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Publicado em 27/02/2022 as 6:00pm

Americana do Minas vê Superliga brasileira como trunfo na briga por espaço na forte seleção dos EUA

No início, gerou desconfiança da exigente torcida, mas evoluiu e tem tirado proveito da qualidade do vôlei brasileiro para aperfeiçoar diversos aspectos de seu jogo.

Da redação

A americana Danielle Cuttino, de 25 anos, é exemplo de como o vôlei brasileiro serve de referência para atletas de todo o planeta, até mesmo de países com amplo investimento no esporte. A oposta do Itambé/Minas disputa sua segunda temporada na Superliga e apresenta constante evolução.

Cuttino chegou a Belo Horizonte em 2020 como uma aposta para substituir ninguém menos que a bicampeã olímpica Sheilla. No início, gerou desconfiança da exigente torcida, mas evoluiu e tem tirado proveito da qualidade do vôlei brasileiro para aperfeiçoar diversos aspectos de seu jogo.

Mais segura nos ataques e com seu bloqueio sempre eficiente, ela comemora também a evolução defensiva, que é uma das marcas do time mineiro.

- Tudo o que eu quero fazer é elevar o nível das jogadores ao meu redor e sempre dar o meu melhor. Acho que as minhas habilidades de controle de bola melhoraram aqui no Brasil - avaliou a atleta.

Convocada recentemente para a seleção dos Estados Unidos, atual campeã olímpica, Cuttino é segura ao afirmar que a luta por uma vaga na equipe de seu país em 2022 está nos planos. Ela sabe que terá uma concorrência forte, com nomes como Andrea Drews e Jordan Thompson, que estiveram nos Jogos de Tóquio, mas mantém as esperanças de que poderá buscar espaço.

- Sim, eu tenho planos para a seleção este ano. O que posso fazer é concentrar meus esforços e esperar que seja o suficiente para entrar nesta lista. Há tantas boas jogadoras nos Estados Unidos e é sempre uma honra estar entre elas - afirmou Cuttino.

As mineiras enfrentam o Osasco/São Cristóvão Saúde nesta sexta-feira, às 21h (de Brasília), no ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), em partida atrasada da décima rodada do turno.

Em sua segunda temporada no Brasil, e cada vez mais adaptada ao país, Cuttino celebrou ter sido destaque do triunfo sobre o Pinheiros por 3 a 1, na última segunda-feira, com 27 pontos, sendo 22 em ataques e cinco em bloqueios, com 65% de aproveitamento ofensivo. A boa performance rendeu à atleta o Troféu VivaVôlei de melhor em quadra.

- Eu diria que essa foi uma das minhas melhores atuações no Brasil. Eu me senti muito bem em quadra - declarou Cuttino.

- Amo a cultura e hospitalidade aqui e também a comida. Definitivamente, eu estou mais confortável hoje do que na temporada passada e já consigo entender melhor o português. Há momentos em que tenho muitas saudades da minha família e amigos, mas sinto um pedacinho de casa aqui no Brasil - contou a atleta.

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