Publicado em 29/10/2020 as 11:00pm
Coluna Esporte Total
Futebol: Existe limites para paixão? Até onde vai a paixão do torcedor pelo time? Por se...
Futebol: Existe limites para paixão?
Até onde vai a paixão do torcedor pelo time? Por se tratar de algo bastante subjetivo, é complicado responder. Tem gente que larga e esquece tudo por causa do futebol, ou gasta o dinheiro que nem tem em viagens, camisas, ingressos. Há também quem tenha certeza que nada, nem família, nem emprego, nem saúde, valha mais que as vitórias do seu time. Escolhas pessoais e emocionais, que talvez dispensem certos tipos de julgamento. No entanto, existe sim limite para o ato de torcer e para a paixão “doentia”. E, infelizmente, muita gente desconhece.
O futebol é, foi e sempre será, uma daquelas temáticas que sobre a mesma jogada, o mesmo jogo, o mesmo jogador, a mesma tática, até, o mesmo gol, existirão sempre várias opiniões, muitas vezes até opostas. Sempre comento com meus amigos de grupo da rede social, que o contraditório é saudável, mas, provocar a ira do seu adversário (amigo) por falta de argumento só para se posicionar contrário aos fatos contundentes, isso demostra ser alienação intelectual, desprovido de argumento, e falta de conhecimento sobre o tema da discussão.
Tocando o terror
Longe de querer ser moralista e condenar manifestações de torcedores, por mais intensas que sejam, mas, tudo tem LIMITE. O barulho oriundo de um festejo é bem diferente de uma prática organizada com o intuito de ameaçar e perturbar quem quer que seja. Nas redes sociais atuais, e, principalmente no “pré-histórico” Orkut, muito usado por fãs de futebol, havia quem defendesse diversos tipos de violência, como infiltrar no hotel, envenenar os jogadores, apedrejar o ônibus da delegação a caminho do estádio, e até mesmo inventar denúncias de bombas. Para completar o deprimente cenário, a argumentação usada pelos entusiastas de tais ações eram os piores possíveis, como “se fazem isso com nosso time lá fora, temos o que dar o troco aqui também”. Imagine gente adulta e estudada dizendo uma coisa dessas e ofendendo pessoalmente aqueles que questionassem, como aconteceu com alguns jornalistas nas redes sociais.
A paixão pelo futebol “desperta emoções, por vezes irracionais, que atravessam a fronteira entre o amor e o fanatismo”. Seja em casa, no café, no trabalho, ou na TV, todos nos deparamos constantemente com exemplos de “ódio” por um clube rival e, se pensarmos bem, provavelmente lembramos-nos mais de situações destas do que situações de declaração de amor pelo próprio clube.
Discurso de ódio velado
Num estádio de futebol, é cada vez menos raro não ouvimos cânticos ofensivos para um clube adversário, mesmo quando esse clube nem está em campo. Esse ambiente de “guerra” declarada constante, é percebido em toda a sociedade e indiferente à formação pessoal, e profissional de cada um, é alimentado diariamente tanto nas redes sociais como nos “pseudos” comentaristas de Rádio e TV, bem como, nas plataformas digitais dos meios de comunicação social. Sem ser preciso nenhum estudo profundo, mais da metade dos comentários são a destilar “ódio” ao clube adversário. Em uma capital brasileira, que tem um “horizonte muito belo”, um certo ex-cartola que sempre em suas declarações movido pelo “ódio”, chegou ao cumulo máximo da hesitação em uma entrevista para televisão, disse com todas a letras: “Eu só vou morrer em paz quando conseguir destruir o meu adversário ( leia-se clube adversário (…)”. Isso é prato cheio para que a torcida se inflame desse mesmo veneno destilado em forma de discurso de ódio velado.
O principal motivo é a paixão pelo clube, que por vezes é tão grande que não permite ‘enxergar’ o que para a (outra) maioria é um facto. A paixão não incomoda, e é positiva, agora o ódio que deturpa a opinião, já faz imensa confusão. Principalmente quando os desejos negativos para qualquer coisa que seja relacionada a um clube rival, suplanta o desejo de coisas boas para o próprio clube. Essa paixão descontrolada, gritante, é nítida nos torcedores cujos times são considerados “medianos” sem galeria de troféus e grandes feitos no cenário nacional e internacional. Esses torcedores muitas das vezes por falta de argumento futebolístico plausível, usam ataques verbais para superar uma necessidade que virou clichê: “síndrome de vira-lata”.
Crônica: Coluna Esporte Total
By: Roberto Vieira
Jornalista e comentarista esportivo
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