Publicado em 12/08/2008 as 12:00am
OLIMPÍADAS 2008 - Brasil chega ao terceiro bronze
Ainda não foi nesta terça-feira que o Brasil festejou o seu primeiro ouro nas Olimpíadas de Pequim. O judoca Tiago Camilo não conseguiu repetir a bela campanha que o levou ao título mundial de 2007, mas acabou se recuperando na repescagem e saiu do tatame
Ainda não foi nesta terça-feira que o Brasil festejou o seu primeiro ouro nas Olimpíadas de Pequim. O judoca Tiago Camilo não conseguiu repetir a bela campanha que o levou ao título mundial de 2007, mas acabou se recuperando na repescagem e saiu do tatame com a terceira medalha de bronze do país e da modalidade nos Jogos. Com o resultado, o judô tornou-se o esporte que mais rendeu pódios aos brasileiros na história olímpica. São 15 medalhas agora, uma a mais que a vela e duas na frente do atletismo.
Apesar do revés inesperado para o alemão Ole Bischof, que depois levaria a medalha de ouro, Camilo saiu satisfeito com a sua segunda medalha olímpica, pois foi prata em Sydney-2000, mesmo que não tenha sido o desejado ouro. "Tinham dois fazendeiros e eles oraram para que a chuva caísse em seus campos, mas só um deles foi até o campo preparar a terra para a chuva de Deus. Hoje preparei o campo para receber a vitória. Ela não veio, mas não estou decepcionado. Esse bronze para mim vale ouro", destacou.
O dia também foi de alegria brasileira graças a três gols de Cristiane, que marcou inclusive um de bicicleta na vitória sobre a Nigéria sobre 3 a 1. O resultado classificou a seleção feminina para as quartas-de-final e, de quebra, o time ainda escapou de um duelo precoce com os EUA, pois as atuais campeãs olímpicas golearam a Nova Zelândia e conseguiram a liderança de seu grupo.
O mesmo 3 a 1 também foi o placar do triunfo da seleção masculina de vôlei sobre a Sérvia no primeiro teste real da equipe, após a queda de rendimento na fase final da Liga Mundial. Os campeões em Atenas-2004 obtiveram o triunfo mesmo sem contar com o ponta Giba, poupado por contusão. Já o boxe pôde celebrar o segundo êxito na China, com Robenílson Vieira, superando assim a pífia performance de Atenas-2004, quando a delegação só ganhou uma.
Mas o dia de mais despedidas do que felicidades. O handebol masculino foi goleado pela Croácia, o time de CCE do hipismo foi décimo, o atirador Stênio Yamamoto amargou a penúltima posição, o remo deixou de vez a briga por medalhas e o velejador Ricardo Winicki, uma das esperanças de pódio, caiu para o nono lugar na RS:X. Se o Brasil terá poucas lembranças agradáveis deste quarto dia olímpico, a Rússia, enfim, pôde sentir a alegria de sua primeira medalha dourada.
O país chegou a Pequim prometendo se intrometer na briga entre EUA e China pela liderança do quadro geral de medalhas, mas até a manhã desta terça-feira ainda não havia visto a medalha de ouro no peito de um de seus atletas. O jejum, enfim, foi quebrado em uma das especialidades dos europeus: a luta greco-romana. Nazyr Mankiev conquistou o título da categoria até 55 kg, batendo Rovshan Bayramov, do Azerbaijão. Trinta minutos depois, foi a vez de Islam-Beka Albiev dar o segundo ouro aos russos na prova até 60 kg.
Apesar da entrada da Rússia no rol dos vencedores, os europeus seguem assistindo ao domínio de outros continentes. A China faturou mais quatro outros, chegou a 13, mas viu os EUA enfim desencantarem na natação, ganhando três das quatro finais, incluindo mais um triunfo de Michael Phelps, o terceiro na China, novamente com um recorde mundial, e o nono na história, que o colocou como um dos cinco maiores vencedores dos Jogos. Mas esta marca pode ser derrubada já nesta noite de terça-feira na final dos 200 m borboleta.
Fonte: (Folha Online)