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Publicado em 20/02/2025 as 8:00pm

Coluna Debora Corsi: DEIXE A PORTA ABERTA

Entramos e saímos diariamente de diversos lugares. Alguns, permanecemos por apenas algumas...


Entramos e saímos diariamente de diversos lugares. Alguns, permanecemos por apenas algumas horas ou dias; outros, nos acolhem por anos. Ao cruzarmos uma porta, acessamos espaços familiares e, por vezes, ambientes completamente novos. Em todos eles, no entanto, há um elemento indispensável: o respeito.

Jamais devemos pensar que, por nossa estadia ser temporária, não há necessidade de deixar uma boa impressão. Afinal, nunca sabemos quando precisaremos retornar. Por isso, deixemos a porta aberta.

Há relatos de empresas que, ao desligarem funcionários, registraram seus nomes no setor de Recursos Humanos com a recomendação de não recontratá-los. Anfitriões de eventos sociais guardam lembranças negativas de convidados que não souberam se portar, e, por essa razão, jamais os convidarão novamente. Em ambientes corporativos, colegas que indicaram novos funcionários para confraternizações viram-se decepcionados com comportamentos inadequados e optaram por afastá-los do convívio social. Casos como esses são recorrentes e indicam que essas pessoas deixaram portas fechadas para futuras oportunidades.

Isso pode não parecer preocupante para alguns, que pensam: "O que importa se uma empresa não quiser me recontratar? O que significa um círculo social que não me convidará mais?" Esse pensamento se baseia na ideia de que o mundo é vasto e sempre haverá novos lugares para explorar, sem que as portas fechadas do passado causem impacto.

Mas será mesmo que essa lógica se sustenta? Talvez, em um passado não tão distante, quando a comunicação era limitada e a tecnologia não conectava pessoas instantaneamente, esse raciocínio fosse válido. Hoje, no entanto, com a capacidade de visualizar o que ocorre em qualquer lugar com um simples clique no celular, essa crença perdeu força.

Dessa forma:

  • Funcionários que prejudicaram empresas;
  • Colegas que deram mau exemplo em ambientes sociais;
  • Políticos que traíram a confiança do povo;
  • Relações pessoais que causaram danos financeiros e emocionais;

dificilmente receberão uma nova oportunidade. Afinal, os rastros deixados foram profundamente negativos para aqueles que estiveram, direta ou indiretamente, envolvidos. Além disso, as pessoas tornaram-se cada vez menos tolerantes, até mesmo com aqueles que não possuem registros desfavoráveis. Imagine, então, a resistência para aqueles que carregam manchas em sua reputação.

Por isso, é essencial que, em cada lugar por onde passarmos, ao partirmos, deixemos a porta aberta. A rejeição se propaga rapidamente, e sua intensidade se amplia a cada nova ocorrência.

Manter a porta aberta significa que deixamos um legado positivo. Significa que, onde havia problemas, buscamos soluções; que nossa presença tornou o ambiente mais leve; que nossa ausência será sentida e nossa conduta, lembrada com respeito e saudade.

Quando isso acontece, além de mantermos oportunidades para regressar, também nos tornamos referência em um mundo onde a tecnologia impulsiona indicações e recomendações com velocidade impressionante. Uma porta aberta representa a satisfação de saber que cumprimos nosso propósito.

Com isso, quero deixar uma mensagem especial para todos os brasileiros que deixaram os Estados Unidos de forma digna e para aqueles que ainda permanecem no país: sua conduta, presença marcante e profissionalismo deixaram e continuam deixando marcas profundas. Por essa razão, novas oportunidades sempre surgirão. Lembrem-se de que suas atitudes percorrem distâncias e ecoam de pessoa para pessoa. Não se limitem a um único lugar: há inúmeras cidades e países que gostariam de recebê-los.

A grande lição que fica para todos nós, em qualquer parte do mundo, é: ao partirmos, deixamos a porta aberta ou fechada?

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