Chegou o Classificado do Brazilian Times. Divulgue ou busque produtos e serviços agora mesmo!

Acessar os Classificados

Publicado em 16/02/2025 as 11:00am

Coluna Debora Corsi: O PERIGO DA REATIVIDADE

A Psicologia é uma das ciências que estudam o comportamento humano. Geralmente, pessoas...


A Psicologia é uma das ciências que estudam o comportamento humano. Geralmente, pessoas reativas que compreendem que esse comportamento pode gerar prejuízos emocionais devem buscar terapia para autoconhecimento e desenvolvimento.

De acordo com o dicionário, reatividade é definida como: substantivo feminino - qualidade do que é reativo; propriedade de reagir. Alguns psicólogos a explicam de forma básica como uma ação involuntária e excessiva diante de um estímulo externo.

À primeira vista, essas definições não parecem apresentar qualquer perigo, afinal, todos nós reagimos aos estímulos. No entanto, o que algumas pessoas desconhecem é que esse comportamento reativo pode ser altamente negativo nos ambientes sociais e, principalmente, para quem convive com ele.

A reatividade muitas vezes se relaciona com o vitimismo, pois, ao se deparar com uma ação de terceiros, a pessoa reativa reage negativamente, culpando os outros. Essa postura no ambiente de trabalho é prejudicial, pois as empresas buscam profissionais proativos, que saibam encontrar soluções rápidas e transformar desafios em oportunidades. Em contrapartida, o reativo aguarda que alguém tome uma atitude para, então, reagir ao estímulo. O problema é que, nesse caso, ele se sente ofendido, pois percebe a cobrança como uma pressão que não consegue suportar.

Existem dois caminhos que os reativos costumam trilhar:

  1. Explosão emocional – reagem de forma agressiva, chegando até a utilizar palavras ofensivas. O descontrole emocional demonstra a fragilidade em lidar com a ação dos outros.
  2. Silêncio sofrido – guardam para si o que aconteceu, remoendo a situação. Esse isolamento pode levá-los a um estado depressivo.

Muitos acreditam que não há problema em ser reativo, mas a pergunta essencial é: o controle das emoções deve estar nas mãos de quem? Se a pessoa reativa depende dos estímulos externos, logo, suas emoções estão nas mãos de terceiros.

O perigo está nos extremos. No ambiente corporativo, espera-se que as pessoas sejam inteligentes e equilibradas. Já os reativos, em situações de conflito, costumam agir de forma impulsiva, sem pensar antes de falar. Muitas vezes, tentam impor sua razão sem considerar a possibilidade de reflexão própria. Há casos em que provocam deliberadamente os outros, sabendo que isso causará irritação, mas, no final, tentam se colocar no papel de vítima.

Vale ressaltar que pessoas reativas costumam ser inteligentes e competentes em suas áreas de atuação. O problema não está na capacidade técnica, mas no descontrole emocional.

Reatividade nos relacionamentos

Outro grande desafio é a convivência em relacionamentos pessoais. Todos desejam um parceiro ou parceira que participe das decisões, assuma seus erros e seja proativo diante dos desafios. No entanto, a reatividade é incompatível com essas qualidades, dificultando a sintonia entre as pessoas.

Todos nós conhecemos pessoas reativas e, muitas vezes, temos dificuldade em lidar com elas, especialmente quando nossa proatividade as deixa ofendidas. É possível ajudá-las, desde que estejam abertas a sugestões. Algumas estratégias incluem:

  • Buscar terapia com um profissional qualificado – isso pode ajudá-las a sair da posição de vítima e desenvolver a autorreflexão.
  • Aprender técnicas de relaxamento – para lidar com a pressão sem reagir negativamente.
  • Aceitar opiniões divergentes – compreender que nem tudo mudará apenas por causa de uma reação explosiva.
  • Exercitar o silêncio – quando alguém estiver exaltado, evitar alimentar o conflito. Afinal, fogo não se apaga com gasolina.
  • Analisar o cenário antes de reagir – pessoas explosivas tendem a ignorar detalhes importantes na tomada de decisões.

Uma reflexão essencial para os reativos é: como liderar uma equipe ou uma família sem controle emocional? O perigo é real, e os prejuízos podem ser significativos.

Por fim, faça uma autoavaliação. Se você se identifica como uma pessoa reativa, busque ajuda. Afinal, todos nós merecemos ser felizes.

Top News