Políticas Econômicas de Donald Trump e Joe Biden: Impacto nos Índices de Inflação

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Com o intuito de lançar um pouco de luz em assuntos de interesse da população brasileira vivendo nos EUA, escolhi abordar na coluna de hoje um tema que tem dominado os debates nesta corrida presidencial que começa a esquentar: a gestão da inflação nos períodos Trump (Republicanos) e Biden (Democratas).

As administrações de Trump e Biden adotaram políticas econômicas distintas, fruto de suas diferentes visões ideológicas: de forma bem resumida, podemos dizer que do lado Republicano a aposta em fomentar o crescimento econômico se dá por meio de incentivos à iniciativa privada; já do lado Democrata, a visão é de que o Estado é o responsável por induzir e promover o desenvolvimento. Duas visões de mundo distintas, que impactam de forma diferente nos índices de inflação. Vamos então analisar ambas:

Donald Trump (2017-2021):

Durante seu mandato, Trump implementou cortes de impostos significativos e desregulamentação para promover o crescimento econômico. A Lei de Cortes de Impostos e Empregos de 2017 reduziu as taxas de impostos corporativos e pessoais, buscando aumentar o investimento e estimular a economia. Inicialmente, essas medidas impulsionaram o consumo e o investimento empresarial. No entanto, a desregulamentação e as políticas comerciais protecionistas de Trump, como as tarifas sobre produtos chineses, contribuíram para pressões inflacionárias em certos setores. Isso foi exacerbado pela incerteza e pela interrupção nas cadeias de suprimentos globais – amplamente atingidas pela pandemia – o que acabou elevando os custos para consumidores e empresas.

Trump assumiu o cargo em janeiro de 2017 e seu mandato terminou em janeiro de 2021. Durante esse período, a inflação acumulada foi de aproximadamente 7.7%.

Joe Biden (2021-presente):

Biden assumiu o cargo em meio à pandemia de COVID, implementando o Plano de Resgate Americano para mitigar os impactos econômicos da crise. Este pacote de estímulo incluiu pagamentos diretos aos indivíduos, expansão do seguro-desemprego e apoio financeiro a governos locais.

Além disso, propôs um plano de investimentos em infraestrutura, energia limpa e educação para impulsionar o crescimento econômico. Para financiar esses investimentos, ele propôs aumentos de impostos para corporações e indivíduos alta renda, tentando assim também influenciar positivamente a distribuição de renda. No entanto, suas políticas econômicas acabaram gerando um impacto maior nos índices de inflação: Joe Biden assumiu a presidência em janeiro de 2021, e, até o dia 30 de junho de 2024, a inflação acumulada nos EUA é de aproximadamente 20%.

Conclusão:

Como pudemos constatar, as políticas econômicas de Trump e Biden refletem as diferentes filosofias políticas e econômicas de seus partidos, respectivamente os Republicanos e os Democratas. Enquanto Trump enfatizou cortes de impostos, desregulamentação e protecionismo comercial, estimulando a iniciativa privada, Biden favorece um papel mais ativo do governo na economia, tendo como foco os investimentos em infraestrutura e energia limpa, e uma abordagem mais progressiva em termos de impostos e regulamentação.

Tudo isso é importante para que nós, brasileiros nas terras do Tio Sam, possamos tomar melhores decisões financeiras no período após as próximas eleições. Vença quem vencer, o importante é estar preparado!

Quem tiver alguma sugestão de tema relacionado à Economia e Finanças, ou tenha alguma dúvida específica, entre em contato: ricardo@simplekeyrealty.net

 

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