Publicado em 21/10/2013 as 12:00am
Ricardo Teixeira tem direito de morar em Andorra retirado
Ricardo Teixeira tem direito de morar em Andorra retirado após escândalos
A autorização dada por Andorra, um dos menores países da Europa, para que Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, declarasse residência em seu território para evitar extradição para o Brasil em caso de convocação da Justiça brasileira, será retirada após a revelação de novos escândalos de desvio de dinheiro por parte do dirigente.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o acesso a documentos da Justiça obrigaram o país a revisar o direito de Teixeira a residir no paraíso fiscal. Andorra não tem acordo de extradição e, caso Teixeira passasse 150 dias por ano no local e movimentasse pelo menos 400 mil euros (mais de R$ 1 milhão) em contas do país, teria direito à residência no território.
Segundo reportagem do jornal, Andorra era o destino final do dinheiro da renda dos amistosos da seleção brasileira durante a era Ricardo Teixeira, em esquema com Sandro Rosell, atual presidente do Barcelona. Rosell representa a Uptrend, empresa com sede nos EUA que solicitou à ISE, empresa que negocia os direitos sobre os amistosos do Brasil até 2022, que fizesse grande parte dos depósitos do seu acordo milionário em Andorra - lá, é permitido o sigilo de contas bancárias e de seus proprietários.
O destino do dinheiro, segundo os documentos obtidos pela reportagem, foi o AND-BANK, que ainda conta com escritórios em São Paulo. Em setembro deste ano, Rosell admitiu "honorários" por amistosos da seleção.
Teixeira pediu residência à Andorra em setembro de 2012 e mostrou documentos da Polícia Federal e do Ministério da Justiça que não mostravam irregularidades. Em novembro do mesmo ano, a residência foi garantida por um ano. Porém, em maio deste ano, a polícia andorrana recebeu indicações sobre fraudes cometidas por Teixeira, o que mudou a opinião do governo local, a fim de evitar ma-estar com o Brasil.
O Estado de S. Paulo já havia feito reportagem mostrando que a Justiça de Andorra, entre 2006 e 2008, repassou para a Justiça da Su[iça as movimentações bancárias de Teixeira, o que o levou a ser indiciado nos tribunais suíços. Foi também uma organização com sede no país europeu que pagou uma indenização para arquivar processos que corriam na Justiça contra Teixeira e João Havelange por corrupção na Fifa.
Fonte: www.uol.com