Publicado em 6/09/2023 as 9:00pm
RECORDE PAN-AMERICANO: Brasileiro que saiu do Alasca chega à Argentina de bicicleta após 95 dias
Natural de Caldas Novas, Goiás, Leo iniciou sua jornada em 30 de maio em Prudhoe Bay, no extremo norte do Alasca, com o objetivo de chegar à Bahia Lapataia, em Ushuaia, o ponto mais ao sul da América do Sul, em menos de 97 dias.
Leandro Carlos da Silva, também conhecido como " Leo Pedalando pelo Mundo ", alcançou um feito notável ao concluir uma jornada de 22.434,79 quilômetros em 95 dias, 16 horas e 57 minutos. Ele saiu de Prudhoe Bay, no Alasca, e foi até Ushuaia, na Argentina, de bicicleta, estabelecendo um novo recorde pan-americano.
Natural de Caldas Novas, Goiás, Leo iniciou sua jornada em 30 de maio em Prudhoe Bay, no extremo norte do Alasca, com o objetivo de chegar à Bahia Lapataia, em Ushuaia, o ponto mais ao sul da América do Sul, em menos de 97 dias. Surpreendentemente, ele conseguiu atingir seu destino em apenas 95 dias, 16 horas e 57 minutos, superando o recorde anterior sem apoio por 2 dias, 4 horas e 12 minutos, anteriormente mantido pelo alemão Jonas Deichman desde novembro de 2018. Leo percorreu 22.434,79 quilômetros, enfrentando altimetria acumulada de 123.803 metros, atravessou 15 países, diversos fusos horários e todas as zonas climáticas do planeta.
Além disso, Leo também estabeleceu um novo recorde para a travessia mais rápida sem apoio da América do Norte (Proudhoe Bay) à América Central (Cidade do Panamá), concluindo-a em 49 dias, em comparação com o recorde anterior de 52 dias para o mesmo trajeto.
Vale ressaltar que Leo não contou com um veículo de apoio, sendo responsável por transportar seu equipamento, eletrônicos, lavar suas próprias roupas e comprar sua comida ao longo da jornada. Em casos em que não encontrava acomodações em hotéis, ele montava sua barraca de acampamento ou dormia ao relento nas beiras das estradas por onde passava.
Durante a viagem, Leo enfrentou desafios de várias intempéries e condições extremas, incluindo o frio extremo do Alasca, incêndios no Canadá, ondas de calor e chuvas de granizo nos Estados Unidos e México, dificuldades nas fronteiras da América Central, falta de acesso à internet e eletricidade na Venezuela, estradas precárias no Brasil e na Bolívia, além de enfrentar frio e ventos contrários na Patagônia Argentina.
Ele utilizou uma bicicleta gravel da marca Swift Carbon, que passou por três revisões ao longo de toda a travessia. Também substituiu quatro jogos de pneus, quatro cassetes e oito correntes durante a jornada, com o modelo Univox. Os componentes da bicicleta são da Shimano e a coroa é da Ictus.
É notável que Leo pedalou sem fazer pausas em nenhum dia, mantendo uma média impressionante de 236,15 quilômetros por dia. Ele atribuiu seu sucesso à preparação rigorosa e ao planejamento cuidadoso, lembrando seu lema: "Bora girar o pedivela. É pra frente que se anda".
Leo contou com o apoio de diversas empresas, incluindo Shimano, Sense, Swift Bicycles, Caldasnovasapp, Ictus.Its e LM Mining Company, ao longo de sua jornada. Além disso, ele realizou transmissões ao vivo durante a viagem, promovendo a venda de camisetas e sorteando sua bicicleta, chamada de "Bela", além de receber doações que contribuíram para a viabilização do projeto.
A história de Leo com o ciclismo é notável, começando com a compra de sua primeira bicicleta há apenas cinco anos. Desde então, ele enfrentou desafios cada vez maiores, incluindo a conquista de recordes pelo Brasil, como percorrer todas as capitais do país e cruzar o Brasil de norte a sul. Agora, ele conquistou um feito verdadeiramente épico, percorrendo todo o continente americano em sua bicicleta.
Para aqueles que desejam acompanhar mais detalhes da incrível aventura de Leo, ele mantém uma presença ativa no Instagram (@leopedalandopelomundo) e possui um canal no YouTube (leopedalandopelomundo).