Publicado em 5/02/2018 as 1:00pm
ICE ignora “cidades santuários” e vai enviar agentes aos tribunais para prender imigrantes
Durante um discurso inflamado e para centenas de agentes da lei, o diretor interino do...
Durante um discurso inflamado e para centenas de agentes da lei, o diretor interino do Immigration and Customs Enforcement (ICE), Thomas Homan, ataca os ativistas políticos que apoiam a imigração ilegal e diz que nunca “recuará” de proteger as fronteiras do país.
O discurso foi realizado na quarta-feira, dia 31de janeiro, no Border Security Expo, em San Antonio (Texas). Com um tom ameaçador e revoltado, ele disse que apoia 100% a construção do muro na fronteira.
Ele também acrescentou que está “doente e cansado de ver os agentes do ICE e da Patrulha de Fronteira fazendo o seu trabalho e serem criticados”.
Ainda bastante indignado ele afirma que "se você violar as leis deste país, se você entrar ilegalmente, isso é um crime e não vai ser mais tolerado".
O diretor ressalta que as cidades do santuário colocam em perigo os oficiais federais porque muitas vezes forçam agentes a fazer prisões em casas e locais de trabalho - em vez de ambientes controlados pela justiça, como prisões tribunais estaduais.
“Elas [cidades santuário] financiam as organizações criminosas que mataram agentes da Patrulha da Fronteira e mataram agentes do ICE", disse Homan. "Fico irritado quando um político que nunca tenha usado um crachá e uma arma, que não entende o que fazemos todos os dias, tome uma decisão de colocar suas próprias carreiras políticas à frente da saúde e segurança de um policial", continuou. "Uma vergonha!"
O discurso de aproximadamente 40 minutos aconteceu no mesmo dia em que a ICE formalizou uma política para enviar agentes de deportação a tribunais federais, estaduais e locais para fazer prisões.
Esta conduta do ICE ignora as queixas de juízes e ativistas de que a medida provoca medo em testemunhas e parentes de quem é alvo de deportação.
As diretrizes de duas páginas emitidas pelo ICE indica que ele vai entrar em tribunais, mas apenas com objetivos específicos tais como: prender criminosos condenados, membros de gangues, ameaças à segurança pública e imigrantes que já foram deportados ou aqueles que já receberam ordens para sair do país. Família, amigos ou testemunhas em tribunais não serão detidos, garantiu a agência, mantendo uma reserva para "circunstâncias especiais".
A política assinada pelo diretor Thomas afirma ainda que os agentes de imigração, em geral, devem evitar prisões em áreas que não são destinadas para criminosos, como tribunais de família e reclamações juvenis, a menos que haja a aprovação de um oficial.
Fonte: Redação - Brazilian Times