Publicado em 2/03/2012 as 12:00am
Mano completa 2 anos com vitórias 'sem show' e faz gol virar artigo de luxo na seleção
A vitória por 2 a 1 sobre a Bósnia, na última terça-feira, com gol contra salvador
Em 21 jogos até agora desde que assumiu a equipe, o técnico gaúcho não sabe o que é vencer por goleada. Nenhuma das 13 vitórias foi por mais de três gols de diferença.
Se levar em conta suas últimas partidas no comando do Corinthians, antes do acerto com a CBF, Mano está há quase dois anos e um total de 38 jogos sem ver uma vitória arrasadora de seu time. A última foi no dia 7 de abril de 2010, com um 5 x 1 do time do Parque São Jorge sobre o Rio Claro, pelo Estadual.
A média de gols da era Mano na seleção é pífia: 1,42. Bem abaixo de seus antecessores Dunga (2,09), Carlos Alberto Parreira (1,5), Luiz Felipe Scolari (2,47) e Vanderlei Luxemburgo (2,7) quando estes completaram seus primeiros 21 jogos na seleção nacional. E todos eles já haviam conseguido pelo menos três goleadas até aquele momento.
Só o demitido Emerson Leão teve média pior: 1,09 gols, porém, comandou a seleção em apenas 11 jogos.
Tudo bem que desde o fim da Copa de 2010 pra cá a seleção enfrentou fortes rivais, como Argentina, três vezes, França, Holanda e Alemanha (só conseguindo uma vitória, sobre um time doméstico e com jogadores pouco conhecidos da Argentina).
Mas também encarou países pouco tradicionais, como Gabão, Egito e Irã, respectivamente 45º, 47º e 61º colocados do ranking da Fifa.
Atual sétimo colocado do ranking, sua pior colocação na história, o Brasil de Mano mostra pouco poder de fogo também quando comparado a seus principais rivais na disputa pelo título da Copa do Mundo de 2014.
Dos dez primeiros colocados, apenas a Croácia não goleou até agora no atual ciclo para o Mundial, iniciado após a Copa de 2010. Espanha (primeira colocada) e Holanda (3ª) golearam quatro vezes, enquanto Alemanha (2ª) e Uruguai (4º) conseguiram três.
Até a Argentina, atual 11ª colocada e fora do “top ten” da entidade, já conseguiu quatro goleadas desde o fim da Copa de 2010.
Logo após a vitória da última terça, o técnico já demonstrou estar incomodado com o baixo número de gols. “Não podemos ter medo de atacar. Essa segurança precisa ser melhor trabalhada”, falou o técnico.
Fonte: (da uol)