Publicado em 27/06/2011 as 12:00am
Dourado, campeão do BBB e de jiu-jitsu, critica UFC Rio: MMA para inglês ver
Com cerca de dois meses para sua realização, o UFC Rio já é febre, na volta do evento mais famoso de MMA da atualidade para o Brasil. Mas nem todos veem isso com tanta empolgação
Com cerca de dois meses para sua realização, o UFC Rio já é febre, na volta do evento mais famoso de MMA da atualidade para o Brasil. Mas nem todos veem isso com tanta empolgação. É o caso do campeão do Big Brother Brasil 10, Marcelo Dourado, famoso pelo seu jeitão sem papas na língua. Para ele, que é lutador, a situação do esporte no país não é tão boa como se julga.
“Fazemos parte desse show que é o UFC, mas é para inglês ver”, opina o polêmico lutador de MMA e jiu-jitsu. “O MMA no Brasil é muito glamour e pouco investimento. Poucos eventos projetam atletas e têm estrutura com seguro, encaminhamento médico.”
Vencedor do Mundial Sênior de jiu-jitsu, em 2007, Dourado foge do rótulo de “ex-BBB” e segue carreira como professor - formou-se em Educação Física - e como lutador. Com uma vitória e sete derrotas em seu cartel no MMA, sonha com uma despedida dentro da “jaula”, mas tem projetos e planos do lado de fora dela, como empresário.
Para o gaúcho, a começar pelo valor dos ingressos o UFC privilegia os torcedores mais abastados: “não muda muito de Roma para agora. São os gladiadores lutando para a aristocracia”, filosofa. A crítica diz respeito também aos lutadores como uma classe.
“Não há união na categoria para transformar em profissão. Até garota de programa se trata como profissão. Todos são iguais perante a lei e acho que os lutadores deveriam ser agraciados com uma”, defende Dourado, afirmando que apenas um seleto grupo de lutadores acaba sendo favorecido pelo evento, enquanto quem batalha dentro do Brasil tem mais dificuldades para crescer.
Participante do BBB 4, em 2004, Marcelo Dourado voltou para a décima edição do reality show, na qual foi campeão. Antes de sua primeira aparição e após ela, o gaúcho se lançou como lutador de MMA. Apesar de estrear com triunfo, em 2003, perdeu os sete combates que se seguiram, incluindo o último, em 2009.
Fonte: UOl