Publicado em 6/11/2017 as 2:00pm
Brasileiros ficam milionários com montaria em touros nos EUA
Documentário da Netflix mostra evolução desses atletas.
Não são apenas os atletas de futebol que se destacam no exterior. Atualmente, os brasileiros também chamam atenção como peões de montaria em touros na Professional Bull Riders (PBR), mais importante circuito mundial da modalidade.
A fama e importância deles para o esporte é tanta que gerou interesse da Netflix, produtora de uma série documental sobre esse fenômeno. Dividido em seis capítulos, Fearless - Oito Segundos Para a Glória estreou em 2016 na plataforma de streaming e já tem uma segunda temporada prevista para o próximo ano.
No projeto, é abordado como em duas décadas o esporte deixou de ser dominado apenas pelos norte-americanos para passar por uma invasão brasileira que até mesmo elevou os níveis das competições.
Adriano Moraes foi o pioneiro desse movimento. Em 1994, se tornou o campeão do primeiro evento realizado pela PBR, feito que repetiu outras duas vezes.
Ao todo, o Brasil soma nove títulos mundiais no circuito, com nomes como Silvano Alves, Ednei Caminhas e Renato Rosa.
Asssim como todo desbravador, Adriano experimentou as diculdades de ser um pioneiro. Mas também colheu os frutos que isso traz. Além das glórias no esporte, se transformou em milionário e hoje é o dono da marca PBR no Brasil e técnico da equipe australiana de montaria em touros.
“Eu já era bicampeão nacional quando fui tentar a sorte nos Estados Unidos. E deu muito certo. Mudei com a família pra lá e fui me habituando à cultura, aprendendo o idioma”.
Na série, fica claro que nem todos os campeões e atletas que se destacam no esporte têm a mesma facilidade de adaptação que Adriano. Apesar de todos terem vencido prêmios que ultrapassam US$ 1 milhão e conseguido, com isso, acumular fortuna para se tornar proprietários de ranchos e animais em locais como Texas e Delaware, a dificuldade para aprender inglês e se adequar à sociedade é bem clara nas imagens.
Mas Adriano explica que entende isso. Afinal, a maioria dos montadores vieram de famílias humildes e enfrentam as mesmas dificuldades de adaptação que jogadores de futebol encontravam quando iam para a Europa no fim dos anos 80 e início dos 90.
“Tirando Kaique Pacheco e o Silvano Alves, viemos todos de famílias de classe média baixa ou pobre. Alguns não tiveram acesso à educação formal. Então você tem uma realidade ali de gente que está passando por grandes transformações familiares e na própria vida. Se o cara é talentoso, tudo isso acontece rápido demais. Leva tempo para se integrar mesmo”.
Fonte: Redação - Brazilian Times