Chegou o Classificado do Brazilian Times. Divulgue ou busque produtos e serviços agora mesmo!

Acessar os Classificados

Publicado em 16/03/2020 as 9:30am

Prisão de R10 envolve policiais, fiscais e até banco estatal

Ministério Público do Paraguai acredita ter descoberto amplo esquema de falsificação e lavagem de dinheiro

Prisão de R10 envolve policiais, fiscais e até banco estatal Ronaldinho e Assis algemados.

Quarta-feira, 4 de março, 9h15 da manhã, o cidadão brasileiro naturalizado paraguaio Ronaldo de Assis Moreira apresenta às autoridades de controle migratório do Aeroporto Silvio Pettirossi, em Luque, no Paraguai, o passaporte n° Q568928. Às 9h18, o também cidadão brasileiro naturalizado paraguaio Roberto de Assis Moreira entrega o passaporte Q569753 aos fiscais.

Ronaldo é Ronaldinho Gaúcho, enquanto Roberto é Assis, irmão do ex-jogador. Ambos tiveram a entrada no país liberada em questão de poucos segundos, mas não passaram despercebidos para um grupo de promotores do Ministério Público.

Afinal, momentos depois foi descoberto que o passaporte Q568928 havia sido emitido cerca de dois meses antes em nome de María Isabel Gayoso, e não de Ronaldinho. Já o documento Q569753 era da senhora Esperanza Apolonia Caballero Coronil, mas estava com o nome de Assis. Ou seja, eram passaportes fraudulentos (originais, mas com conteúdo falso).

Se em um primeiro momento chegou a se considerar a possibilidade de que tudo não havia passado de um mal-entendido e, por isso, não era necessário abrir processo contra os irmãos, o caso sofreu grande reviravolta dois dias depois, quando a Justiça decretou a prisão de ambos e determinou que eles precisavam permanecer detidos durante a investigação.

A suspeita do MP é de que Ronaldinho Gaúcho e Assis façam parte de um amplo esquema estruturado para desenvolver documentos falsos. A quadrilha contaria com a participação de empresários e funcionários públicos para facilitar a operação de negócios ilegais no país. Mas, para o MP, o objetivo final seria lavagem de dinheiro.

A defesa de Ronaldinho e de seu irmão alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados. Por enquanto, os advogados não convenceram as autoridades paraguaias e têm acumulado sucessivas derrotas na tentativa de tirar os clientes da cadeia.

Top News