Publicado em 16/11/2010 as 12:00am
O mundo da gigante e algoz do Vôlei Brasileiro, Gamova
Algoz da seleção brasileira na decisão do Mundial de vôlei, no Japão, oposta de 2,02m se firma como uma dos grandes nomes do cenário internacional
16/11/2010 12h23 - Atualizado em 16/11/2010 12h23
Massa, comédia romântica e música pop: o mundo da gigante Gamova
Algoz da seleção brasileira na decisão do Mundial de vôlei, no Japão, oposta de 2,02m se firma como uma dos grandes nomes do cenário internacional
Por GLOBOESPORTE.COM Tóquio
Com 2,02m, não se leva exatamente uma vida fácil. O chuveiro fica baixo, a cama fica curta, e às vezes até uma simples porta vira obstáculo. Achar sapato tamanho 49, missão quase impossível. Mas dá para fazer outras coisas com certa vantagem sobre as baixinhas: tornar-se a melhor jogadora de um Mundial de vôlei, por exemplo. Foi essa a missão cumprida pela gigante Gamova ao longo das últimas semanas. Destaque da campeã Rússia, a oposta não teve pena da seleção brasileira na final de domingo. Virou uma bola atrás da outra até o título.
Aos 30 anos, Ekaterina Aleksandrovna Gamova é estrela no Dínamo Kazan, em seu país natal. Fã de comida italiana, comédias românticas e música pop, a jogadora coleciona ímãs de geladeira com o mesmo afinco com que crava bolas no chão das adversárias.
Bicampeã mundial (2006 e 2010) e medalha de prata nas Olimpíadas de Atenas em 2004, já escreveu seu nome na história da seleção russa. Pelos clubes, também não dá ponto sem nó. Antes de se transferir para o Dínamo, Gamova jogou na Turquia, onde defendeu o Fenerbahçe. Foi campeã turca e avançou ao Final Four da Champions League. Esta foi sua única experiência fora do voleibol russo. Antes do Fenerbahçe, já tinha atuado em seu país por 13 anos.
No Mundial, ela passeou. Mais alta da competição, ao lado da companheira Yulia Merkulova, impressionou o público também com sua impulsão. No bloqueio, atingia 3,10m. No ataque, voava ainda mais: 3,21m, aproximando a cintura da rede. Aliando tudo isso à ótima técnica, não podia dar outra: foi eleita a melhor jogadora da competição. Pior para o Brasil, que sentiu na pela a força da gigante.Fonte: (G1)