(Coluna Liza Andrews) Nova Iorque: Onde Sonhos Impensáveis se Tornam Realidade

No artigo, Manhattan: O Lugar de Realizar Sonhos e Ganhar Milhões, discutimos as inúmeras oportunidades oferecidas em Nova Iorque, e estou sempre ligada no que esta cidade fantástica pode oferecer à população brasileira —de preferência, gratuitamente.

Muitos brasileiros vivendo em Nova Jersey, Connecticut ou periferias de Manhattan afirmam não saberem exatamente por onde começar a se integrar com a cultura complexa e sofisticada da Big Apple. No artigo em questão, uma das minhas recomendações foi: se você mora e trabalha em outras localidades, arranje motivos para vir à Manhattan entrando para algum grupo profissional ou social. Assim, poderá praticar seu inglês, expandir idéias, curtir programas culturais gratuitos e eventualmente, terá amigos e clientes para apresentá-lo à novas pessoas e até recomendá-lo profissionalmente. Mas algumas pessoas resistem, afirmando que é intimidador conhecer gente nova e se envolver em atividades numa cidade tão grande e glamourosa.

Adivinhem? Muito que vivem aqui no coração da cidade, enfrentam as mesmas dificuldades. Mas sem dúvida, vale a pena encarar os medos e constrangimentos e absorver tudo que servir ao seu desenvolvimento pessoal e profissional. A boa notícia é que nem tudo na capital do mundo precisa passar pelo desconfortável filtro da sofisticação.

O achado desse mês é para os que sonham alto, mesmo que suas condições sejam momentaneamente triviais. O Diretor de cinema Karl Bardosh é apaixonado pelo Brasil. Já fez um filme na nossa pátria amada e este ano, resolveu implementar aqui em Nova Iorque o primeiro Festival Brasileiro de Curta Metragens Gravados em Celular.

Para os que não sabem, esta modalidade de cinema já compete em diversos festivais internacionais por toda a Europa e Ásia. O Diretor Bardosh —que é professor veterano na renomada universidade NYU—ensina como captar as imagens com nível “cinematográfico” e, de uma forma poética ou dramática, contar sua história.

Mesmo que você nunca tenha considerado tornar-se um cineasta, esta pode ser a sua chance. Se você é brasileiro, fala inglês o bastante para compreender a aula do grande mestre, e possui um Smartphone, você é um candidato. Nenhuma experiência prévia é necessária, e o curso de três dias é gratuito para os 12 sortudos que forem selecionados.

Durante o treinamento, os candidatos aprenderão as técnicas e criarão um mini-filme de 3 a 5 minutos de duração. Embora sejam literalmente curtos, os filmes devem ter a capacidade de contar uma história dramática, divertida, ou de alguma forma, impactante. Com o advento das redes sociais, e principalmente do Instagram, que nos força a criar reels interessantes de apenas um minuto e meio, a tarefa de produzir tal curta-metragem não parece tão difícil.

E o desafio vale a pena, pois a oportunidade de mudar seu futuro não termina com o aprendizado. Além de ter a chance de mostrar seu talento para um profissional do ramo —que treina especialista e abre portas para oportunidades nos filmes e documentários que virão—os três melhores curtas, selecionados ao fim do workshop, serão levados para o Festival Du Marche em Cannes, na França!

Quão sensacional é esta oportunidade para os brasileiros que aqui residem? O próximo festival desta categoria deve ocorrer apenas no Brasil, então abrace esta oportunidade aberta para brasileiros de todas as idades vivendo nos Estados Unidos.

O workshop patrocinado por empresas de mídia americanas e brasileiras é presencial e acontecerá em Midtown Manhattan nos dias 21, 24 e 28 de outubro, das 3 as 6 pm. Os 12 selecionados devem ser pessoas sérias que irão comprometer-se a comparecer todos os três dias, pontualmente. Uma falta ou atraso grave elimina o candidato de ter seu filme exibido no cinema de Cannes e de possivelmente ser premiado por lá.  Os interessados devem escrever para o email (production@TheLizaAndrewsShow.com) contando quem são, por que gostariam de fazer o workshop e por que deveriam ser selecionados para a vaga. O prazo de inscrição termina dia 30 de setembro e os resultados dos selecionados sairão na semana seguinte. O candidato que mais se destacar será entrevistado no meu programa de televisão, exibido na TV americana e retransmitido em todos os países falantes da língua portuguesa.

Alunos do curso de cinema da NYU me disseram que a experiência de ser um diretor, num mundo onde normalmente sentamos numa sala escura apenas para assistir aos filmes, é indescritível.  Eles elogiaram principalmente o aprendizado de composição, técnicas de filmagens que conferem às imagens captadas no celular a qualidade de filme profissional, e a edição que favorece o ritmo do contar de cada história.

Todos nós imigrantes temos uma história, e ela se funde com a de tantas pessoas fascinates que conhecemos ao longo do caminho —as que deixamos no antigo lar, e as que conhecemos aqui. Venha partilhar a sua história.