Publicado em 13/08/2010 as 12:00am
Flórida quer adotar lei semelhante à do Arizona
Promotor propõe lei que, segundo ele, combaterá a entrada de traficantes no Estado
O promotor geral do Estado americano da Flórida, Bill McCollum, propôs nesta quarta-feira, 11, uma lei que tornaria mais estritas as medidas contra imigrantes ilegais na área, o que poderia, segundo ele, representar "um passo além" da adoção de uma lei similar à adotada no Arizona.
A proposta de McCollum, que participa da campanha eleitoral como candidato republicano ao governo do Estado, deve provocar discussões na Flórida. A imigração ilegal se tornou um tema sensível no país desde a aplicação da controversa dei do Arizona e ampliou o debate da questão antes das eleições para o Senado de 2 de novembro.
"A lei dará nova ferramentas para proteger nossos cidadãos e ajudará nosso Estado a combater o atual problema criado pela imigração ilegal", disse McCollum. "A Flórida não será um Estado santuário para imigrantes ilegais", continuou o promotor.
As novas medidas propostas pelo promotor obrigam as forças de segurança a verificar o status da documentação de suspeitos, seja durante batidas policiais no trânsito ou em quaisquer outras operações. Atualmente, apenas recomenda-se que as autoridades chequem a situação dos suspeitos.
A Flórida, especialmente na área sul, é um importante destino de imigrantes caribenhos e latino-americanos. Muitos dos imigrantes trabalham no setor da agricultura cítrica ou nas indústrias agrícolas e turísticas.
No Senado e na Câmara, a maioria é de democratas, mas pesquisas mostram que os republicanos ganham espaço com as medidas contra a imigração ilegal. Segundo McCollum, as medidas do Estado estarão "um passo à frente" da lei recentemente estabelecida no Arizona e deterão o fluxo de traficantes na fronteira com o México.
A lei do Arizona passou a vigorar em julho. Antes disso, porém, uma juíza federal barrou os artigos mais polêmicos da medida. O fato foi considerado uma vitória pela Casa Branca, que considerava a norma inconstitucional.
Fonte: (G1)