Publicado em 18/10/2017 as 8:00pm
Xerife de Pasco (FL) fecha acordo com o ICE
Os oficiais do escritório do xerife do condado de Pasco, na Flórida, firmaram uma parceria com...
Os oficiais do escritório do xerife do condado de Pasco, na Flórida, firmaram uma parceria com o Immigration and Customs Enforcement (ICE), através do programa 287-g, e atuarão como agentes de imigração. O acordo permite que o xerife e seus comandados possam manter detidos pessoas suspeitas de estarem ilegalmente nos Estados Unidos até que funcionários da Imigração obtenham um pedido de custódia.
A ativista Margartia Romo disse que ficou tão chateada com a notícia que exasperou seus problemas cardíacos e foi levada a um hospital. "Mesmo que eles digam que não há racismo no condado de Pasco, isso é mentira. Existe sim. Estou aqui há quase 40 anos. Eu vi isso e eu senti isso", continuou.
O ativista de longa data, em Dade City, disse que não vê um lado bom do Condado de Pasco participar do 287-G.
"No momento em que prenderem uma pessoa porque ela estava dirigindo sem uma licença é que vai ser a resposta para o que queremos saber. Qual é o crime? Como você vai decidir quem é a imigração e quem deve sair?", disse.
Mas o xerife Chris Nocco disse que o acordo ajudará a proteger o condado contra ações judiciais que advêm da legalidade em relação à detenção e à deportação.
Ele disse que apenas os oficiais dentro da prisão poderão verificar o status de imigração dos internos. "Não estamos saindo na comunidade e não estamos procurando por pessoas que estão aqui ilegalmente", garante.
Romo está preocupada que isso levará a uma onda de racismo por parte dos oficiais, e o que pode acontecer com as famílias que vivem aqui há anos. "Estou preocupado com o que vai acontecer com as crianças do DACA, se seus pais são indocumentados. Ainda não sabemos o que vai acontecer", disse.
Pasco County é a primeira agência na área de Tampa Bay a fazer este acordo. As cidades que foram o Condado são: Dade City, New Port Richey, Port Richey, San Antonio, Zephyrhills e St. Leo.
Fonte: Redação - Brazilian Times