Publicado em 13/07/2024 as 6:00pm
SELEÇÃO, ABRAÇOS! ATÉ SETEMBRO!
Fonte: Da redação
O sonho acabou nos pênaltis. O desejo da seleção brasileira e do técnico Dorival Júnior, de reconquistar a Copa América, que a equipe não consegue erguer desde 2019, acabou-se transformando em frustração, na derrota por 4 a 2 para o Uruguai, nos pênaltis, depois do empate sem gols, nas quartas de final do torneio, na noite de sábado, dia 6, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Por mais duro que seja, a Copa América vai continuar na próxima terça-feira, com a semifinal entre Argentina e Canadá; e na quarta, com a outra semifinal, entre Colômbia e Uruguai. À seleção brasileira, resta continuar a reconstrução no dia 5 de setembro, quando a equipe – atualmente em sexto nas Eliminatórias, em que seis se classificam para a Copa do Mundo de 2026 – vai enfrentar o Equador. Com oito jogos dirigindo a seleção, desde janeiro, Dorival tem oito jogos, com cinco empates e três vitórias.
Verdade que o Brasil deixou a Copa América invicto, com três empates e uma vitória, mas a seleção não foi convincente, exceto nos 4 a 1 sobre o Paraguai, no segundo jogo da fase de grupos. Se ainda há quem diga que Neymar – fora dos gramados desde a grave ruptura de ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, em outubro, em jogo das Eliminatórias com o Uruguai - não faz falta ao Brasil, o contrário se tornou bem evidente. Neymar é uma forte referência técnica, assim como Vinícius Júnior, que desfalcou a equipe neste sábado devido a um segundo cartão amarelo recebido no empate com a Colômbia, por uma falta infantil para um jogador cotado para ser o melhor do mundo este ano.
Além do próprio Vinicius Júnior, há atletas talentosos. A questão é como formar um conjunto bem entrosado a partir deles. Na defesa, o goleiro Alysson e os zagueiros Marquinhos e Militão não são preocupações. Entretanto, nas laterais Danilo e Guilherme Arana são incógnitas para um projeto a longo prazo, visando ao Mundial de 2026. O ataque conta com opções como Vinicius Júnior, Rodrygo, Raphinha, Savinho, o novato Endrick, de apenas 17 anos, e futuramente Neymar, quando puder jogar. São seis nomes para três vagas.
A grande interrogação parece ser mesmo o meio-campo. Os volantes João Gomes e Bruno Guimarães, e o meia Paquetá não demonstraram na Copa América a criatividade necessária para levarem o time à frente. O Brasil abusava das bolas longas, sem, em momento algum, se mostrar no controle das ações, envolvendo os adversários. Foram características que ficaram às claras contra Costa Rica, Colômbia e Uruguai. Era um jogo de lampejos, de momentos casuais que funcionavam, de jogadas que eventualmente davam certo; e não um modelo de jogo bem estabelecido e convincente.
O técnico Dorival, por sua vez, talvez não tenha o comando ideal do grupo. Tanto assim que, antes da cobrança dos pênaltis, os jogadores fizeram um círculo fechado e o deixaram de fora da roda. Éder Militão e Douglas Luiz erraram suas penalidades.
"Eu fiquei fora porque eu vinha falando com cada um deles aquilo que vinha na minha cabeça. Definidas as cinco posições iniciais, eu vinha falando a respeito daquilo que nós havíamos treinado. Aliás, treinamento que aconteceu desde o primeiro dia em Orlando. Nós vínhamos trabalhando penalidades porque sabíamos que provavelmente teríamos essa possibilidade nas definições de partidas", argumentou o treinador.
No segundo tempo, Dorival substituiu dois de seus principais batedores, Rodrygo e Paquetá, que, consequentemente não poderiam participar da série de cobranças porque já haviam sido trocados durante os 90 minutos.
" O Rodrygo, infelizmente, depois da falta da expulsão (do uruguaio Nandez), não suportou mais ficar em campo, teve que sair em determinado momento. Ele era um dos batedores. Mas aqueles que entraram também estavam muito bem treinados e em condições de poderem nos ajudar. É natural que a batida é única, ela acaba acontecendo. Alguém teria que errar para que uma equipe saísse vencedora. Infelizmente, acabamos sendo desclassificados", comentou Dorival.
Tudo isso, porém, já está no passado, assim como os recentes insucessos de uma seleção que não ganha a Copa do Mundo desde 2002 nem a Copa América desde 2019. Em Copas do Mundo, após o penta, caiu nas quartas em 2006 (para a França), 2010, na Africa do Sul (Holanda), 2018, na Rússia (Bélgica) e 2022, no Qatar (Croácia) em competições fora de casa; e nas semifinais em 2014, em Belo Horizonte, nos 7 a 1 impostos pela Alemanha. Em Copas América, foi eliminado pelo Paraguai em 2011 e 2015 (penais) e na de 2016, sequer passou da fase de grupos.
BASQUETE BRASILEIRO CONQUISTA VAGA EM PARIS
Acabou a espera! Très bien, Brésil! (Muito bem, Brasil!) A seleção brasileira masculina de basquete está classificada para os Jogos Olímpicos de Paris. Com uma atuação histórica, mesmo atuando na casa do rival, a equipe brasileira derrotou a da Letônia por 94 a 69 (49 a 33 no intervalo), em Riga, na Letônia, neste domingo, dia 7 de julho. Com isso, conquistou o título do Pré-Olímpico e já está garantido na capital francesa. No masculino, o basquete não participava dos Jogos Olímpicos desde a Rio-2016, no qual foi o país-sede.
No torneio olímpico, o Brasil estará no Grupo B, junto com que França, país-sede e adversário da estreia, Alemanha e Japão. O torneio masculino de basquete em Paris-2024 começa em 27 de julho, com a final agendada para o sábado, 10 de agosto. Será a segunda vez que o basquete masculino se classifica para as Olimpíadas desde Atlanta 1996, últimos Jogos que tiveram a participação do cestinha Oscar Schmidt. O basquete masculino brasileiro não esteve em Sydney- 2000, Atenas-2004, Pequim-2008 nem Tóquio-2020. Conseguiu classificação em Londres-2012, jogou na Rio-2016 por ser a sede e agora novamente conquistou a vaga em quadra.
Neste domingo, o cestinha do Brasil foi Bruno Caboclo, com 21 pontos, seguido por Léo Meindl, com 20 e Georginho, 14. O triunfo brasileiro, diante da arena lotada em Riga, teve também o sabor de uma revanche, já que há um ano a mesma Letônia havia eliminado o Brasil do Mundial de 2023, ao vencer por 20 pontos de diferença.
A campanha brasileira em Riga teve altos e baixos. Na estreia, na fase de grupos, derrotou Montenegro por 81 a 72. Na segunda partida, porém, foi surpreendido por Camarões, ao perder por 77 a 74. Mesmo assim, avançou à semifinal em primeiro da chave. Na semifinal, no sábado, dia 6, duelou com as Filipinas, superando a equipe asiática por 71 a 60 e assegurando a passagem para a final deste domingo.
Na comissão técnica, o Brasil teve como treinador o experiente croata Aleksandar Petrovic, auxiliado por ex-jogadores de seleção, como Tiago Splitter (campeão da NBA pelo San Antonio Spurs); Hélio Rubens Garcia Filho, o Helinho; Demétrius Ferraciú e Bruno Savignani
GINÁSTICA: A CAMINHO DE PARIS
A ginástica artística feminina e masculina do Brasil já está a caminho de Paris, para a participação nos Jogos Olímpicos de 2024. Os ginastas e suas comissões técnicas embarcaram para a capital francesa neste sábado, dia 6. Na França, eles permanecerão no Complexo Gymnique, em Troyes, a 160km de Paris, entre os dias 7 e 18 de julho. Foi a primeira equipe do Brasil a ter viajado oficialmente para a etapa final da preparação para o megaevento.
“Estou muito animada, é uma sensação maravilhosa embarcar para os Jogos Olímpicos. É muito legal essa sensação. Estou mais animada ainda porque na última edição não fomos com a equipe e eu amo compartilhar os meus momentos com pessoas. Enriquece tudo ainda mais," enfatizou a campeã olímpica Receba Andrade (ouro em Tóquio-2020), que vai para sua terceira edição dos Jogos Olímpicos em busca de fazer história. " Estou muito feliz em poder vivenciar tudo isso que está sendo feito para valorizar todos os esportes. Para que a gente possa crescer, ter cada vez mais visibilidade e que o esporte brasileiro continue sendo uma potência e a gente represente da melhor maneira”, destacou a campeã olímpica Receba Andrade, que vai para sua terceira edição dos Jogos Olímpicos em busca de fazer história.
Medalhista de bronze na Rio-2016, Arthur Nory se disse feliz com a viagem, porque estava muito ansioso para a viagem.
"Chegando aqui (ao aeroporto) que pude entender que é real. Estamos nos sentindo celebridades nesse embarque. Sempre imaginamos isso. É muito bacana e motivadora essa valorização dos atletas. O sentimento de representar e vestir essa camisa do Time Brasil em mais uma edição de Jogos Olímpicos não têm como descrever", ressaltou ele. "Estou preparado para tudo, para vencer, para disputar, e acima de tudo ir além de onde eu posso chegar. Foi uma classificação dura, em que eu ganhei muita casca para estar aqui”.
A ginástica artística também será a primeira equipe do Time Brasil a entrar na Vila Olímpica, no dia 18 de julho. Ao todo, 27 integrantes da delegação de ginástica artística embarcaram para França neste sábado. Além de atletas titulares e reservas, a equipe é formada por sete treinadoras e treinadores, uma médica, dois fisioterapeutas, duas psicólogas, um preparador físico e uma massoterapeuta. O diretor esportivo da Confederação Brasileira de Ginástica, Henrique Motta, e a gestora esportiva do COB, Juliana Fajardo, chefiarão o time de ginástica artística nos Jogos Olímpicos.
Em Troyes, na França, a equipe ficará hospedada a 5 minutos a pé das instalações esportivas, garantindo eficiência na rotina de treinamentos. Além disso, a cidade dispõe de uma estrutura de alojamento completa e suportes que atendem a todas as demandas da modalidade. A possibilidade de elaborar o próprio cardápio, adaptado às necessidades específicas dos atletas, é outro ponto forte que contribui significativamente para o desempenho e bem-estar dos ginastas.
"É uma grande alegria para o COB ter uma modalidade tão emblemática como a ginástica artística inaugurando os embarques do Time Brasil para os Jogos Olímpicos de Paris pela nossa companhia aérea oficial, a Azul. Essa parceria estratégica visa oferecer as melhores condições a nossos atletas. Ter um voo direto para Paris traz conforto e comodidade para nossa delegação. Com isso, já iniciamos nossa campanha em Paris 2024 da melhor maneira possível", afirmou Rogério Sampaio, diretor-geral do COB.
Na canoagem, Ana Sátila e Pepê Gonçalves já haviam viajado para a França na sexta-feira, dia 5, e ficarão treinando na raia olímpica de Vaires Sur-Marne até a estreia nos Jogos. A atleta Raiza Goulart, do ciclismo mountain bike, já está na Europa desde o dia 26 de junho na preparação para Paris 2024.
TOQUE DE BOLA
ROBSON CONCEIÇÃO - O boxeador brasileiro venceu o americano O'Shaquie Foster, na noite deste sábado, dia 6, em Newark, nos Estados Unidos, e se tornou campeão mundial na categoria super-pena (até 58,97kg) do Conselho Mundial de Boxe (WBC). O brasileiro superou o adversário por pontos. Logo após o anúncio, o pugilista dedicou o título à filha, a quem havia prometido a vitória. Campeão olímpico na Rio-2016, o lutador de 35 anos se torna campeão mundial agora, depois de quatro tentativas.
LÁ EM MINAS
AMERICA – Com o brilho das crias das divisões de base, o América se manteve na luta pela liderança da Série B do Campeonato Brasileiro, neste sábado, dia 6. Atuando em casa, o Coelho venceu o Operário-PR por 2 a 0, pela 14ª rodada da competição. Os gols foram marcados por Adyson, cria da base, e por Willian Machado, contra, depois de cruzamento de Mateus Henrique, outro oriundo da base. Com a vitória, o América chegou aos 25 pontos e encostou no Santos, líder da Série B, também com 25.
ATLÉTICO - Recém-contratado junto ao Southampton, da Inglaterra, por cerca de R$ 18 milhões, o zagueiro Lyanco acertou com o Atlético um vínculo até dezembro de 2028. Será o maior contrato do elenco, ao lado do atacante Isaac. Na defesa, o zagueiro de 27 anos vai disputar a titularidade com Bruno Fuchs, Mauricio Lemos, Rômulo, Igor Rabello, Rodrigo Battaglia e Junior Alonso, que deverá ser anunciado em breve. A torcida, porém, terá de aguardar, porque os reforços devem estrear a partir de 16 de julho.
CRUZEIRO - O Cruzeiro apresentou na última sexta-feira, di 5 de julho, o atacante argentino Lautaro Díaz, de 26 anos. Em coletiva, ele revelou sobre suas metas com a camisa celeste e o processo de adaptação ao Brasil: “Eu joguei na Argentina na segunda categoria e no Equador. Sei da competência e o quão difícil que é a liga brasileira. Eu busco a curto prazo conseguir títulos com o Cruzeiro e estar bem.” Antes de chegar à Toca da Raposa, Lautaro defendia o Independiente del Valle, do Equador. Sua contratação custou cerca de 3 milhões de dólares (aproximadamente R$ 16 milhões).