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Publicado em 23/12/2024 as 11:30am

Coluna Terezinha: Coparentalidade maligna e festas de fim de ano

As festas de fim de ano celebram paz e alegria. No entanto, para algumas pessoas, pode ser um...


As festas de fim de ano celebram paz e alegria. No entanto, para algumas pessoas, pode ser um momento psicologicamente difícil em razão de separação ou divórcio, principalmente quando há filhos ainda pequenos.

Como os filhos são o espelho do conflito dos pais, eles podem apresentar sintomas psicológicos e comportamentais, tais como medo, labilidade afetiva, agressividade, apatia, dificuldades escolares e até depressão, dentre outros. 

De fato, é consenso, tanto na Psicologia quanto no Direito, que a ruptura da relação amorosa/conjugal pode trazer diversos sentimentos negativos, como tristeza, rancor, frustração e tantos outros, incluindo estados depressivos devido à sensação de perda, principalmente em relação à convivência com os filhos. E quanto maior o conflito, maior o número (e a gravidade) dos sintomas que os filhos podem apresentar. 

Na época das festividades natalinas e de fim de ano, não é raro aparecerem problemas de convivência, obstrução do contato, dificuldades e discussões sobre com quem os filhos passarão as festividades: dias de Natal com um; entrada de Ano Novo com outro.  E depois as férias...

E os filhos ficam prisioneiros desse conflito, que é da ordem da conjugalidade, mas que se expressa na parentalidade, prejudicando, inclusive, o estado emocional das crianças. 

No entanto, é preciso mostrar que, se a conjugalidade pode terminar pelo divórcio, a parentalidade jamais se extingue. Os pais são e continuarão sendo pais, pois são para sempre.

O ápice da conflitualidade conjugal costuma ser o evento da alienação parental. Uma espécie de “coparentalidade maligna”, perversa e de sabotagem. 

Quando se instala essa condição, o Direito e a Psicologia precisam somar esforços para intervir mais diretivamente justamente para proteger os filhos dessa ação destrutiva, porque as crianças e os adolescentes são aqueles que apresentam maior vulnerabilidade frente ao conflito. 

Se você está passando por essa situação e percebe que seus filhos estão sofrendo emocionalmente por isso, não hesite em procurar ajuda. O Papai Noel e a festa de fim de ano, sobretudo para as crianças, é um tempo de sonho e de magia que não pode ser destruído pelo mundo dos adultos. O Natal é paz e renascimento; o Ano Novo é a esperança de um tempo feliz. Não deixe ninguém roubar o sonho e a esperança de seus filhos. 

Jorge Trindade, advogado e psicólogo

Pós-Doutorado em Psicologia Forense

www.inpsi.com.br 

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