Coluna Esporte Total

É um pássaro? É um avião? Não, é o Super-MAX

Verstappen leva torcida à loucura em Zandvoort e vence GP

É um pássaro? É um avião? Não, é o Super-MAX. A frase que ficou famosa nas chamadas do filme Super-Homen, hoje vou parafrasear para descrever o talento do “Muleke Voador” Max Verstappen. Tá tudo dominado! Pole position, volta mais rápida da pista, 30ª vitória na carreira e 10º triunfo numa temporada de 15. Foi assim que o atual campeão e futuro bicampeão da Fórmula 1, Max Verstappen venceu em casa diante de um mar alaranjado de torcedores o GP da Holanda, no domingo (4). 

Como diria o craque Romário, “jogo é jogo e treino é treino”. Se o mar alaranjado de torcedores fossem levar em consideração o piloto da casa baseado nos treinos de sexta (2) e sábado pela manhã (3), a classificação e corrida certamente seria decepcionante. Mas, eles não duvidaram um só minuto que o Super-Max, embora não ter super-poderes como os do Super-Homem, ele tem um super talento nas pistas inconfundível.

Max voando pela pista

A equipe que tem no time a primeira mulher estrategista, trabalhou nos detalhes de apronto do carro, e o resto eles deixaram para o talento do “Muleke Voador”.

Assim que as luzes apagaram, Leclerc tentou sair na frente logo na largada do GP da Holanda, mas Verstappen defendeu a posição no talento “aqui não pica-pau”. Ele conseguiu manter o primeiro lugar . A prova teve um início bastante disputado, Sainz e Hamilton chegaram a se tocar na pista, mas os dois seguiram na prova sem problemas. Buscando imprimir um ritmo forte, o piloto holandês pisou fundo já buscando abrir vantagem na liderança.

A vantagem do holandês aumentou ainda na classificação. Verstappen soma agora 310 pontos contra 201 de Leclerc e Sergio Pérez, que vêm empatados. George Russell é o quarto com 188 pontos. Como eu venho sempre dizendo nas matérias anteriores: A questão não é se, mas quando o holandês conquistará o bicampeonato mundial.

Russell tem talento e futuro incontestável

A mudança de regras da Fórmula 1 em 2022 afetou absolutamente todas as equipes, provocando um enorme impacto na ordem de forças no grid. Dentre os dez times que sofreram com a perda de performance ou que ganharam ritmo em relação ao ano passado, poucas alterações foram tão drásticas como na Mercedes. E talvez exista apenas uma pessoa que lamente mais a queda do que a própria equipe: trata-se de George Russell.

E para quem possa acreditar que a motivação do inglês foi afetada por chegar justamente na pior Mercedes desde 2013, o que houve foi o contrário: a experiência de três anos em uma Williams que o obrigava a extrair tudo do carro pela ilusão de tentar conquistar alguns pontos fez com que George chegasse à Mercedes com uma maturidade elevada, a ponto de sair para as férias que fecham a primeira parte do campeonato à frente do heptacampeão Hamilton.

Russell anotou mais um pódio na temporada com o segundo lugar no GP da Holanda, realizado no domingo (4), e o ritmo de corrida do W13 deixou o inglês bastante confiante para as próximas corridas. O jovem britânico acredita que a Mercedes está cada vez mais perto de vencer pela primeira vez na temporada. Alinhado em sexto, Russell fez boas ultrapassagens ao longo da prova e ainda contou com a estratégia na parte final, com os pneus macios, para deixar para trás o companheiro de equipe, Lewis Hamilton, e terminar a corrida em Zandvoort atrás apenas do atual campeão e dono da casa Max Verstappen.

“Não acredito que vocês me fu***am”

Hamilton não conseguiu um lugar no pódio durante o GP da Holanda, e ficou furioso com a estratégia de pit stop da equipe, chamando-a de a maior “fu**da”. O piloto de 37 anos perdeu a calma com sua equipe pelo radio com uma expressão muito forte: “Não acredito que vocês me fu**am”.

Esta poderia ter sido a primeira vitória do piloto britânico no ano. Os usuários de mídia social o criticaram brutalmente por seu comportamento rude com sua equipe.

De acordo com o Daily Mail, Lewis Hamilton foi instruído a permanecer de fora em uma tentativa de manter a posição na pista. A equipe chamou seu companheiro de equipe George Russell, depois que ele insistiu, ele estava perdendo a temperatura dos pneus médios. Logo, Charles Leclerc e George Russell conseguiram ultrapassar Hamilton deixando-o no quarto lugar “puto” da vida.

Lewis Hamilton então perdeu a calma quando na equipe de rádio ele foi ouvido gritando: “Essa foi a maior foda. Eu não posso acreditar que vocês me foderam. Eu não posso dizer o quão fodido eu estou”. O engenheiro de corrida de Hamilton, Peter Bonnington, disse: “Desculpe por isso, Lewis. Parecia bom, mas vamos sentar e rever as decisões que tomamos. O chefe de equipe Toto Wolff também se desculpou dizendo: “Lewis, desculpe, não deu certo. Nós corremos um risco. Vamos discutir isso entre nós no escritório”.

Galera detona atitude de Hamilton pelo Twitter

Os usuários de mídia social o criticaram brutalmente por seu comportamento rude com sua equipe. Os usuários de mídia social foram ao Twitter para criticar o comportamento de Lewis Hamilton em relação à sua equipe.

“O verdadeiro Lewis Hamilton chorando como um bebê no rádio da equipe.” Outro usuário compartilhou: “Lewis Hamilton disparou contra a divisão tática de sua equipe pelo rádio. Mas o risco era a única chance de vitória para a Mercedes.” Um outro entrou na conversa dizendo: “Por que quando diz algo no rádio ele é castrado. Mas quando Lewis Hamilton fode toda a equipe ele está apenas se expressando”. Outro gaiato twittou: “Lewis hamilton é um falso para sua equipe de estratégia, ele agride pelo rádio e depois diz que eles são os melhores, ele não acha isso, suas primeiras mensagens no rádio da equipe provam o quanto esse cara é idiota!” Outro deles concluiu: “Sem dúvida, a equipe cometeu um grande erro, no entanto, esses caras fazem um sacrifício incrível para trabalhar na F1 e serem massacrados em uma mensagem de rádio pública por um cara que supostamente deveria ser uma lenda do esporte é incrivelmente grosseiro. Que vergonha Hamilton.”

Drugovich vence na F2 e fica próximo do título

Drugovich vence na Holanda e fica próximo de título inédito para o Brasil. Piloto brasileiro da MP Motorsport aumentou ainda mais a diferença para o vice-líder, e já pode garantir o título no próximo fim de semana em Monza.

Em mais um final de semana praticamente perfeito, o brasileiro Felipe Drugovich se aproximou bastante da conquista do título mais importante de sua carreira. No domingo (4), em Zandvoort, na Holanda, ele venceu a corrida principal da 12ª etapa do campeonato mundial de Fórmula 2 e abriu 70 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o francês Theo Pouchaire.

Agora com oito triunfos na categoria, Drugovich passa a ser ao lado de Artem Markelov e Nick De Vries, o maior vencedor na história da categoria, superando Charles Leclerc e George Russel, que somam sete vitórias na categoria de acesso à F1.

A próxima etapa da F2 e F1 ocorrerá no próximo fim de semana (11), no autódromo de Monza, no GP da Itália.

Coluna: Esporte Total

Texto by: Roberto Vieira

Jornalista e Comentarista Esportivo