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Publicado em 8/09/2023 as 8:00am

Verstappen coloca água no chopp da Ferrari

Coluna Esporte Total


O dominio acachapante do Super Vespa na temporada 2023 está longe de ser unanimidade, mas o holandês deu de ombros para os que insistem em criticá-lo e dizer que a categoria tornou-se “chata” por conta disso. E no que depender do piloto da Red Bull, vem muito mais por aí, pois ele deixou claro que pode, sim, “vencer todas as corridas”. Em Monza, a dobradinha da Red Bull literalmente colocou água no chopp da Ferrari em sua casa.

Confesso que depois de cobrir 10 vitorias consecutivas do Super Max, me falta adjetivos para classificar esse monstro das pistas.

Max é literalmente um piloto fora da curva. Existe uma teoria da conspiração que diz que o carro do Verstappen e melhor desenvolvido que o do Pérez, e que o do Hamilton em relação ao do Russell. Ouvindo o engenheiro estrutural brasileiro Pedro, da AlphaTauri no podcast do Rodolpho Santos, pude desmistificar essa teoria. Segundo Pedro, os times desenvolvem carros absolutamente iguais. Verdadeiros clones. Não existe um carro diferente do outro dentro da mesma equipe. O que existe é literalmente um piloto melhor que o outro.

Sainz admite que cogitou bater e tirar Verstappen da corrida

Pole e líder durante as 14 primeiras voltas do GP da Itália, Carlos Sainz admitiu que chegou a pensar em encerrar a invencibilidade de Max Verstappen ao longo da corrida. Sainz fez todo o possível para segurar o ímpeto do “Muleke Voador”, mas acabou ultrapassado na abertura da volta 15 e não conseguiu mais contato com o touro vermelho de Max.

Apesar disso, ainda durante os momentos em que bloqueava a passagem da Red Bull do atual campeão, o espanhol admitiu que sentiu que poderia vencer a corrida em frente aos fãs da Ferrari. No entanto, o desgaste proporcionado pelas defesas acabou custando rendimento no fim.

“Sim, achei que poderia vencer na metade da corrida”, admitiu Sainz. “Senti que tinha tudo sob controle. Mas, então, entre as voltas 10 e 12, comecei a sentir os pneus traseiros desgastados. Foi bem mais cedo do que esperava”, reconheceu o piloto espanhol.

Sainz disse que o fato de ter aquecido demais os pneus mexeu com a estratégia para a corrida, já que isso o obrigaria a parar mais cedo. Assim, precisando segurar o composto por um número maior de voltas, o espanhol sabia que ficaria vulnerável quando o desgaste atingisse um ponto crítico.

“Esquentei demais o pneu traseiro esquerdo e sofreria demais ao longo da corrida, porque isso provavelmente me faria parar mais cedo para colocar os pneus duros”, afirmou. “Então, o segundo stint seria muito longo”, destacou.

“Foi exatamente o que aconteceu, meu pensamento estava correto”, lamentou. “Honestamente, não esperava desgastar tanto os pneus, mas estava claro que estava forçando demais para mantê-lo ( Super Vespa ) atrás. Provavelmente mais do que deveria”, ressaltou. Por fim, Sainz celebrou o resultado conquistado na casa da Ferrari e admitiu que a Red Bull tinha, novamente, um conjunto mais rápido na Itália. O espanhol ainda destacou que se sentiu sob pressão ao longo de toda a disputa, o que trouxe uma sensação de alívio com o 3º lugar na bandeirada.

Gabriel Bortoleto é campeão da Fórmula 3 

Gabriel Bortoleto sagrou-se campeão da Fórmula 3, primeiro título do piloto e do Brasil na categoria, após a etapa final da temporada, em Monza. Com duas vitórias, uma sólida campanha e mentoria de Fernando Alonso, o jovem piloto brasileiro aspira por uma futura vaga na categoria mais prestigiada do automobilismo a F1. 

Em 1983, Ayrton Senna foi campeão da F3 regional do Reino Unido, quando o torneio ainda não era considerado uma categoria de base institucionalizada pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA), como a atual, fundada cinco anos atrás. Hoje, a F3 funciona como pré-vestibular para a F1. Oscar Piastri (atual piloto da McLaren), por exemplo, foi campeão em 2020 e evoluiu até chegar a categoria de elite, em 2023.

A boa performance e a constância garantiram a Bortoletto uma vaga na temporada 2024 da Fórmula 2. Por enquanto, o brasileiro não declarou qual equipe irá defender no próximo ano.

O último campeão da F2, principal categoria para ingresso na elite do automobilismo, foi o brasileiro Felipe Drugovich, que atualmente é piloto de teste da Aston Martin. A conquista de Drugovich permitiu sua participação em programas de teste e uma familiarização com os carros, fazendo-o um candidato elegível para um assento na F1.

 

Texto By: Roberto Vieira

Jornalista e comentarista esportivo

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