Publicado em 5/07/2011 as 12:00am
Após nocaute relâmpago, Wanderlei se junta a veteranos na corda bamba do UFC
A expectativa no retorno de Wanderlei Silva ao octógono era grande, mas bastaram 27 segundos para ele ser nocauteado de forma arrasadora por Chris Leben. O UFC 132, com a derrota de Wanderlei e a volta por cima de Tito Ortiz após cinco anos,
A expectativa no retorno de Wanderlei Silva ao octógono era grande, mas bastaram 27 segundos para ele ser nocauteado de forma arrasadora por Chris Leben. O UFC 132, com a derrota de Wanderlei e a volta por cima de Tito Ortiz após cinco anos, expõe a situação comum para alguns veteranos no evento: na falta de bons resultados, quando é o momento certo para a aposentadoria?
Esta foi a sexta derrota de Wanderlei Silva em oito combates, o que levou o presidente do UFC Dana White a afirmar que, mesmo com sua posição de ícone no esporte, o brasileiro pode ter visto o "fim da linha". "Eu acho que ele é um desses caras que não tem mais nada a provar. É um guerreiro, as pessoas o amam, mas não quero ver isso acontecendo mais com Wanderlei."
Mas o discurso do chefão do UFC não é certeza de adeus para os lutadores. Tito Ortiz, por exemplo, foi considerado aposentado por Dana White, mas "implorou" por mais uma chance e provou que estava certo ao finalizar na noite de sábado Ryan Bader, em menos de dois minutos.
Uma coisa é certa. Para grande parte dos lutadores que já estão com idade avançada no MMA, as séries de vitórias seguidas passam a diminuir. E, apesar do apelo de seus nomes, as derrotas começam a ameaçar o futuro e fazem surgir os questionamentos quanto a uma aposentadoria.
Se Anderson Silva é exceção, com a série de defesas mais longa de um cinturão, na categoria médio, outros como Chuck Liddell e Randy Couture já entregaram os pontos, deixando a carreira com a honra mantida apesar dos reveses e vivendo com seus legados.
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O mundo do MMA é cruel e exije muito em termos de treinos e mesmo na hora de lutar. Portanto, a ideia é um fator considerável para o sucesso ou o fracasso. E uma série de lutadores veteranos vêm acumulando mais derrotas que vitórias, fazendo com que as sombras da aposentadoria surjam com mais e mais força.
Wanderlei Silva: O ex-campeão do Pride tem só duas vitórias em oito lutas. Dana White já cogita dizer "tchau" para ele.
Cro Cop: O croata, lenda no Pride, perdeu suas duas últimas - são três reveses em cinco lutas. Mas Dana afirma que, se Cro Cop ainda quiser lutar, ainda há chances para tentar uma ressurreição.
Minotauro: Apesar de lutar com destaque no UFC Rio, o combate em casa tem risco de fim de carreira para ele. Minotauro caiu frente a Frank Mir e Cain Velásquez, e só venceu uma das últimas três lutas. Agora, encara Brendan Schaub. O irmão, Minotouro, vem de dois reveses seguidos e luta no UFC 133, também ameaçado.
Matt Hughes: Ex-campeão dos meio-médios, o norte-americano está com 37 anos e tem 50% de aproveitamento nas últimas oito lutas. Após perder para BJ Penn em novembro, ele pode ter sua derradeira chance no UFC 135, quando deve pegar Diego Sanchez.
Apesar de ser um grupo menor, os veteranos em alta após séries irregulares têm nomes de peso. Vale lembrar que longe do grupo Anderson Silva reina absoluto, aos 36 anos, invicto desde 2006. Entre os que conseguiram a ressureição, o destaque é Tito Ortiz.
Tito Ortiz: Quem diria. Sem vencer desde 2006, Tito Ortiz finalizou Ryan Bader em apenas dois minutos. Se Dana White já havia até cogitado um adeus, agora terá de dar novas chances ao astro.
Kenny Florian: Veterano da primeira edição do The Ultimate Fighter, Florian teve grandes desafios no UFC e perdeu duas de suas últimas cinco lutas. Mas, após revés em eliminatória para o cinturão dos leves, estreou como peso pena, venceu Diego Nunes (BRA) e surge como possível desafiante para o campeão José Aldo.
Frank Mir: Um dos mais tradicionais pesos pesados dos últimos anos, o faixa preta de jiu-jitsu perdeu para Lesnar e Shane Carwin, mas ganhou sobrevida ao vencer Cro Cop e Roy Nelson.
Fonte: UOL.COM.BR