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Publicado em 21/07/2024 as 8:00pm

Coluna Arilda

Arilda Costa McClive veio da Itália para os Estados Unidos há  24 anos e adotou este país...

Coluna Arilda Arilda Costa McClive

Arilda Costa McClive veio da Itália para os Estados Unidos há  24 anos e adotou este país como seu novo lar desde então.

Jornalista, ela também estudou a história da arte, e tem uma longa história com a comunidade brasileira pois tem uma coluna no jornal Brazilian Times  há mais de 15 anos.

- Arilda, um pouco da sua trajetória.

Saí do Brasil e fui para a Itália, depois vim para os Estados Unidos no ano 2000. Morei 2 anos no México durante a pandemia e voltamos, eu e meu marido, para a América porque aqui é o melhor país para se viver no mundo. Creio que entendo a razão que todos querem vir para os Estados Unidos.

- Você é conhecida na comunidade porque trabalha há muitos anos escrevendo para o Brazilian Times. Você agora está trabalhando também como Consultora Financeira. Conta o que te levou para esta área?

Foi observando os acontecimentos na nossa comunidade. São muitos anos que venho acompanhando de perto os sucessos, mas também os dramas que acontecem. As campanhas GoFundMe aumentaram demais na comunidade e é uma cultura que precisamos mudar, esta de apelar para a caridade das pessoas. Não estamos no Brasil. E é outra razão para se comportar de forma diferente, aprendendo com os americanos.

O fato é que 98% das campanhas que fazem nas redes sociais poderiam ser evitadas se cada um entendesse que ter um seguro de vida com benefícios em vida é uma questão de responsabilidade para com a própria vida. Ter um Seguro de Vida vivendo nos Estados Unidos é também oferecer um abraço protetor aos seus entes queridos do que não se pode prever. É necessário estar preparado.

O que você quer dizer então é que de modo geral os imigrantes brasileiros não fazem seguro de vida? 

- A porcentagem de brasileiros que entendem que é fundamental ter um seguro de vida morando aqui ainda é muito pequena. Aliás, na minha opinião este tipo de seguro deveria ser obrigatório porque o "benefício em vida" paga, em vida, até 80% do valor da apólice em caso de doenças críticas, como câncer, AVC, ataque de coração Alzheimer, entre outras doenças e acidentes graves com casos de invalidez. Para doenças terminais o seguro antecipa o pagamento de até 90%. O segurado recebe ainda em vida este dinheiro. No caso de falecimento, é o beneficiário que recebe 100% para as despesas finais. Outra informação importante é que ter um seguro como esse não custa caro. Dependendo da idade custa menos de U$ 1.00 por dia.

Quer dizer, para pessoas mais jovens, um seguro para uma apólice mínima de U$100.000 custa mais ou menos uns U$ 20,00 dólares por mês. 

Todos que trabalham aqui, podem e deveriam ter um seguro de vida. Tem mais dignidade não precisar apelar para a caridade das pessoas.

- E nessas campanhas as pessoas conseguem sempre as doações para resolver o problema?

Boa pergunta porque a resposta é não e é aí que está o drama da situação. Situações como o corpo da brasileira que faleceu em março e ficou congelado até meados de junho aguardando arrecadar dinheiro com doações acontecem. Creio que porque aumentaram muito estas campanhas, ou seja, as vaquinhas eletrônicas, parece que se está criando uma ideia  coletiva de que "se ajudar um, tenho que ajudar todos e não dá para ajudar todo mundo" e aí as campanhas não estão arrecadando como antes.

- Independente do status legal, os imigrantes brasileiros podem fazer um seguro?

Sim, claro! Só precisa ter um passaporte e o chamado ITIN number. O processo é muito simples de fazer. Tem um questionário da seguradora para preencher e depois disso enviamos para apreciação e aprovação. Depois de alguns dias, se estiver tudo de acordo, a apólice é aprovada e o débito é feito no automático na conta bancária. A cobertura assegurativa começa assim que a seguradora recebe o primeiro pagamento.

- O que mais você recomenda para a segurança financeira do imigrante brasileiro nos EUA?

Aposentadoria! Muitos brasileiros não estão dando a devida importância ao planejamento para a aposentadoria

A Previdência no Brasil atualmente está em crise, com um déficit de R$ 400 bilhões de reais. O Social Security nos EUA também é insuficiente para cobrir as despesas daqueles que aqui estão, incluindo os Americanos. Isso é evidenciado pelos idosos que ainda trabalham em varios setores e grandes lojas. 

É crucial pensar no futuro agora para acumular recursos e evitar dificuldades na velhice. O fato é que o tempo vai passar para todo mundo.

- Faz sentido. Creio que sua percepção da situação é apurada. Seu contato para aqueles que quiserem entender um pouco mais sobre seguros e aposentadoria?

- Obrigada. Meu e-mail: arildacosta@gmail.com e WhatsApp 203 308 9148 

 



 

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