Publicado em 15/01/2012 as 12:00am
Belfort chora, comove família ao lembrar irmã sumida e revê origem nas lutas
Na primeira vez em que lutou em sua terra natal, na madrugada deste domingo, Vitor Belfort fez a festa com uma vitória no primeiro round diante de Anthony Johnson, pelo UFC Rio. Mas um momento na coletiva de imprensa pós-combates o tirou do cenário da HSB
Na primeira vez em que lutou em sua terra natal, na madrugada deste domingo, Vitor Belfort fez a festa com uma vitória no primeiro round diante de Anthony Johnson, pelo UFC Rio. Mas um momento na coletiva de imprensa pós-combates o tirou do cenário da HSBC Arena e o levou de volta a um antigo drama, do desaparecimento de sua irmã. As lembranças comoveram o lutador e sua família, em uma noite em que o carioca reencontrou suas origens também dentro do octógono.
Antes do combate, quando os lutadores expõe seus patrocinadores, Vitor mostrou também um cartaz com a foto de sua irmã, Priscilla, desaparecida desde 2004. Figuravam também imagens de outras pessoas sumidas e o número do Disque-Denúncia. Questionado sobre isso, ele não conseguiu segurar as lágrimas.
“A questão dos desaparecidos é uma morte diária para quem vive isso. Quando um filho perde uma mãe, ele é órfão. Mas quando uma mãe ou um pai perdem um filho, não existe palavra para dizer o que significa essa dor... Então, acho que ter solidariedade é muito importante, temos de ligar no Disque-Denúncia e fazer nossa parte”, afirmou o lutador.
Entre os presentes na coletiva estavam sua mulher, Joana Prado, e sua mãe, Jovita. Ambas choraram com a fala do ex-campeão dos meio-pesados do UFC, que foi aplaudido - José Aldo, ao seu lado, puxou a homenagem.
Além deste fato fundamental em sua jornada, Vitor retomou dentro do octógono um pouco de sua origem no mundo das lutas: o jiu-jítsu. Apesar de ser um grande especialista na arte suave, o carioca não finalizava um oponente desde 2001, no Pride, com um mata-leão sobre Bobby Southworth. O triunfo sobre Johnson veio com com o mesmo golpe no primeiro assalto, o que forçou o rival a bater.
“Eu vim decidido a entrar para uma batalha. Eu queria trazer o meu melhor, ser testado, e consegui provar isso. Sabia que ia nocautear ou finalizar. Foi uma noite maravilhosa”, analisou o veterano, que criticou os problemas com o peso do norte-americano, que colocaram a luta em risco.
“Mesmo com a polêmica do peso, eu nunca deixaria o UFC sem uma luta. Mesmo se tivesse de enfrentar um cara de 110 kg, eu lutaria. Seria uma lembrança dos velhos tempos de UFC”, disse o brasileiro, que no início de sua trajetória lutava sem categorias, contra rivais muito maiores.
Vitor tem agenda cheia para o restante do semestre. O primeiro evento é o reality show do The Ultimate Fighter, que estreia sua edição brasileira em março. Ele será um dos técnicos e, o segundo compromisso resulta disso. O treinador rival vai ser Wanderlei Silva, que ao final do programa ganhará uma revanche da derrota para Belfort em 1998.
Confira os resultados completos do UFC Rio
Card principal:
Penas: José Aldo (BRA) vence Chad Mendes (EUA), por nocaute no 1º round
Médios: Vitor Belfort (BRA) vence Anthony Johnson (EUA), por finalização no 1º round
Médios: Rousimar “Toquinho” Palhares (BRA) vence Mike Massenzio (EUA), por finalização
Meio-médios: Erick Silva (BRA) é desqualificado contra Carlo Prater (BRA), por golpes ilegais
Leves: Edson Barboza (BRA) vence Terry Etim (ING), por nocaute no 3º round
Card principal:
Penas: José Aldo (BRA) vence Chad Mendes (EUA), por nocaute no 1º round
Médios: Vitor Belfort (BRA) vence Anthony Johnson (EUA), por finalização no 1º round
Médios: Rousimar “Toquinho” Palhares (BRA) vence Mike Massenzio (EUA), por finalização
Meio-médios: Erick Silva (BRA) é desqualificado contra Carlo Prater (BRA), por golpes ilegais
Leves: Edson Barboza (BRA) vence Terry Etim (ING), por nocaute no 3º round
Fonte: uol.com.br