Coluna Arilda: O artista brasileiro Siron Franco

Gessiron Alves de Franco, conhecido como Siron Franco (nascido em 26 de julho de 1947), é um pintor e escultor brasileiro. De origem humilde, Siron passou boa parte da vida no Bairro Popular em Goiânia. Foi nesse local que, em 1987, ocorreu o famoso acidente radioativo de Goiânia. Na ocasião, materiais contendo Césio-137 foram descartados inapropriadamente e provocaram a morte de várias pessoas. Ele tratou desse tema em uma de suas séries mais famosas, intitulada Série Césio.

Siron Franco passou a infância e a adolescência em Goiânia, tendo suas primeiras aulas de pintura sob a orientação dos artistas DJ Oliveira e Cleber Gouveia. Começou a ganhar a vida aos 13 anos, pintando e vendendo retratos da burguesia das cidades. Em 1965, dedica-se ao desenho, seguindo os esboços irreais e grotescos que tinha em mente. Em 1968 venceu a Bienal Nacional da Bahia. Entre 1969 e 1971, o artista morou em São Paulo, frequentou os ateliês de Bernardo Cid e Walter Lewy em São Paulo e foi um dos integrantes do grupo que participou da exposição Surrealismo e Arte Fantástica na Galeria Seta. 

Em 1973, Siron Franco ganhou o prestigioso Salão Global da Primavera no Rio de Janeiro. Depois, ele passou um ano morando na Cidade do México. Depois de ganhar o prêmio Internacional da Bienal de São Paulo em 1975, Siron percorreu a Europa entre 1976 e 1978, morando principalmente em Toledo e Madrid, na Espanha. Em 1982, sua Exposição na Galeria Bonino foi considerada a melhor do ano no Brasil e Siron recebeu o distinto título de melhor Pintor Brasileiro de 1982 pela APCA, Associação de Pintores e Críticos de São Paulo.

Dono de uma técnica impecável, Siron confere um clima dramático às suas pinturas em tons escuros, cinza e marrons. Com mais de 30 mil peças criadas, além de instalações e interferências urbanas ao redor do mundo, seu trabalho foi apresentado em mais de cem conferências ao redor do mundo, incluindo as mais importantes exposições e bienais. Em 2012 as instalações de Siron Franco na Rio+20 deixaram os visitantes sem fôlego. O foco foi nos danos causados pelo fogo criminoso na savana brasileira conhecida em português como Cerrado, que é o bioma nativo do estado natal de Siron, Goiás, no coração do território brasileiro.

Em 1992, Siron Franco, que declarou pela primeira vez sua crença em Bahá'u'lláh durante uma entrevista ao vivo transmitida por rádio em todo o Brasil, projetou o Monumento da Paz para a Cúpula da Terra e continuou a trabalhar em pintura, cerâmica, escultura.

Hoje em dia Siron tem obras em diversos museus no Brasil, nos EUA e no México. 

Fotos: internet/divulgação