Publicado em 23/01/2025 as 10:30am
Coluna Debora Corsi: O papel dos pacificadores
Quando ouvimos a palavra pacificar, muitas pessoas acreditam que os pacificadores são...
Quando ouvimos a palavra pacificar, muitas pessoas acreditam que os pacificadores são indivíduos lentos, que fogem dos problemas, evitam se envolver ou fingem estar em paz. No entanto, acredito que ser pacificador vai muito além disso.
Um pacificador desempenha um papel essencial em promover a harmonia, especialmente em situações de conflito. Ele escuta os dois lados, encontra soluções e busca a reconciliação. Em nossa geração, marcada por divisões, opiniões polarizadas e discussões desnecessárias, ser pacificador é um chamado urgente. Muitas vezes, conflitos surgem em grupos familiares, comunidades ou até mesmo entre nações, causando rupturas e separações que poderiam ser evitadas com diálogo e empatia.
O novo presidente trouxe um discurso de cessar guerra e, ao mesmo tempo, demonstrou firmeza em suas decisões. No entanto, sua determinação em deportar brasileiros que não atendem às normas do país tem gerado preocupações. Esse cenário pode trazer grandes conflitos, tanto para quem será enviado de volta ao Brasil quanto para aqueles que os receberão. A tensão, misturada à decepção, fará morada no coração de muitos. E é exatamente nesse momento que o pacificador precisará agir para garantir que a volta para casa não se transforme em um tormento.
O momento é delicado. O sonho americano de muitos está sendo comprometido, mas é essencial agir com cautela e se reprogramar para enfrentar essa realidade.
Vamos destacar três lições valiosas para nossa vida sobre o papel dos pacificadores:
1. O pacificador é proativo
Ele não é alguém que apenas observa passivamente os acontecimentos. O pacificador se esforça para unir as partes em conflito até alcançar uma solução. Ele é como um construtor de pontes, conectando pessoas e promovendo o entendimento mútuo.
Em situações de tensão, ele não aumenta o problema. Em vez disso, ele aborda os conflitos de maneira sábia, sem desagradar nenhuma das partes, e promove a paz com respeito e empatia.
2. O pacificador enfrenta os conflitos
Um pacificador não foge dos problemas, mas sabe como lidar com eles. Ele está disposto a sentar, discutir as questões e encontrar caminhos que beneficiem todos os envolvidos. Contudo, ele age com discernimento, evitando exageros ou atitudes que agravem a situação.
Sua abordagem é sempre equilibrada, ouvindo atentamente os dois lados e oferecendo sugestões ponderadas para alcançar uma solução justa. Não é hora de apontar os dedos e dizer: 'Se você tivesse seguido meu conselho, não estaria retornando para o Brasil.' Tampouco é momento de colocar peso sobre quem já está enfrentando uma nova realidade.
3. O pacificador protege o coração
Para ser eficaz, o pacificador precisa proteger seu coração das tensões e mal-entendidos que o cercam. Se ele se deixar influenciar por essas pressões, pode acabar tomando decisões precipitadas ou escolhendo um lado de forma injusta.
Um pacificador reflete a calma e a empatia necessárias para resolver os problemas com equilíbrio. Ele não toma decisões apressadas, mas observa atentamente a situação e age de forma assertiva no momento certo, sempre em busca de uma solução que minimize os danos.
O papel do pacificador é crucial em tempos de crise. Ele é aquele que consegue trazer equilíbrio e harmonia mesmo nas situações mais difíceis. Que possamos nos inspirar nesse exemplo e contribuir para construir um ambiente mais respeitoso e pacífico, seja em nossa comunidade, família ou sociedade como um todo.
Deus abençoe a América e ampare todos os brasileiros que retornarão ao Brasil devido à nova medida do presidente eleito.