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Publicado em 9/11/2009 as 12:00am

Daiane diz que não sabia que substância era proibida

Flagrada por doping, ginasta confessa erro por ter sido 'desatenta'

Após dez dias de silêncio, Daiane dos Santos enfim se pronunciou sobre o exame antidoping a que foi submetida. A ginasta, que não compete desde as Olimpíadas de Pequim-2008, testou positivo para furosemida, um tipo de diurético, e pode pegar até dois anos de suspensão. Ela alegou que não sabia que se tratava de uma substância proibida, confessou ter sido "desatenta"  e disse confiar em seu histórico para ser absolvida.

- Não é todo mundo que sabe quais são as substâncias proibidas. Concordo que a gente tem que saber, mas eu não tenho o livro em casa e não sabia. Foi ruim, não devia ter feito, mas não sabia - disse, rebatendo a declaração da companheira de clube Laís Souza.

Daiane tem até sexta-feira para informar à Federação Internacional de Ginástica (FIG) se vai querer ou não se manifestar. O prazo para que ela apresente sua defesa ainda não foi estipulado. 

- A FIG quer esclarecimentos, não está me julgando. Ela quer saber o porquê de eu ter usando a susbtância. Vou dar essa mesma explicação.

Daiane disse que, em outubro, quando voltou de Copenhague – onde ajudou a campanha Rio-2016 -, recebeu um e-mail da Agência Mundial Antidoping (Wada).
- Era um e-mail em inglês. Pedi para traduzirem. Dizia que tinha aparecido a  furosemida na minha urina. Mas eu já tinha escrito no formulário da FIG que estava usando a substância.

Daiane tomou a substância porque fazia um tratamento com uma biomédica - esteticista - para reduzir gordura localizada. No dia do exame, a médica - que não é ligada à Conferação Brasileira de Ginástica (CBG) ou ao Pinheiros - passou à ginasta todas as substâncias contidas no tratamento. Daiane as listou no formulário entregue à FIG, em 2 de agosto, dia do exame. Daiane disse, inclusive, que voltou a usar furosemida 18 dias depois.

No dia 30 de outubro, data em que o doping foi divulgado, o Pinheiros, clube de Daiane, distribuiu um comunicado admitindo que a ginasta usou a substância para combater gordura localizada. No entanto, alegou que ela estaria inelegível desde 23 de outubro de 2008, data em que a atleta foi excluída da seleção brasileira permanente de ginástica.

- Fui desatenta. Eu pensei: “ah, não posso treinar, competir e achei que podia fazer tratamento. Não pensei que ia fazer antidoping. Pensei realmente no tratamento estético. Todo mundo faz. Assim como tem gente que faz lipo, eu fui fazer tratamento estético também.

Perguntada se acreditava ter sido vítima de uma armação, Daiane preferiu não polemizar.

- Estou preocupada em defender o meu nome, em esclarecer as coisas. Quero contar a verdade. Durante anos e anos eu competi com dores e nunca usei nada – disse.


Fonte: (G1)

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