Lando vence a primeira!

Que vitória do Norris! Muito merecida!

Bom, finalmente Norris desencantou.

Parabéns a ele, vitória para lá de merecida!

E que lhe dê a maturidade que faltou em outras oportunidades, como Rússia 2021, para que seja primeira de várias outras!

Piloto também precisa de sorte, além de pilotar bem, é claro! E Lando soube aproveitar essa incrível oportunidade (sem contar com a grande ajuda providencial do SafetyCar). Até que enfim, Lando não pipocou. Pessoalmente, eu gostei. Todos sabem da minha admiração pelo “Muleke Voador”. Mas, Lando vinha merecendo esta vitória já faz algum tempo. Espero, que agora, sem a pressão de conseguir a primeira vitória ele evolua mais.

Largando em quinto, o jovem Britânico Norris de 24 anos caiu para sexto na largada, mas o momento crucial de sua corrida veio quando Sergio Perez, que vinha à sua frente, fez um pit-stop, abrindo caminho para o piloto da McLaren cravar uma série de voltas mais rápida. Quando Verstappen, Piastri, Leclerc e Sainz fizeram suas paradas, Norris saltou para a liderança, tendo optado por fazer um stint longo com pneus médios na esperança de um safety car.

A sorte estava mesmo ao seu lado. Isso aconteceu na volta 28, quando o “Sargento” e Magnussen misturaram as tintas na curva 2, permitindo que Lando fizesse seu pit-stop e voltasse na liderança, à frente de Verstappen e Leclerc.

O safety car saiu no final da volta 32 e Norris disparou, abrindo vantagem sobre Verstappen que visivelmente (com pneus duros e carro saindo de traseira), não conseguiu ritmo permitindo o jovem Britânico cravar uma série de voltas mais rápidas para escapar confortavelmente da ativação do DRS do potente motor da Red Bull.

Quando as luzes se apagaram, Verstappen fez uma largada perfeita e Leclerc não acompanhou, mas Perez mergulho com tudo e quase fez uma M**** atingindo seu companheiro de equipe. Isso fez com que o pelotão se agrupasse, permitindo que Piastri subisse para terceiro, atrás dos dois pilotos da primeira fila.

Piastri tomou a segunda colocação de Leclerc e se manteve a cerca de três segundos de Verstappen, com Norris inicialmente preso atrás de Perez. Ele parou no final da volta 17 e a McLaren disse a Lando para se concentrar em alcançar Sainz. Ele muito inteligente começou a tirar a diferença e colou na Ferrari quando os líderes iniciaram suas paradas.

Houve um breve safety car virtual na volta 23, quando Max acertou um cone na chicane da curva 15 e entrou nos pits no final daquela volta. Piastri então assumiu a liderança, mas como Leclerc, ele entrou no final da volta 28. Na volta seguinte, ocorreu a colisão entre o Americano Logan “Sargento” e Magnussen, provocando o safety car que certamente mudaria o “tabuleiro de xadrez”.

A princípio, houve alguma confusão quando o safety car se colocou à frente de Verstappen, que estava em segundo, mas o pelotão foi rapidamente liberado para alcançar Norris, com a corrida recomeçando no final da volta 32. Usando seus pneus médios, Norris disparou e deixou Verstappen (com pneus duros e carro saindo de traseira) para trás, abrindo quase sete segundos. Ele é o primeiro britânico a vencer pela McLaren desde Jenson Button no GP do Brasil de 2012.

Até aquele momento, o muleke voador liderava a corrida tranquilamente quando um erro raro o fez bater no cone causando danos substanciais no assoalho de seu RB20. Isso custou ao atual campeão mundial um tempo significativo em cada volta que se seguiu em Miami, o que foi uma vantagem para Lando.

A McLaren disse que esse pacote de atualizações tinha foco em reduzir o desgaste dos pneus e, ao que parece, deu muito certo! Norris de pneus médios gastos era mais rápido que o Verstappen de duros novos. No começo da corrida era nítido que o Norris segurou o ritmo para atacar no momento certo, quando Perez saiu da frente dele foi uma volta rápida atrás da outra. Claro que o safety car ajudou, mas, Lando aproveitou a oportunidade e ganhou sua primeira vitória na carreira.

30 anos sem Ayrton Senna

Senna foi mais do que um piloto; ele era um fenômeno nas pistas. Sua habilidade excepcional, especialmente em condições adversas, e sua determinação o destacaram como o melhor em todos os aspectos. Mesmo com carros inferiores, ele brilhou em temporadas memoráveis, como 93, e enfrentou desafios em 89 com uma determinação incomparável. Seu legado vai além das estatísticas; ele é uma inspiração eterna para pilotos e fãs em todo o mundo.

Para mim, Senna foi um dos melhores pilotos de todos os tempos. Pilotava no limite como ninguém. Como todo ser humano cometia seus erros, mas no fim das contas era um piloto fantástico, capaz de fazer voltas mágicas, corridas monumentais, conseguir vitórias quase inimagináveis. Bastava alguns pingos de chuva na pista e o grid todo pirava procurando cadê o Ayrton. 

Senna foi simplesmente o cara! Ele não era só um piloto de corridas, ele era tipo um herói nacional. Todo mundo se reunia na frente da TV quando ele corria, e não era só pela adrenalina das pistas, era porque ele representava o Brasil lá fora como ninguém. Ele mostrava pro mundo o que a gente podia fazer. E não era só pela velocidade, mas pelo jeito que ele era, pela garra, pela paixão. Ele era um símbolo, um exemplo de determinação e talento. Até hoje, quando a gente fala do Senna, é como se fosse um pedaço da nossa história, do nosso orgulho. Ele deixou uma marca que nunca vai se apagar.

Foi-se o tempo em que a distância máxima entre todos os carros era de 2 segundos. Naquele tempo motor fumava, pneu furava, quebrava freio, quebrava marcha, quebrava tudo...Por que? Porque todos os pilotos realmente corriam acima do limite, todo mundo com faca nos dentes. Hoje a ordem das equipes aparentemente é: Não precisa ganhar, basta não quebrar. E a gente ganha na divisão do bolo, nos patrocínios e tá bom demais. Resultado: O engenheiro fica no áudio mandando o piloto segurar para não quebrar. Então todo mundo segura e ninguém quebra. Por isso as distâncias entre os carros são de 4 ou 7 segundos ou até mais do que isso, principalmente quando Max Verstappen coloca 20 a 30 segundos. E ninguém se esforça pra alcançar ninguém.

Texto by: Roberto Vieira.

Jornalista e Comentarista Esportivo

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