Coluna Esporte Total

CAMPEÃO INCONTESTÁVEL

“Muleke Voador” é bicampeão incontestável no GP de Suzuka

Acompanhar o GP do Japão na madrugada com atraso na largada e relargada de 2h, é só para os apaixonados ou para quem estava trabalhando como eu. “Cafézim quentim”, volume da TV baixinho para não incomodar a família, bloco de anotações na mão e muita paciência para atravessar a madrugada. O GP de Suzuka teve de tudo: Chuva intermitente, atraso na largada, duelo espetacular na largada, carro rodando na pista, bandeira vermelha, trator na pista junto com carro em alta velocidade, relargada depois de 2h, corrida pela metade, piloto  descobrindo que era campeão somente na entrevista. Enfim, o GP do Japão teve de tudo um pouco.  

Uma reviravolta após a bandeirada! Era questão de tempo, mas até o holandês ficou confuso: o título só foi definido na madrugada do domingo (9) após punição de cinco segundos a Charles Leclerc, que cortou por fora da pista ao se defender de Sergio Pérez que foi super importante no título do seu parceiro.

O carinhosamente batizado “Muleke Voador” por esse repórter, é bicampeão mundial de F1. O piloto saiu do Japão com 113 pontos de vantagem para o vice-líder com 4 GPs de antecedência. Com o bicampeonato conquistado em Suzuka no Japão, Max subiu o sarrafo na temporada. Como diria Bruno Henrique do Flamemgo, Verstappen está em “OTOPATAMAR". Max dominou a temporada sobrando sobre a concorrência de forma incontestável. Das 18 provas na temporada o muleke venceu 12.

Verstappen passou a régua em Suzuka e carimba o título após punição a Leclerc e confusão no fim. Corrida foi paralisada por mais de 2h devido a chuva e teve revolta de pilotos com trator na pista. Aconteceu de tudo. Se formos adjetivar o GP do Japão em Suzuka, podemos tranquilamente chamar de “corrida maluca”. Para se ter uma ideia, Max só ficou sabendo que era campeão quando dava entrevista ao final da prova.

Não adianta dar chilique. Não adianta xingar a FIA, e os comissários. Não adianta ficar repetindo feito matraca que antigamente corriam de qualquer jeito, que a Fórmula 1 está mimizenta, que os pilotos são medrosos. Não adianta ficar lembrando que já teve corridas no passado em condições piores, nem berrar “pra que servem os pneus de chuva, então?”.

Tudo isso não tem nenhuma importância diante da decisão oficial e, essa sim, perfeita: não dá para correr, não corre. Ponto. O importante era assumir que com aquela chuva toda o risco para a vida dos pilotos seria enorme sem as interrupções. Se no passado deixavam correr de qualquer jeito, lamento pelo passado. Muita gente morreu e se machucou por isso. Os tempos são outros. Felizmente as pessoas estão mais responsáveis e sempre aprendendo com os erros do passado. Depois do GP, estão todos vivos. E isso é o que importa.

O Grande Prémio do Japão, em Suzuka, que acabou por ser uma versão encurtada, devido às interrupções causadas pela chuva que não dava trégua. Verstappen terminou 28 das 53 voltas previstas antes de chegar ao limite máximo de três horas.

Max com 30 segundos de vantagem venceu à frente do companheiro de equipa Sergio Pérez e de Charles Leclerc, da Ferrari, que sofreu uma penalização. No mundial, a diferença de pontos para Pérez e Leclerc é já suficiente para garantir o triunfo. No mundial de construtoras, a diferença da Red Bull para as adversárias, Ferrari e Mercedes, é também suficiente para garantir o primeiro lugar. A Fórmula 1 segue para o GP dos Estados Unidos, em Austin, no dia 23 de outubro.

Dança dos cockpits

No meio da temporada o tetracampeão Sebastian Vettel pegou o circo da F1 de surpresa com anuncio da aposentadoria através de um vídeo em sua rede social. A partir daí desencadeou a famosa dança dos cockpits.

Assim que Vettel anunciou a aposentadoria partir de da temporada 2023, A Aston Martin não perdeu tempo e anunciou o substituto do Alemão. Trata-se do Espanhol e bicampeão da categoria Fernando Alonso.

A jovem promessa da Alpine, Oscar Piastri, escolheu aceitar o convite da McLaren para ser parceiro do talentoso Inglês Lando Norris. A partir daí a Alpine não perdeu tempo e partiu para anunciar o Francês Pierre Gasly como seu novo piloto e parceiro de E. Ocon. Para fechar o troca-troca dos cockpits, por enquanto, o ex-campeão de F2 Nick De Vries, vai substituir Gasly na Alphatauri.

Coluna: Esporte Total

Texto by: Roberto Vieira

Jornalista e Comentarista Esportivo