Coluna Claudia Cataldi: Retorno Sustentável que Reinventa o Voo

Em um cenário onde a sustentabilidade tornou-se a palavra-chave para o futuro do planeta, a Delta Airlines, uma das maiores e mais tradicionais companhias aéreas dos Estados Unidos, anunciou um movimento audacioso e emblemático: a volta dos copos de papel, talheres de madeira e containers biodegradáveis em seus voos. Um gesto que ecoa muito mais do que uma simples mudança de materiais; é um sinal claro de que a indústria aérea está disposta a repensar seus impactos ambientais e a contribuir para um mundo menos poluído. .

Com a força de um gigante e a suavidade de uma borboleta, a empresa reafirma seu compromisso com a preservação ambiental, adotando práticas que visam minimizar o desperdício e reduzir a pegada de carbono dos seus serviços. Após a pandemia, em um momento de reestruturação e reinvenção, a companhia, que transporta mais de 200 milhões de passageiros por ano, decidiu abandonar os plásticos descartáveis – vilões ambientais frequentemente usados em viagens aéreas – para abraçar uma nova era de ecoeficiência.

Ao implementar essas mudanças, a companhia americana coloca-se na vanguarda de um movimento global, onde empresas de todos os setores têm buscado alternativas mais verdes para suas operações. A partir de agora, cada copo de papel, talher de madeira e embalagem biodegradável contribui para uma redução substancial do uso de plásticos. Um gesto simples, porém poderoso, quando pensamos na escala global dos voos. Estima-se que, por ano, a Delta economizará mais de 300 toneladas de plásticos, o que equivale a uma redução de cerca de 1.500 toneladas de CO2, ou o impacto ambiental de retirar 500 carros das ruas por um ano.

A iniciativa é mais do que uma resposta aos crescentes pedidos de uma sociedade mais consciente. Trata-se de um movimento estratégico que coloca a Delta na linha de frente de uma revolução verde na aviação. Começou a ser implementada nas rotas domésticas e internacionais mais populares, visando expandir a substituição dos plásticos para todos os seus voos até o final de 2025. É uma jogada que se alinha com o crescente desejo dos consumidores por empresas que, de fato, comprometem-se com o futuro do planeta. Segundo um estudo realizado pelo Pew Research Center, 62% dos consumidores americanos estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços oferecidos por empresas que adotam práticas sustentáveis.

Esse retorno às origens ecológicas, ao mesmo tempo inovador e essencial, é um convite para refletirmos sobre o papel de cada um de nós no grande voo rumo à preservação do meio ambiente. E, como no caso da Delta, são as pequenas atitudes, multiplicadas em larga escala, que têm o poder de reescrever os rumos do futuro.

Claudia Cataldi 'e Jornalista e Cientista Politica