Publicado em 16/12/2009 as 12:00am
Democratas apóiam a reforma da imigração
Os Democratas começaram finalmente a forçar a reforma da imigração ontem (terça, 15), que esteve paralisada durante um período
Os Democratas começaram finalmente a forçar a reforma da imigração ontem (terça, 15), que esteve paralisada durante um período. Existe, certamente, a necessidade de legalizar milhões de trabalhadores imigrantes ilegais, no momento em que a taxa de desemprego situa-se em 10 por cento - mais do dobro do que se esperava para o ano de 2009.
"Certamente essa situação irá confundir o debate ainda mais, mas no final o que temos que entender é que vai acabar consertando o sistema. E isso vai ser bom para os trabalhadores americanos", disse Eliseo Medina, vice-presidente executivo da Service Employees International Union, um dos principais defensores da legalização dos trabalhadores imigrantes ilegais.
O Deputado Luis V. Gutierrez, democrata de Illinois, que retomou a liderança sobre a questão após a morte do senador Edward M. Kennedy, democrata de Massachusetts, planeja apresentar um projeto de legalização de imigração. Seus apoiadores estão planejando uma estratégia diferente, para evitar repetições das tentativas erradas de 2006 e 2007.
Numa carta enviada aos membros do Congresso, na semana passada, buscando apoio para o seu projeto de lei, Mr. Gutierrez e a deputada M. Nydia Velazquez, democrata de Nova York e presidente do Caucus Hispânico do Congresso, disse que a legislação irá terminar a economia "caixa 2" dos trabalhadores imigrantes ilegais e vai proteger os trabalhadores americanos, elevando as normas trabalhistas.
"Nestes tempos econômicos difíceis, temos de assegurar que todos contribuem para a recuperação e prosperidade da nossa nação", eles escreveram em sua carta. "Para esse efeito, é imperativo que todos os indivíduos e os empregadores paguem sua parte dos impostos."
Uma visão geral do projeto de lei, que circula com a carta-relatório, pede o fim do procedimento conhecido como programa 287g, que autoriza a cooperação das polícias locais com o ICE, chama para a criação de um sistema de verificação eletrônica para substituir o E-verify, argumenta que não há mais necessidade de patrulhas de fronteira nem de cercas e estabelece um caminho a longo prazo para a cidadania dos imigrantes ilegais.
Esse caminho exige que os imigrantes ilegais paguem uma multa de US$ 500, passem por uma verificação de antecedentes criminais e aprendam Inglês. Educação Cívica também entra na lista para se obter o status legal. Depois de seis anos, poderão requerer a residência legal permanente, (green card), que é o passo intermediário para se obter a cidadania. Não haveria obrigação de voltarem a seus países de origem em algum ponto do processo.
Os republicanos estão afiando os seus ataques cada vez mais e querem partir direto para a discussão sobre empregos. "Com 15 milhões de americanos sem trabalho, é difícil acreditar que alguém daria anistia a 12 milhões de imigrantes ilegais", disse o deputado Lamar Smith, do Texas, o Republicano do Comitê Judiciário da Câmara. "Há uma multidão que concorda que os imigrantes ilegais tomam os empregos dos trabalhadores norte-americanos, especialmente dos pobres e desfavorecidos cidadãos e imigrantes legais. É exatamente por isso que temos que nos opor a uma anistia."
Os defensores da legalização reconhecem o resistente problema dos desempregados, mas dizem que a matemática é mais complexa do que empilhar juntos os números do desemprego e os números da imigração.
"Claro que fica complicado. A primeira reação do público é compreensível, é por isso que não precisamos de mais trabalhadores, quando mais de 15 milhões de americanos estão sem emprego", afirmou Tamar Jacoby, presidente e chefe executiva da ImmigrationWorks USA., uma coalizão das empresas que estão forçando a reforma da imigração. Embora a história esteja mostrando que há alguns postos de trabalho os quais os trabalhadores americanos recusam, dando espaço para os imigrantes.
O Presidente Obama quer que o Congresso aja definitivamente em 2010 na reforma da imigração, e tem pedido à secretária de Segurança Territorial Janet Napolitano, para começar a organizar a batalha.
Napolitano, em um discurso no mês passado, disse que tem feito muito progresso na segurança das fronteiras, e que está tentando reorientar a segurança do território americano, focalizando-se em imigrantes perigosos e criminosos ilegais, em empregadores sem escrúpulos e não nos trabalhadores. Parte desse esforço envolve auditorias de formulários I-9, os documentos de autorização de trabalho que todos os trabalhadores devem apresentar quando aceitam a oferta de um emprego.
Napolitano tem comido fogo dos dois lados. Aqueles que querem uma repressão maior, dizem que ela está deixando trabalhadores imigrantes ilegais fora do eixo da discussão, quando não os deporta ao serem capturados, enquanto defensores dos direitos dos imigrantes dizem que a auditoria do I-9 incide erradamente sobre os empregadores.
Fonte: (Washington Times, tradução Phydias Barbosa)