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Publicado em 13/10/2008 as 12:00am

Em crise, Galo atropela o Flamengo e tira o rubro-negro do G4

Demorou 23 anos até que o Atlético conseguisse voltar a derrotar o Flamengo no Maracanã. O longo tabu caiu por terra na noite deste sábado, em uma atuação incontestável do Galo, que bateu o Rubro-Negro com extrema facilidade, por 3 a 0

Demorou 23 anos até que o Atlético conseguisse voltar a derrotar o Flamengo no Maracanã. O longo tabu caiu por terra na noite deste sábado, em uma atuação incontestável do Galo, que bateu o Rubro-Negro com extrema facilidade, por 3 a 0. Num jogo em que foi muito superior nos dois tempos, o alvinegro chegou ao triunfo com gols de Castillo, Renan Oliveira e Leandro Almeida.

A goleada marcou a reabilitação do Galo no Brasileiro, depois de dois jogos consecutivos sem vitória: empate com Figueirense (0 a 0) e derrota para o Palmeiras (3 a 1). Além de derrotar um de seus principais rivais com uma histórica goleada, o Atlético encerrou um jejum que durava desde 1985, ano em que batera o Flamengo pela última vez no Maracanã. Naquela ocasião fez 1 a 0, gol do uruguaio Olivera.

O grande triunfo deste sábado foi o segundo do Atlético como visitante neste Brasileiro. Até então, longe do Mineirão o time alvinegro só conseguira vencer o Santos, por 3 a 2, em 6 de agosto, na Vila Belmiro. Com os 3 a 0 sobre o Flamengo, o Galo respira mais aliviado na tabela, ampliando a diferença em relação a concorrentes diretos como o próprio Santos e o Figueirense. O time mineiro soma 37 pontos, quatro a mais que os adversários mais próximos. E ganhou moral para enfrentar o Cruzeiro, no próximo domingo, em outro clássico pelo Brasileiro.

O jogo

Maracanã lotado, mais de 80 mil presentes, relembrando os grandes momentos do clássico Atlético e Flamengo, cuja rivalidade ficou acirrada a partir da década de 80. Mas quem pensava que a pressão das cadeiras poderia atrapalhar os jovens alvinegros, ledo engano. O Galo mostrou personalidade, marcou bem o adversário e soube explorar os contra-ataques.

O jogo começou equilibrado, mas o Atlético estava mais bem posicionado. O Flamengo, ao contrário, se mostrava afoito em alguns lances. E parecia ter sentido a responsabilidade de jogar com grande público - recorde neste Brasileiro. O técnico Marcelo Oliveira apostou em um time mais veloz, com o atacante Pedro Paulo entre os titulares. O sérvio Petkovic era opção no banco.

Consistente na defesa, logo o Galo começou a incomodar na saída rápida, pegando a retaguarda flamenguista de surpresa. A primeira chegada do Atlético quase resultou em gol. Pedro Paulo foi lançado por Renan Oliveira, mas concluiu para defesa de Bruno. A arbitragem, porém, marcara impedimento inexistente. Pouco depois, Renan Oliveira, sempre com liberdade, limpou o lance e chutou com perigo.

A torcida do Flamengo percebeu que o time teria dificuldade. E o clima tenso das cadeiras logo contagiou o time rubro-negro. O Galo aproveitou para atacar. Pedro Paulo obrigou Bruno a fazer grande defesa, evitando o primeiro gol. A equipe carioca conseguiu uma única boa jogada, aos 27. Léo Oliveira avançou pela direita e cruzou para Marcelinho Paraíba cabecear no travessão. A torcida acordou, mas os atletas não.

Mais consciente com a bola no pé, o Atlético fez por merecer a vantagem na etapa inicial. E nada melhor que um palco como o Maracanã para sair um belo gol. Aos 31, Renan Oliveira dividiu com um adversário, a bola sobrou para Castillo emendar de primeira, sem a menor chance para Bruno. O boliviano quebrou o jejum e balançou as redes pela primeira vez no Galo.

Do lado flamenguista, a preocupação só aumentava. Tanto que o técnico Caio Júnior mexeu ainda no primeiro tempo, sacando Kléberson - vaiado pela torcida - para a entrada de Erick Flores. O time carioca até reivindicou um pênalti depois que Serginho tocou a bola com a mão dentro da área. Mas a arbitragem mandou seguir o lance, para sorte dos atleticanos.

Facilidade

No segundo tempo, o panorama não mudou. O Flamengo até deu pinta de que iria atacar mais, mas só ameaçou no começo. Depois, o Galo tomou conta, foi o dono do jogo. Era impressionante a facilidade com que os atacantes alvinegros chegavam à frente. O problema era o excesso de chances desperdiçadas. Em oito minutos, o Atlético teve duas oportunidades claras. A primeira, com Pedro Paulo, que entrou na área e chutou para Bruno salvar.

Depois, Renan Oliveira tabelou com Sheslon, invadiu a área e concluiu fraco, sem problema para Bruno. Era a chance de liquidar a partida. O Flamengo se perdeu ainda mais em campo e, para piorar, a torcida passou a vaiar alguns jogadores, principalmente Ibson. Marcelo Oliveira, por sua vez, trocou Elton por Rafael Miranda, reforçando o combate.

Aos 20, a justiça foi feita e o Atlético, finalmente, conseguiu ampliar. Serginho fez ótima jogada pela esquerda e serviu a Renan Oliveira, que entrou livre e rolou para as redes na saída de Bruno. Um prêmio pela grande atuação do camisa 10 e também pela disposição dos alvinegros. O Flamengo foi para o desespero, com Obina sendo lançado na vaga de Vandinho. O suficiente para a torcida não perdoar Caio Júnior, chamado de “burro”.

Se forçasse mais, o Atlético poderia ampliar. E isso quase ocorreu aos 27, quando César Prates cruzou e Castillo cabeceou para fora. Pouco depois, Márcio Araújo chutou e Bruno desviou a escanteio. Finalmente, aos 29min, saiu o terceiro gol. Márcio Araújo recebeu passe de Renan Oliveira e concluiu de perna esquerda. Bruno soltou e Leandro Almeida completou. O Maracanã foi ficando vazio, e o Galo não parava de atacar. No fim, Petkovic entrou e quase marcou em cobrança de falta. Mas o dever de casa já estava cumprido, e com muita competência.

 

Fonte: (Superesportes)

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