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Publicado em 15/04/2022 as 6:00pm

GEISON RODRIGUES: MARATONISTA BRASILEIRO REPRESENTA O BRASIL NA MARATONA DE BOSTON 2022

O maratonista Geison Rodrigues, vem com muito fôlego para participar da maratona mais famosa do...

GEISON RODRIGUES: MARATONISTA BRASILEIRO REPRESENTA O BRASIL NA MARATONA DE BOSTON 2022 Maratonista Geison Rodrigues representa o Brasil na Maratona de Boston

O maratonista Geison Rodrigues, vem com muito fôlego para participar da maratona mais famosa do mundo, a Maratona de Boston, com um percurso entre as cidades de Hopkinton e Boston que soma o total de 42,195km. A corrida acontece no dia 18 de abril. Geison é atleta paralímpico e participa pela Achilles Internacional, no Programa adaptativo.

O atleta ficou mundialmente conhecido depois de receber algumas importantes honrarias em reconhecimento ao seu desempenho esportivo. Em 2016 recebeu o título de Embaixador do Team Unicef do Brasil. Em 2019, ganhou um prêmio global e foi eleito um dos atletas de excelência pela Global Sports. Em 2020, foi escolhido capitão do Team Brasil na Copa do Mundo Vitality Running. Foi convidado pela Achilles Internacional para participar da Maratona de New York City por dois anos consecutivos, 2018 e 2019. E a participar da Maratona de Chicago em 2021. A participação nessas maratonas o tornou elegível para o Guinness World Records. É o primeiro paralímpico na categoria T44 a executar as três maiores maratonas do mundo: Nova York, Chicago e Boston. Sua aplicação está em andamento para elegibilidade do Guines Word book. Geison concede entrevista exclusiva ao Brazilian Times, onde fala sobre suas expectativas com a maratona e conta um pouco sobre a sua atuação esportiva.

BT: Quais são as suas expectativas para esta maratona, e como está sendo a sua experiência aqui em Boston?

GR: As expectativas são boas, positivas. Neste momento estou fazendo intercâmbio esportivo, conhecendo muitas plataformas de esportes aqui em Boston, conhecendo muitos atletas de outros segmentos, mas é bom interagir, conhecer as experiências deles. Uma coisa que tem me chamado a atenção, é que eu conheço nove estados aqui nos Estados Unidos. Uma amiga que também conhece vários estados me disse que Boston é uma comunidade muito acolhedora. Agora estou tendo esta experiência. Assim que cheguei já tinha matérias na mídia falando da nossa participação, várias pessoas nos convidaram para jantar, para almoçar, outros querendo me conhecer. Sábado tenho um jantar com Gerle gerente internacional da Achiles. No domingo estou convidado para assistir ao jogo de beisebol, Boston Red Sox x Minnesota Twins, com a equipe da Aquiles Freedom Team. Este acolhimento é muito bom. Minha experiência está sendo muito positiva.

BT: Você conseguiu patrocínio para participar desta maratona?

GR: A questão do patrocínio, desta vez foi mais light, porque eu não precisei passar por México, ou seja, fazer a quarentena como da outra vez que fui para a maratona de Chicago. Também a Aquilles Internacional, através da Aquilles Brasil, viabilizou a minha hospedagem em um hotel em Boston, para cinco dias. Talvez eles façam o reembolso da minha inscrição que é de 250 dólares. Cheguei uns dias antes para adaptação com o clima e estou hospedado na casa do Pastor Celino Batista. Eles são da minha cidade em Pernambuco. Eu falei com ele do meu projeto da Maratona de Boston e ele me disse que seria um prazer me receber em sua casa. Fui muito bem acolhido aqui. Ele me recebeu na casa dele e está me levando aos lugares para eu conhecer. Inclusive o pastor Jhon Amaral, Reverendo e capelão militar, é o presidente da igreja New Destiny Chistian Assembly, convidou-me para dar uma palestra motivacional na igreja. E eu vou, será no domingo, dia 01 de maio às 10am. Isso são frutos que estou colhendo.  procuro ver as coisas de uma forma positiva e para mim, tudo isso são bênçãos.

BT: Como será a sua atuação como voluntário na Maratona de Boston?

Isso foi um presente, eu saber que vou contribuir de forma positiva aqui para os Estados Unidos, trabalhar como voluntário, eu vou trabalhar na five Day, que é a corrida de 5km, no sábado antes da maratona. Já falei para o capitão responsável por minha equipe que não sou bom no inglês e ele disse que o mais importante é a presença, a energia, então de alguma forma é uma contribuição e que soma muito. A gente vai contribuir para o bem-estar da população para a segurança das pessoas, levando em consideração que a maratona de Boston tem uma cicatriz de 2013, quando houve um atentado. Depois eles certificam as pessoas com visibilidade positiva.  

BT: Quais são os maiores desafios que você enfrenta para a prática do esporte?

Os maiores desafios, são os mesmos que quase todos os atletas brasileiros enfrentam, que é a falta de apoio e patrocínio. Eu poderia estar mais feliz, mas eu não gosto de comemorar sozinho no pódio, eu estaria mais feliz se alguns amigos meus estivessem vindo, eles queriam e tinham condições de participar da maratona, mas infelizmente ficaram para trás por falta de patrocínio e incentivo. A questão do Brasil é que não tem políticas públicas voltadas exclusivamente para o esporte. A gente sofre com isso. A gente percebe que quando chega aqui nos Estados Unidos eles ficam impressionados de como a gente consegue fazer o que faz com os poucos recursos que a gente tem. Eu digo que quando comecei a treinar, eu corria com um frasco de cola Super Bonder no bolso, porque os meus sapatos se abriam durante os treinos.  Muitas pessoas não sabem o percurso que a gente percorreu para chegar até aqui. Hoje eu não hesito se eu tiver dois pares de tênis, dar um para o meu amigo. Tenho amigos que não tem tênis para treinar. Hoje mesmo recebi a mensagem de uma jovem atleta, eu a admiro muito pela garra, porque ela saiu do interior da Bahia e foi morar em uma kitnet em Recife para treinar, porque onde ela mora não tem uma estrutura de quadra de atletismo. Essa menina me perguntou se consigo uma sapatilha de treinamento para ela. Essa é a nossa realidade. Todo este networking que faço, todas essas informações que absorvo em todos esses intercâmbios que fiz, também começo a enxergar oportunidades.  Consigo saber quais são as Universidades que recebem atletas internacionais, consigo saber das agendas das High Scholl que selecionam atletas internacionais para darem bolsas de estudos, então tudo que posso levar na minha bagagem eu levo de volta para compartilhar nas minhas redes sociais.

BT Quais são as suas conquistas por meio do esporte, ou seja, quais os frutos que você já colheu a partir da sua prática esportiva?

GR Considero que os frutos são imensuráveis. Existem pessoas que dizem que, o que eu já investi no esporte eu poderia ter algo mais a título de patrimônio material, como um carro do ano. Eu enxergo diferente, digo que um carro do ano hoje, não é mais um carro do ano no próximo ano. Mas a história que a gente constrói se perpetua, o legado ele se multiplica e os bens materiais eles diminuem quando se dividem. Muitas coisas acontecem e que eu nem sabia. Um dia desses peguei um Uber e o motorista me viu com roupa de esportes, ele perguntou se eu era atleta, começamos a conversar e ele escutou a minha história, de repente ele começou a chorar e falou para mim que tem uma filha que está com depressão, ele precisa sair para trabalhar e toda vez que ele sai, tem medo de chegar em casa e não a encontrar com vida. Quando ele me pegou, ele havia recebido três chamadas de corridas antes, mas ele não queria atender e o meu chamado, ao invés de rejeitar ele aceitou sem querer. E quando eu pedi o Uber, recebi duas negativas do chamado e canalizou de eu pegar este motorista. Aí ele falou que pediu a Deus uma resposta, alguma luz, não que eu seja a luz, mas quando comecei a conversar com ele e disse que tudo em nossa vida tem um propósito, o que a gente pode considerar que às vezes é uma tragédia, pode ser um milagre. É o que a gente precisa entender, que muitas vezes Deus usa uma tragédia em nossas vidas, um momento difícil, uma coisa que a gente não aceita, para transformar isso num milagre. Talvez seja por isso que o pastor Jonh queira que eu vá palestrar na igreja dele. O fato de hoje eu estar como atleta, com uma determinada visibilidade, isso é um milagre de Deus porque quando sofri meu acidente e fui sentenciado a uma cadeira de rodas, tudo comungava para eu não estar onde estou, para não chegar aonde cheguei. Isso tudo não foi por minhas próprias forças. Eu também tive depressão, mas em um momento eu acreditei que Deus iria fazer um milagre em minha vida. Muitas pessoas não acreditavam que eu iria sair daquela situação da forma como saí, hoje ficam perplexas, para mim, isso vale muito mais do que medalhas, do que troféus, do que premiação em dinheiro e tudo que investi não é nada comparado aos resultados que são imensuráveis. Quando ouço os testemunhos das pessoas. Certa vez dei uma palestra na escola e tarde da noite um pai ligou para mim e disse: você palestrou hoje para a minha filha, ela não falava com o pai fazia cinco anos e neste dia ela chegou da escola, soltou os livros no chão, abraçou o pai e começou a chorar. Quando a gente escuta essas histórias, nós sabemos que essas conquistas realmente são imensuráveis.

BT: Quais são os seus projetos futuros?

O maior projeto futuro é buscar apoio para executar a Maratona de Berlin, em setembro de 2022. Para depois só restar a Maratona de Tóquio e Londres para me tornar um major. Cumprindo as six estars, (seis estrelas) que são: New York, Chicago, Boston, Berlin  e Tóquio.

BT: Tem algo mais que você gostaria de falar?

Só gostaria de agradecer, à mídia que tem me dado apoio, agradecer a Aquilles Internacional, a Aquilles Brasil, a família do pastor Celino Alves, que me acolheu em sua casa. A receptividade do pastor Jonh Amaral, agradeço a comunidade brasileira daqui de Boston que tem me acolhido, Lauren Donnelly que me acompanha como guia em todas as maratonas aqui nos EUA, ela esteve comigo em Nova York em 2019, em Chicago em 2021, e agora em 2022, em Boston.

Lauren Donnelly é atleta da Aquilles e acompanhou Geison em todas as maratonas nos EUA

 



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Fonte: Eliana Marcolino

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