Chegou o Classificado do Brazilian Times. Divulgue ou busque produtos e serviços agora mesmo!

Acessar os Classificados

Publicado em 22/12/2024 as 12:00pm

Brasileira Que Venceu a Obesidade Terá Seu Filme Exibido em Cannes

Acabou de acontecer em Nova Iorque, o Primeiro Festival Brasileiro de Cinema Celular que...


Acabou de acontecer em Nova Iorque, o Primeiro Festival Brasileiro de Cinema Celular que levará diretores novatos a Cannes. O projeto, implementado mundialmente, é criação do cineasta e professor de cinema da NYU (New York University,) Karl Bardosh. Ele nos conta como esta modalidade de festival foi criado, e como ficou feliz em ter convidado o Brasil para a competição. 

“A idéia de criar cinema com telefones celulares surgiu quando resolvi fazer um filme sobre o cineasta brasileiro-americano Arnon Dantas, que vivia entre Miami e Rio de Janeiro.”  Karl Bardosh filmou no Brasil, usando a SONY X-1000. A mesma câmera digital de mão usada no movimento Dogme-95, onde cineastas tentaram transformar o cinema numa experiência criativa, eliminando os artifícios das produções formais. 

Um de seus colegas, Gabor Kindl, ajudando nessa produção, sugeriu que eles criassem um festival de curta metragens usando apenas câmeras portáteis. Eles começaram a organizar este festival de volta à Hungria democrática de 2004, e como diretor de arte do evento, Karl Bardosh disse, “Que tal incluirmos obras filmadas com câmeras de telefones celulares?” Este festival internacional foi o primeiro globalizado na Europa a introduzir curtas filmados em telefones celulares como categoria. Logo após, Karl começou a promover a idéia pelo mundo. O primeiro festival de curtas exclusivamente filmados com celulares ocorreu na Índia, no Dr. Sandeep Marwah’s Asian Academy of Film and Television, em 2007, e então em Sydney, Austrália em 2011—o ano da criação do Iphone.

Os avanços tecnológicos e a altíssima qualidade das câmeras dos smartfones garantiram o sucesso do projeto. Outros festivais internacionais que incluem a categoria “cinema no celular” ocorrem atualmente na China, Republica Dominicana, Russia e Londres. A Rainha da Nigéria promove um festival anual com curta metragens sobre obras humanitárias. O prêmio principal leva o nome do diretor, The Karl Bardosh Humanitarian Cell Phone Cinema Award.

Em Nova Iorque, após semanas de workshop com Bardosh, nossos conterrâneos finalizaram seus filmes. Os onze finalistas foram julgados pelo júri popular e também por um júri internacional, formado em sua maioria por diretores de cinema e especialistas em documentários. O júri popular escolheu o filme sobre autismo, "Era uma Vez," da diretora e presidente da fundação GAFFA, Vera Santana. O júri oficial decidiu os três vencedores que representarão o Brasil em Cannes, em maio de 2025. O terceiro lugar foi para Angelita de Paula, Presidente da Fraternidade Sem Fronteiras USA, com o filme “Mães no Campo,” que belamente retrata uma de suas missões ajudando mulheres na África. O segundo foi para Cláudia de Lima, empresária, pelo filme “Verdades Fatais". Na obra, a diretora relatou a história pessoal de sua adoção, por um ângulo inusitado, questionando as justificáveis mentiras. E a grande vencedora foi a chef Gislaine Murgia, pelo filme “A Vida em Azul.” Uma história emocionante e inspiradora de como a diretora usou o vício em comida como escape, e como venceu a obesidade de risco através da psicologia do autoconhecimento e do amor próprio. 

A diretora Gislaine Murgia, cuja entrevista exclusiva aparecerá também no The Liza Andrews Show, na TV americana, contou o que esta vitória significou para ela. “Como conto no filme, desde criança me lembro de ter sido obesa e ridicularizada por todos, desde os membros da família até os colegas de classe. Minha ansiedade era tanta que eu estocava doces debaixo da cama e comia escondida. Fugia tanto de espelhos, que meu documento de identidade constava que meus olhos eram verdes, quando na verdade, eram azuis. Apenas aos quarenta anos, fiz uma terapia fotográfica que me ensinou a me aceitar e me amar, e finalmente comecei a perder peso. Foi naquela idade, que descobri a cor dos meus olhos e um novo jeito de ver o mundo. Por isso o nome do filme é ‘A Vida em Azul’, vista pelas lentes dos meus novos olhos, da cor correta, e com a percepção que eu precisava para me reinventar. Vencer esse prêmio foi mais do que ganhar um belo troféu, ou levar meu filme a Cannes. Foi poder partilhar com milhares de mulheres como eu, que com a ajuda certa, é possível se amar o bastante para mudar radicalmente o que você não gostava sobre si. Eu perdi mais de cem libras, mas as mudanças internas e externas foram muito além.”

Quão sensacional é esta oportunidade? Há planos para o festival acontecer em Nova Iorque e no Brasil em 2025.  Se você tem uma ótima história, clique AQUI  no link da fundação de apoio à cultura brasileira, e seja notificado de como participar gratuitamente do próximo festival.

Top News