Publicado em 9/07/2017 as 12:00pm
Brasileira é barrada e tem celular 'invadido' ao tentar entrar nos EUA
"Me deixaram só com a roupa que vestia, sem qualquer pertence, trancada por mais 16 horas até o próximo voo para o Rio de Janeiro", escreveu.
A brasileira Maria Juliana Passos usou sua conta no Facebook para relatar os momentos de tensão que viveu ao tentar entrar nos Estados Unidos. Ela explicou que, mesmo já tendo visitado o país diversas vezes, foi barrada, teve o visto cancelado e ainda ficou 16 horas dentro de uma sala com outras duas pessoas na mesma situação.
"Eu estava indo participar pela segunda vez de um programa de residência artística entre brasileiros e americanos proposto por Leda Muhana, projeto incrível que estimula o intercâmbio entre artistas através da montagem de um espetáculo e aulas", escreveu ela.
De acordo com o site Rondônia VIP, ela contou que os policiais "Alegaram que eu estava mentindo, disseram que meu perfil (mulher, solteira, sem filhos, dançarina, negra e brasileira) não me dava credibilidade, que para eles eu estava tentando ingressar no país para ganhar dinheiro ilegalmente".
"Depois de quase 5 horas de sob pressão para eu admitir uma verdade que não era a minha, tive meu visto cancelado, tomaram meu celular, me obrigaram a dar a senha, invadiram a minha privacidade (mensagens, redes sociais, fotos, e-mails, contatos)".
A dançarina disse que os agentes foram com ela até a porta do avião, com destino ao Rio de Janeiro, para ter a certeza de que ela embarcaria.
"Me deixaram só com a roupa que vestia, sem qualquer pertence, trancada por mais 16 horas até o próximo voo para o Rio de Janeiro. Eu dividi essa sala fria que tinha um banheiro sujo, 1 sofá e algumas cadeiras com uma indiana e uma Nigeriana que chorava e repetia sem parar I’m so sad, I’m so sad...por horas esse mantra foi a trilha do meu silêncio em pensamentos que não achavam soluções para tamanha sensação de impotência".
A verificação das redes sociais foi uma das medidas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para controlar a imigração no país.
Fonte: Redação - Brazilian Times