US$ 260 bilhões (R$ 1,42 trilhão) até 2033.
Uma fatia considerável deste bolo diz respeito à indústria de material esportivo, que conta com indústrias importantes como Adidas, Nike, Puma, Reebok, entre outras. Neste ano em que estão sendo realizadas praticamente ao mesmo tempo a Eurocopa e a Copa América, além dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris, entre julho e setembro, o setor de fornecedoras de material esportivo vai estar bem aquecido em 2024.
Na Copa América, aberta na última quinta-feira, com a Argentina, da Adidas, duelando com o Canadá, que é vestido pela Nike, haverá 16 seleções participantes. Já o Brasil (Nike) vai estrear na segunda-feira, dia 24, diante da Costa Rica (Adidas). Na competição continental americana, a marca das três listas, da alemã Adidas, estará presente em 50% das equipes nacionais. Já no caso da competicão europeia, a vantagem é da americana Nike. Seu logotipo, conhecido como Swoosh – que se assemelha a uma asa da deusa grega Nike, cujo nome significa vitória - se faz presente em nove uniformes.
A tendência é que o domínio da Nike ficará ainda maior no mercado nos próximos anos, já que a Alemanha vai pôr fim a uma parceria de 70 anos com a alemã Adidas, para firmar um contrato com a americana Nike. Tal decisão causou enorme polêmica naquele país. A briga ferrenha pelo fornecimento do uniforme de seleções, aliás, deve seguir aquecida, de acordo com especialistas do mercado.
Segundo Artur Mahmoud, diretor de negócios da agência End to End, as camisas nacionais são alguns dos produtos mais "vistosos" que as marcas buscam.
"A abrangência internacional que as seleções possuem é um fator de muita atratividade para as marcas. Por mais que o futebol possa não ser o esporte principal de todos os países, é a modalidade mais famosa do mundo.", observou. "E não só isso, mas também o fato de reunir os melhores jogadores e disputar competições de alto nível, torna o produto mais vistoso.
Para Mahmoud, grandes eventos esportivos são mega vitrines no mercado:
"Competições como Eurocopa e Copa América são ainda grandes oportunidades para empresas que buscam internacionalizar a marca e conversar com diferentes tipos de público".
No caso do Brasil, o acordo atual com a Nike vai até a Copa do Mundo de 2026, nos EUA, México e Canadá. Nos bastidores, há conversas por renovação, mas ainda é incerto se o time verde e amarelo vai manter o compromisso com a Nike além dessa data.
Especificamente em relação à Copa América, a ESPN, canal internacional de TV especializado em esportes, elegeu os uniformes de jogo mais bonitos dentre as seleções que tomarão parte no evento. De acordo com a classificação, os três uniformes mais bonitos são os do México (Adidas), Jamaica (Adidas) e Bolívia (Marathon). O Brasil, vestido pela Nike, ficaria fora do pódio, em quinto lugar, e os EUA, com o mesmo fornecedor, apenas em décimo.
Levando em conta as duas competições continentais, a distribuição das marcas é a seguinte:
*Copa América
Adidas: 8 (Argentina, Peru, Chile, México, Venezuela, Jamaica, Colômbia e Costa Rica)
Nike: 4 (Brasil, Uruguai, Canadá e Estados Unidos)
Marathon: 2 (Equador e Bolívia)
Puma: 1 (Paraguai)
Reebok: 1 (Panamá)
*Na Eurocopa:
Nike: 9 (Croácia, Inglaterra, França, Holanda, Polônia, Portugal, Eslováquia, Eslovênia e Turquia)
Adidas: 6 (Bélgica, Alemanha, Hungria, Itália, Escócia e Espanha)
Puma: 4 (Áustria, República Tcheca, Sérvia e Suíça)
Macron: 2 (Albânia e Geórgia)
Joma: 2 (Ucrânia e Romênia)
Hummel: 1 (Dinamarca)
VASCO: UM NOVO SAO JANUARIO?
A três anos de celebrar o centenário de sua inauguração, a 21 de abril de 1927, o Estádio Vasco da Gama, popularmente conhecido como São Januário, a partir da rua que lhe dá acesso, deverá entrar num processo de reconstrução, a partir de dezembro deste ano ou janeiro de 2025, de modo a ser reinaugurado em abril de 2027, quando irá completar 100 anos.
Ao mesmo tempo em que o time de futebol faz péssima campanha no Brasileirão, em 16o lugar, com apenas 7 pontos, correndo risco de entrar na zona de rebaixamento depois da derrota de 2 a 0 para o Juventude, na última quarta-feira, dia 19 de junho, o Vasco está próximo de realizar a sonhada remodelação de seu estádio, algo desejado há décadas por sócios e torcedores do clube. Tal reforma só será possível graças a uma medida denominada de transferência de potencial construtivo, que já foi aprovada pela Câmara de Vereadores do Rio e que depende agora da assinatura do prefeito Eduardo Paes.
Na prática, a grosso modo, essa transferência de potencial construtivo é como se uma empresa construtora "comprasse" a área do clube, mas ao invés de edificar um novo empreendimento naquele local, recebe um terreno numa outra área da cidade, provavelmente na Barra da Tijuca, para, por exemplo, ali construir um shopping ou condomínio. O clube recebe uma quantia, calculada em cerca de R$ 500 milhões, com a qual consegue tocar as obras.
Com isso, a arena vascaína passará dos atuais 21 mil lugares para 47 mil, sendo 32 mil em arquibancadas, 10 mil em cadeiras e o restante noutros setores. O espaço aberto atrás de um dos gols será fechado com novas arquibancadas. O estádio atual, porém, não será posto abaixo. A fachada em estilo português colonial, será mantida, já que é tombada pelo patrimônio histórico da cidade.
Em cada uma das extremidades da fachada, haverá duas "torres". Numa delas, a Sul, haverá escritórios administrativos e um centro de convenções, além de vagas de estacionamento; e na Norte, serão instalados Museu e Centro de Memória, lojas, restaurantes e camarotes. A reforma prevê ainda novos vestiários, salas de imprensa, parque aquático e ginásios. Já foi estabelecida a manutenção da capela de Nossa Senhora das Vitórias e do Colégio Vasco da Gama, no qual os atletas do clube têm aulas dos ensinos fundamental e médio.
Enquanto seu estádio estiver sendo reformado, o Vasco vai buscar parcerias com outros clubes cariocas ou com prefeituras de cidades de fora do Estado do Rio de Janeiro, para mandar seus jogos.
Crédito: Divulgação/Vasco
LIGA DAS NAÇÕES DE VÔLEI
A seleção brasileira feminina de vôlei está a duas vitórias da inédita e invicta conquista do título da Liga das Nações, cuja fase decisiva está sendo disputada na Tailândia. Nesta quinta-feira, a equipe verde e amarela avançou às semifinais ao derrotar as tailandesas por 3 sets a 0 (25/21, 25/20 e 25/23). Na semifinal deste sábado, a partir das 10h30m de Brasília, as brasileiras terão pela frente as japonesas, que superaram a seleção da China por 3 a 0 (25/21, 25/21 e 25/22).
Invicta na primeira fase, com o recorde de 12 triunfos em igual número de partidas, a seleção brasileira chegou ao seu 13o resultado positivo, graças a uma atuação sólida e intensa. O destaque verde e amarelo, mas uma vez, foi a ponteira Gabi. Depois de ter começado um pouco abaixo do normal, a atacante demorou a crescer no jogo, o que ocorreu após ela ter assinalado quatro pontos seguidos. A camisa 10 da seleção fechou a partida com 16 pontos. Foi a maior pontuadora da partida, seguida por Ana Cristina, com 14 pontos.
No duelo destas quartas de final, a Tailândia foi um adversário muito mais duro do que se poderia esperar, principalmente levando em conta o fato de que esta só disputou as quartas por ser o país-sede da fase final. Na etapa de classificação, as tailandesas haviam ganho apenas três das 12 partidas. Entretanto, atuando em casa e com o apoio de sua torcida, a Tailândia foi muito resistente ao Brasil, dificultando muito a conquista dos pontos pelas brasileiras. As tailandesas lutaram muito e não deixaram o Brasil abrir vantagens amplas ao longo das ações. Em alguns momentos, chegaram até a liderar algumas parciais. No fim dos sets, porém, prevaleceu a maior categoria verde e amarela.
NO MASCULINO, DERROTA BRASILEIRA
Das seis edições da Liga das Nações, o Brasil alcançou a semifinal em cinco, incluindo a de agora. A equipe foi vice em 2019, 2021 e 2022. Sobre a semifinal deste sábado, Brasil e Japão se enfrentaram na primeira fase da atual Liga das Nações, com vitória verde-amarela: 3 a 2 (24/26, 26/24, 19/25, 25/20 e 15/11).
Na versão masculina da Liga das Nações, na etapa de Manila, nas Filipinas, o Brasil perdeu para os Estados Unidos por 3 a 2. Os americanos se impuseram por 25/21, 18/25, 25/21, 22/25 e 15/9. Com isso, os brasileiros estão em quarto, com seis vitórias e quatro derrotas. A equipe verde e amarela voltaria à quadra nesta sexta-feira, de madrugada no horário brasileiro, contra o Canadá.
TOQUE DE BOLA
CARLOS ALBERTO PARREIRA
Técnico da seleção brasileira na conquista do tetra, em 1994, nos EUA, Carlos Alberto Parreira, de 81 anos, está curado do câncer. A informação foi revelada, no fim de maio, pelo ex-médico da CBF José Luiz Runco. Por meio de quimioterapia, o treinador vinha se tratando de um Linforma de Hodgkin. O linfoma acomete o sistema linfático e imunológico de forma ordenada, através dos vasos linfáticos. O tumor aparece predominantemente na região do pescoço e do tórax. A doença de Parreira havia sido anunciada pela CBF em janeiro.
LA EM MINAS
CRUZEIRO – Nesta quarta-feira, o Cruzeiro manteve os 100% de aproveitamento no Mineirão, pelo Brasileiro, chegando à quarta vitória: 2 a 0 sobre o Fluminense, com dois gols de William. Com o resultado, a Raposa entrou no G-6 com 17 pontos. Foi o terceiro jogo de invencibilidade do time celeste, com duas vitórias e um empate. No próximo domingo, dia 23, às 16h de Brasília, o Cruzeiro vai visitar o Bahia, na Fonte Nova.
ATLÉTICO - O meia-atacante Bernard será apresentado à torcida do Atlético neste domingo, dia 23, às 18h30, na Arena MRV, em Belo Horizonte, pouco antes da partida do Galo contra o Fortaleza. A partida será pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O novo reforço atleticano vai entrar em campo antes do jogo, devendo dar entrevista coletiva na sala de imprensa.
AMÉRICA - Como visitante, nesta quarta-feira, dia 19, o América foi a Curitiba, onde acabou derrotado pelo Coritiba por 1 a 0, no Couto Pereira. O gol do time alviverde paranaense foi de Lucas Ronier. Apesar do resultado negativo, o Coelho permanece na liderança da Série B, com 21 pontos. Na próxima rodada, na terça, dia 25, o América vai receber o Avaí no Independência, em Belo Horizonte.