Publicado em 18/08/2024 as 9:00pm
Coluna Debora Corsi: A MAIOR RIQUEZA DA TERRA
A palavra "riqueza" atrai pessoas de todos os cantos do mundo, e, diariamente, somos...
A palavra "riqueza" atrai pessoas de todos os cantos do mundo, e, diariamente, somos testemunhas de golpes nos quais muitos ainda caem devido a falsas promessas de enriquecimento. As redes sociais, apesar de serem um avanço tecnológico que agiliza o cotidiano, têm contribuído para o desastre nos orçamentos familiares, que aumentam diariamente. Homens apostam alto em jogos online, perdendo toda a sua reserva financeira, contraindo dívidas gigantescas e destruindo relacionamentos por causa desse vício. E tudo isso em busca de riqueza. Quando descobrem que foram vítimas de golpes e que todo o dinheiro foi perdido, alguns chegam ao ponto de cometer suicídio.
Para os críticos de plantão na internet, tal atitude é rotulada de várias maneiras. No entanto, a pergunta que devemos fazer a nós mesmos é: até que ponto estamos dispostos a correr riscos para obter riqueza? Todos sabem que o dinheiro não chega facilmente. É preciso trabalhar com afinco, dedicar-se ao conhecimento, aprender a criar uma boa rede de contatos, renunciar, algumas vezes, a momentos prazerosos, mudar de cidade e até de país... tudo isso é um preço alto a pagar para adquirir bens e sustentar as necessidades básicas do ser humano.
Alguns consideram isso efêmero e preferem ir além, buscando o famoso pote de ouro no final do arco-íris. Com isso, o desgaste aumenta, a ausência daqueles que amam se torna frequente, e o sonhado pote de ouro continua distante. Não é errado desejar o melhor da vida, não é pecado sonhar em fazer viagens incríveis, almoçar nos melhores restaurantes, comprar carros de luxo e boas casas, mas a que preço as pessoas estão dispostas a pagar? Quantos estão depressivos e com síndromes diversas devido ao excesso de trabalho? Isso vale a pena?
Alguns médicos já relataram que, no final da vida, muitos pacientes em fase terminal expressam desejos como: "Doutor, não me deixe morrer, eu preciso ver meu filho crescer, quero abraçar mais meu cônjuge, preciso pedir perdão a uma pessoa". Não há, nessas histórias, pedidos como "preciso me curar para trabalhar mais e ficar rico". Ou seja, a verdadeira riqueza não está no dinheiro.
Assisti a uma palestra de Myles Munroe, autor de best-sellers, pastor e palestrante bahamiano, que infelizmente faleceu na tarde do dia 9 de novembro de 2014, em um acidente com seu avião particular. Esse homem possuía uma sabedoria incrível e, nessa palestra, ele explicou qual era a verdadeira riqueza. As palavras deixadas por esse pastor foram:
"O lugar mais rico deste planeta não são os campos de petróleo do Kuwait, do Iraque ou da Arábia Saudita. Tampouco as minas de ouro e diamantes da África do Sul, as minas de urânio da União Soviética e as minas de prata da África. Embora isso seja surpreendente, os depósitos mais ricos de nosso planeta podem ser encontrados a alguns quarteirões da sua casa. Eles estão no cemitério local, enterrados debaixo do solo. Dentro das paredes daqueles túmulos sagrados estão sonhos que nunca se realizaram, canções que nunca foram escritas, pinturas que nunca encheram uma tela, ideias que nunca foram compartilhadas, visões que nunca se tornaram realidade, invenções que nunca foram criadas, planos que nunca passaram da 'prancheta' mental e propósitos que nunca foram realizados. Nossos cemitérios estão cheios de um potencial que permaneceu inerte."