Publicado em 14/07/2011 as 12:00am
Craque em desculpas a Telê, ex-zagueiro Válber defende 'baladas com moderação'
Válber cravou seu nome na história do São Paulo com títulos, brigas e indisciplinas. Telê Santana, por exemplo, havia se cansado de tantas desculpas do zagueiro, dizendo que Válber tinha "matado umas três avós" para justificar faltas aos treinos no CT, no
Válber cravou seu nome na história do São Paulo com títulos, brigas e indisciplinas. Telê Santana, por exemplo, havia se cansado de tantas desculpas do zagueiro, dizendo que Válber tinha “matado umas três avós” para justificar faltas aos treinos no CT, nos anos 90. Já em clássico contra o Palmeiras, em 1994, ele trocou socos com Antonio Carlos.
Dono de habilidade incomum para um atleta de defesa, o ex-jogador agradece Telê por fazer de tudo para “colocá-lo na linha”. Válber defende que as baladas nunca lhe trouxeram qualquer prejuízo em campo.
Renato Gaúcho foi um dos seus grandes amigos nas noitadas. Para o ex-zagueiro, bom jogador é aquele que cresce em campo, e não aquele que leva vida regrada fora das quatro linhas. Balada em dias permitidos é válida, frisa.
“Você vê o Renato Gaúcho. Ele saía na quinta quando tinha jogo no sábado. Mas não bebia e não saía na véspera de jogo. Mas dentro de campo ele se garantia. Comigo não era diferente. Eu sempre fui um guerreiro em campo. Nunca ouvi qualquer crítica de que faltou empenho. Isso [balada] nunca me atrapalhou”, comentou Válber, bicampeão mundial com o São Paulo.
Em outro episódio sobre falta no treino, um diretor tricolor comentou que “700 pneus” dos carros de Válber tinham sido furados.
“O Telê nunca pegou no meu pé, porque sabia que em campo eu seria um guerreiro. E foi assim. Ganhamos vários títulos. Ele foi um pai para mim”, diz.
Destaque da zaga do São Paulo nos anos 90, quando desarmava os adversários e saía para o jogo, Válber diz que a briga com Antonio Carlos já foi arquivada. Durante clássico no Morumbi, o então palmeirense acertou soco na cara de Válber, que respondeu com outro soco. Anos depois houve a reconciliação.
“Foi uma decepção para mim aquela briga. Aí fiquei vários anos sem falar com o Antonio Carlos. Até que um dia eu estava em um restaurante no Rio quando um amigo em comum me chamou para dizer se o Antonio Carlos poderia vir à mesa para pedir desculpas. Eu aceitei. Foi bom porque acabou aquele assunto. Hoje já não tenho mais mágoa”.
Indagado sobre como seria o Válber hoje em dia, o ex-jogador avalia que “qualquer um” joga na Europa e conta que tinha potencial para atuar no Barcelona.
“Hoje o jogador passa o pé sobre a bola e já é visto como craque. Se eu tivesse jogando certamente seria vendido para o exterior. Eu estaria no Barcelona. Na época em que fui campeão com o São Paulo, recebi elogios do Pelé e do Baresi”.
Atualmente atuando como jogador em amistosos no showbol, Válber pretende virar treinador. Ele trabalhou como auxiliar técnico no América/RJ neste ano.
Fonte: UOL.COM.BR