Coluna Esporte Total

Russell brilha em Sampa

Um fim de semana irretocável para o “muleke prodígio”

Nasce uma estrela! Apelidado carinhosamente de “Georjão da Massa” pelo narrador Sérgio Mauricio da Band Sports, o jovem britânico de 23 anos, George Russell brilhou caprichosamente no fantástico autódromo de Interlagos no sábado e domingo (13). Russell que vem despontando desde o Kart vencendo as primeiras temporadas que disputou, chegou na Mercedes para ser o futuro campeão e substituto automático de Lewis Hamilton. Desde de então, vem superando o “patrão” que com um equipamento igual não teve braço para sequer ameaçar o talento do jovem piloto da Mercedes.

No ano de 2018 quando acompanhei a primeira temporada do “compridão” Russell na F2 onde ele sagrou-se campeão na ocasião, disse: esse “muleke” tem tudo para ser futuro campeão de Fórmula 1. Provando minhas expectativas, George Russell, fez uma excelente temporada sempre chegando a frente do seu companheiro de equipe Lewis Hamilton, que passou a temporada como coadjuvante do espetáculo.

Hamilton joga sujo em Sampa

As “viuvas” do 7 vezes campeão Lewis Hamilton, tiveram um verdadeiro “ataque de pelanca” logo após relargada por acidente entre Daniel Ricciardo e Kevin Magnussen. O atual bicampeão Max Verstappen partiu com tudo e atacou Hamilton no S do Senna e não quis negociar, mas o piloto da Mercedes estava um pouco a frente e fechou a porta propositavelmente pela linha de dentro do traçado misturando as tintas. O toque e ambos esparramaram para fora da pista, mas apenas Max com danos graves perdeu o equilíbrio aerodinâmico do carro perdendo várias posições. o holandês, ainda por cima, foi punido em 5s pela FIA ( Federação Internacional de Automobilismo ) entendendo equivocadamente que somente ele teve parcela de responsabilidade na colisão.

Após o ocorrido, o holandês vencedor de 14 Gps na temporada, por sua vez, deu sua versão dos fatos e disse que o piloto da Mercedes propositavelmente "não teve intenção alguma" de deixar espaço na curva. "Eu fui por fora na curva 1 e depois apenas senti o toque. Ele não teve intenção alguma de me deixar espaço. Pensei: “ok, vamos ter uma boa disputa. Mas você sente se o piloto (rival) vai te deixar espaço ou não. E ele não teve intenção alguma de me deixar espaço", repetiu Verstappen.

"Eu estava, 85% ao lado dele. Minha intenção nunca é bater, mas apenas senti que ele não ia me deixar espaço naquela curva. Se ele fosse um pouquinho para a esquerda, então provavelmente ficaria à frente ainda. E é uma pena, porque quero correr, quero ter uma boa disputa. Mas quando o outro não quer colaborar com você…Honestamente, as regras são muito confusas. Como eles julgam quão ao lado você estava? Quero correr, e achei que fôssemos fazer isso, mas aceito a punição. Eu estava ao lado dele, não é como se eu não estivesse ali”, concluiu o  atual #1. Vespa promete ir com tudo na última corrida da temporada em Abu Dhabi já no próximo domingo dia 20.

Pintando brasileiros na F1

Red Bull contrata Enzo Fittipaldi, que brigará por vaga na F1 em 2024

O Brasil tem forte tradição de brasileiros vencedores na F1. No GP do Brasil no último domingo (13), foi comemorado os 50 anos do primeiro título brasileiro com a lenda da F1 Emerson Fittipaldi. Depois que Fittipaldi desbravou esse apaixonante esporte da velocidade, outros pilotos seguiram seus passos, como: Nelson Piquet, Airton Senna, Rubens Barriquelo, Felipe Massa, entre outros. Nessa temporada de 2022, vem surgindo uma nova geração de bons pilotos que certamente, estarão brilhando nas pistas num futuro bem próximo.

O automobilismo brasileiro ganhou uma boa notícia no sábado (12). Um dos destaques da temporada 2022 da Fórmula 2, Enzo Fittipaldi foi anunciado em Interlagos como novo piloto contratado da Red Bull. O brasileiro estava no Brasil neste final de semana, onde acompanhou o GP de São Paulo no Autódromo de Interlagos, e deverá seguir na categoria de acesso no próximo ano.

O acordo representa a volta do piloto a uma academia ligada a um time da Fórmula 1. Nos primeiros passos nas categorias de monopostos, Fittipaldi integrou o Ferrari Driver Academy, de onde saiu no início de 2021. Desde então, Enzo passou a defender a Charouz, inicialmente na Fórmula 3, e depois na Fórmula 2.

O piloto, que pela primeira vez disputa a temporada da categoria de acesso integralmente, possui grande desempenho com o time tcheco, tendo conquistado seis pódios no ano, sendo quatro nas corridas principais. Assim, Fittipaldi se coloca na sexta posição do campeonato, somando 126 pontos, apenas nove a menos em relação a Logan Sargeant, o terceiro colocado.

Números e corridas tão fortes chamaram atenção de Helmut Marko, consultor da Red Bull e homem de confiança para indicar os talentos da equipe na F1. Ele foi o responsável pela ascensão de campeões como Sebastian Vettel e Max Verstappen.

“É uma grande honra e um passo muito importante em minha carreira entrar na família Red Bull, que é a atual campeã da F1. Estou pronto para realizarmos um trabalho especial juntos. Estou muito grato por esta oportunidade e queria agradecer a Red Bull, Dr Helmut Marko e Christian Horner pela confiança em mim e no meu trabalho”, diz Enzo Fittipaldi.

Com Enzo Fittipaldi na Red Bull, o Brasil passa a ter no momento oito pilotos contratados de times de F1 ou em academias destas equipes: Pietro Fittipaldi e Felipe Drugovich são reservas na Haas e na Aston Martin, respectivamente. Caio Collet e Matheus Ferreira estão na academia da Alpine, enquanto Roberto Faria e Miguel Costa defendem a Sauber, ligada à Alfa Romeo. Já Rafael Câmara está na academia da Ferrari. A F2 encerra a temporada 2022 no próximo final de semana, no circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi.

Texto by: Roberto Vieira
Jornalista e Comentarista Esportivo